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domingo, 25 de agosto de 2013

Opinião

 
 
 



 
O Espírito de João Saldanha
 
Ontem, após a quarta vitória seguida do Imortal, troquei algumas ideias com a parceria do blog; lá "pelas tantas", escrevi sobre o aproveitamento do Vargas. Lembrei logo de João Saldanha, jornalista gaúcho do Alegrete que idealizou a Seleção de 1970. Para ele, os melhores teriam que ter lugar no time; lógico, dentro dos limites que não transformassem os times em "franksteins" inviáveis. Anos depois, perguntado se Zico teria lugar no time de 70, João respondeu: "acharia lugar, nem que fosse na lateral-esquerda". Esse era o pensamento do João Sem Medo, destemido e desassombrado como Renato, esse que num Grenal, onde entrou inferiorizado técnica e emocionalmente, revolucionou, "sem medo de ser feliz", fazendo estrear Rhodolfo e uma nova distribuição tática.
                            Outra historinha que ouço e leio é "em time que está ganhando, não se mexe". Nem sempre é assim; Minelli em 1976, teve os melhores números do certame, vitórias, pontos, goleador, etc... Passou o campeonato todo com o meio de campo Caçapava, Falcão e Escurinho; na semifinal contra o Galo Mineiro, "inventou" 3 volantes, sacou Escurinho e colocou Batista, resultado: deu tão certo, Batista fez um dos gols da vitória, jogou a final contra o Corinthians e para todo o sempre tem seu nome gravado entre os 11. Não foi bem assim.
                             Escrevi dias atrás que meu esquema preferido é o 3-5-2, em tese, mas, antes de tudo, sou pelo aproveitamento dos melhores, desde que viável. Aí entra o papo de ontem com os amigos; sugeri que Vargas, Kléber e Barcos + Zé Roberto deveriam estar no time. Como? Assim ficaria: Dida; Pará, Werley, Rhodolfo e Alex Telles; logo à frente deles, Souza, Riveros e Zé Roberto; um pouco mais avançados, Vargas e Kléber; na frente, Hernán Barcos.
                             Gostaria de ver esta formação sendo testada na Arena contra times menos qualificados, onde os laterais ficariam mais "contidos", teríamos três volantes (lembro que Zé Roberto começou na lateral da Lusa), dois atacantes de intensa movimentação, dando o primeiro combate no início do campo defensivo; quando com a bola, se transformariam nos "ponteiros", fazendo o que hoje Alex Telles e Pará cumprem. Algo que Karl-Heinz Rumennigge fez brilhantemente. Quem não conheceu, Rumennigge foi o atacante de maior qualidade que o futebol alemão produziu; assim como a geração brasileira de 82, só faltou uma Copa do Mundo em seu currículo. Jogava bem em todos os setores do ataque. Síntese do atacante moderno.
                            Prosseguindo; lá na frente, Barcos com seu intenso brilho para fazer o que quiser; técnica, talento e inteligência, ele tem de sobra.
                             Quem sabe não "baixa" o espírito de Saldanha no Renato e o Grêmio, desta forma, seja premiado com mais craques no time?

19 comentários:

  1. Marcelo Flavio25/08/2013, 11:47

    Eu mantenho meu posicionamento "Em time que está ganhando não se mexe".
    Até mesmo porque o atual esquema precisa estar consolidado, onde todos (titulares e reservas) saibam o posicionamento correto.
    Outra, várias vezes se falou por aqui em continuidade ao esquema e aos nomes que vem dando certo.
    Essa tua sugestão, Bruxo, vai ao contrário do que você mesmo acredita "a continuidade".
    Além do mais, desses nomes que hoje estão de fora e que tu acha que devem voltar (Vargas e Zé),
    quando titulares não apresentaram um futebol tão vistoso de ser visto, que hoje os credenciaria a serem titulares novamente.
    Tirar quem hoje está dando conta do recado, que tirou o time daquela zona malemolente e sem comprometimento seria no minimo falta de respeito a esses atletas.
    Vale destacar aqui nesse ponto a influência do Renato (deu confiança ao time).
    Mascom certeza, são válidas as alternativas e os testes.
    Nada de pardalice.
    Sim a continuidade.

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    1. Concorco sobre a continuidade, mas discordo em relação ao futebol de Zé Roberto e Vargas. Um é o artilheiro do Grêmio na temporada e outro no brasileiro, se não me engano.

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    2. Marcos!
      Também acho. Os dois jogam muito.

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    3. Acho que agora o artilheiro do Grêmio na temporada e no brasileiro é o Barcos. Passou os 2 na ausência destes..

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  2. Simples: o Ze no lugar do Souza e o Vargas no lugar do Kleber.

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    1. Arih!
      Acho que estamos chegando num excelente estágio, veja; as nossas dúvidas agora são essas, estamos falamos em Souza, Zé Roberto, Vargas e Kléber. Mudou para melhor, que fase!!! Abraços.

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  3. Marcelo!
    Acho que a ideia é ir melhorando; as mudanças que proponho são pontuais, jogos aparentemente menos difíceis, além disso, num campeonato longo, as possibilidades de mudanças são grandes, vão chegar oportunidades de ousar. A continuidade é importante sim, mas o Zé ainda não foi testado no 3-5-2,também, o momento da equipe é outro. Está com mais confiança; aí não tem jeito, a bola queima menos o pé e a jogada flui com naturalidade; como escrevi, nestes casos, o ruim vira mediano, o mediano vira bom e o craque estraçalha.

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  4. Marcelo Flavio25/08/2013, 15:51

    Entendo o teu posicionamento e visão das coisas Bruxo.
    O problema será, se um das das trocas 'pontuais' não renderem o suficiente.
    Daí a corneta da torcida vai voltar com força.
    Porém, com campeonato longo, lesões e suspensões todos terão suas chances.
    Em jogos fáceis, ou com escore favorável vejo salutar possíveis trocas.
    Com certeza os nomes que estão fora tem total capacidade de tornarem-se titulares.
    No entanto, o momento é de consolidar o esquema.
    E dar força pra quem está no bom momento agora.

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  5. Marcelo Flavio!
    Concordo contigo sobre o receio ou até irresponsabilidade de mudar, mas estamos tratando de Zé Roberto e Vargas; seguramente, bem posicionados e motivados, serão de grande valia; acho que vale a pena correr o risco em jogos teoricamente mais fáceis e principalmente, em casa, quando teremos que atacar mais.

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  6. Marcelo Flavio25/08/2013, 18:53

    off-topic:

    Dando uma olhada na rodada de hoje as 16:00 hs.
    --
    No jogo do Vasco e Corinthians, o zagueiraço Cris entregou a rapadura de novo. Cada falha dele é um gol do adversário. Nos livramos de uma naba sem precedentes na história atual do futebol brasileiro.
    Esse empate de certa forma nos favoreceu, os cabeças não escaparam e quem vem na sequência não encostou.
    Tamo na peleia.
    E o Luxa, hein, entende tudo de futebol, está afundando cada vez mais, o já combalido, Fluminense. E olha de o Flu tem um baita elenco. Esse Luxa é a maior enganação dos últimos tempos. Um arrogante que vive de um passado vitorioso, mas longínquo.

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    1. Marcelo!
      Não vi os jogos, mas pelas últimas notícias, o Tite já não consegue manter o Timão "focado". É a fadiga dos Metais.

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    2. Marcelo Flavio25/08/2013, 19:31

      Mas, o Tite está no Corinthians a uns 3 anos.
      Seria tempo de uma eventual troca?
      A teoria da continuidade não é tão verdadeira?
      Eu acredito que seja.
      No caso dos 'novos bambis' é muito ego, principalmente depois das conquistas. Não eram acostumados.
      Agora todos se sentem selecionáveis.
      Mas, não são.

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    3. Marcelo!
      A continuidade do trabalho é como a vida: nasce, cresce e morre. Por isso, que a teoria do "Eu não disse" é infalível, um dia o goleiro vai falhar, um dia o treinador não vai mais tirar qualidade e resultados dos grupos, pode ser o Guardiola, Telê ou Carlos Bianchi; um dia os resultados positivos vão rarear e aí a gente enche a boca e tasca "Eu não disse", mesmo que o treinador esteja tapado de faixas. Os casos mais recentes são do Muricy e Abel; Tite parece que vai para esse caminho; se não agora, será logo ali adiante.

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    4. Também acho que o prazo de validade do Tite no Corinthians está se encerrando...

      Aliás, ele seria o meu nome para o tricolor em 2014 (apesar da boa campanha do Renato).

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  7. Marcelo Flavio25/08/2013, 21:08

    Bruxo,
    Admiro tua compreensão das coisas.
    Sempre sereno nos posicionamentos.
    --
    Ainda bem que essa sequência de nascimento e morte está pros outros.
    Nós estamos na fase da renovação.
    --
    Mudando um pouco de assunto.
    Sempre visito e leio vários blogs do RS, SC e PR.
    E como tem torcedor puxa-saco, credo.
    Os caras são uns baba-ovos de carteirinha.
    Sem opinião, apenas consentindo com os 'xefes'.
    Chega a ser ridículo.

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    1. Nem tão sereno, Marcelo; às vezes eu chuto o balde, mas sem escorregar para a baixaria.

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  8. Olha, a única alteração "natural" que vejo agora é a volta do Zé no meio. Acho que o Vargas, apesar da qualidade que tem, deve aguardar sua vez no banco. Kléber vem muito bem, fazendo algo que o Vargas não estava conseguindo (prender a bola).

    Além do mais vejo o Vargas no banco como uma ótima alternativa, pode ser o nosso 12º jogador, pela capacidade de mudar um jogo.

    Sobre a troca de esquema, acho que isto pode ser testado, mas não vejo necessidade momentânea. Talvez a alternativa pode ser treinada durante a semana, para colocá-la em prática, em condições favoráveis, em jogos tranquilos.

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    1. Fecho integral com o Guilherme, pra mim o Vargas tem que mostrar futebol pra voltar, assim como o Kléber teve que garantir seu espaço - mesmo sob protesto de muitos. A volta natural é do Zé e acho que nessa quem sai é o Souza para, em definitivo, tratar essa lesão.
      Em tese o Grêmio ganha muito, há de se ver quem vai fazer a primeira função.
      Por fim, me recente ainda a falta de um armador, neste jogos em casa onde os times virão fechadinhos eu gostaria de ver o Maxi e - no segundo tempo - o Vargas pode dar um desafogo.

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    2. Os próximos jogos exigirão mais da parte ofensiva do Tricolor; aí pode aparecer a brecha para vermos Kléber, Barcos e Vargas juntos.

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