Hernán Barcos
Há cerca de 15 dias, último Grenal, escrevi neste espaço, que Barcos possui um quociente de inteligência (QI) mais elevado que a média das pessoas; poderia ser um exagero de gremista, mas eu estava coberto de razão. Ele é diferenciado, sem ser craque; explico: são poucos os camisas 9 que possuem todos os fundamentos: cabeceio, chute com ambas as pernas, presença de área, pivô e o mais difícil, sair da área e tabelar. Pois Barcos tem todos eles; às vezes, isso tudo não aparece, mas estou chegando a conclusão que é por falta de "parceria intelectual". Com a volta de Zé Roberto (único no elenco) as possibilidades de criatividade e excelência no ataque aumentam. Há Elano, também, porém, parece que o físico não ajuda o intelecto; uma pena, porque ele também está neste grupo seleto.
Quem viu André Demolidor que virou Catimba aqui no Sul, sabe do que eu estou falando; aliás, em 77, André fez apenas três gols no Gauchão, chegou a ficar um bom tempo com apenas dois, o terceiro, todos sabemos qual foi.
Gosto de centroavantes cerebrais como Tostão, este podia ser 9, 8 que desempenhava igual; foi até ponta-esquerda na Copa de 66; Barcos é inventivo, líder, malicioso no trato com a bola; o gol que fez no Cruzeiro mostra a frieza e técnica para tirar do goleiro, no terceiro contra o Vasco, ele mostrou capacidade de enfileirar adversários e bater no contrapé do arqueiro luso. O Grêmio começa a formar uma "espinha dorsal" de muito respeito; inicia por Dida, passa por Rhodolfo, chega em Riveros e Zé Roberto, Kléber ou Vargas coadjuvam no ataque a grande sensação: Barcos. Não há no momento, neste Brasileirão, melhor centro-avante, mesmo com os até agora, escassos 5 gols.
Quase que certamente, Barcos não vai reeditar a história de Jardel no Tricolor, mas, com certeza, ele está entre os maiores centroavantes que o Grêmio já teve. Espero que tenha tempo e companhia para desenvolver o seu imenso futebol no Imortal e comprovar que esta crônica tem algum sentido.
Concordo Bruxo. Longe de ser craque, mas é um ótimo centroavante, completo.
ResponderExcluirVinha numa má fase, algo que todos podem passar. Além disso o Grêmio estava "matando" os atacantes com poucas bolas "redondas" (o que para mim, apesar de ter melhorado um pouco, segue acontecendo).
Barcos tem tudo para se firmar por muitos anos aqui no Sul. Esperamos que os gols e as boas atuações sigam vindo, se não logo logo a corneta volta. É importante ele se firmar neste 2013, caso contrário alguns lembrarão até do William Batoré da Ponte...
Guilherme!
ResponderExcluirE eu tô louco prá ver o Zé Roberto com esse 3-5-2.
Uma pergunta: Ouvi o jogo pela Band (estava fora da cidade)e ninguém mencionou quem foi o primeiro volante contra o Vasco, parece que foi o Souza; confirma?
Bah Bruxo, acompanhei o jogo sem a devida atenção na TV, mas sim no copo... Então se eu te afirmar algo vou tá mentindo... hehehe
ExcluirMas ouvi na Guaíba a mesma informação, que o Souza teria sido o 1º, com algumas inversões momentâneas.
-x-x-x
De qualquer forma acho que no 3-5-2 pode-se abrir mão do primeiro volante fixo, no estilo Adriano. Algo que considero impraticável, ao menos sem sobrecarregar a defesa, no 4-4-2.
Concordo!
ResponderExcluirNum 4-4-2, a "volatilidade" do volante é um negócio complicado, tem que haver meses de treinamento e vocação dos que revezarão. No atual esquema (3-5-2) o ideal é não ter um fixo tipo Adriano; talvez por isso tenha funcionado a dupla Souza e Ramiro.
Já to até admitindo o 3x5x2, mas com 03 volantes?! Vão me desculpar, mas não parece que pode dar certo. Enfim, sobre a crônica, o cara é diferenciado, não há dúvidas, em alguns jogos achei que pecava nas escolhas, preferir o choque, a queda, mas está voltando a forma. Enfim, o que parecia uma heresia - o argentino sair da área - está se mostrando providencial.
ExcluirPJ!
ResponderExcluirOs volantes do Grêmio, Souza, Riveros, Mateus Biteco, Ramiro e até Adriano, não são "quebradores de bola", mas a principal contribuição desse esquema é a passagem dos alas, isso sendo bem feito, no mínimo o time fica com 4 atacantes em vários momentos de um jogo.
Independente disso bruxo, mas quando o WL insistiu com a formação com dois homens de meio de campo - Elano e Zé - ainda assim a armação era difícil, não acredito que os sobreditos resolvam. E além do mais alguém do meio tem que fazer a contenção do ala. Também tenho medo que o time fique torto, atacando demais pela esquerda e se tornando previsível.
ExcluirSei que o PJ acompanha o blog do "seu Algoz", mas para quem não viu vale a leitura do texto do Minuzzi, jogador profissional de vôlei.
ResponderExcluirhttp://blogremio.blogspot.com.br/2013/08/minuzzi-confianca-e-fundamental.html?m=1
Guilherme!
ResponderExcluirÉ o que nós viemos dizendo há tempos; até por experiência de boleiro amador. A confiança é na verdade, o famoso "sem medo de ser feliz".
Ótimo texto.
Gracias, parceiro