Grêmio volta a vencer
No Brasileiro de 1972, o Grêmio perdeu 5 jogos consecutivos sem marcar gols: Vasco, Santa Cruz, Corinthians, Palmeiras e Fluminense; caiu o técnico Daltro Menezes e no sexto contra o Flamengo, estrearam o eterno gremista Milton Martins Kuelle como treinador e Picasso no gol. 1 a 0, gol de Loivo de falta, jogo sofrido. Hoje foi igual. Muita ansiedade, a bola queimando, a torcida impaciente, um gol apenas e a reza de todos para que a partida chegasse ao final.
A ansiedade é um dos elementos que emperrou o Grêmio nestas últimas rodadas, não é apenas isso, logicamente, mas gera a incerteza, a falta de confiança e a repetição dos erros. A vitória miúda, sofrida, apertada, estancou isso. Interrompe o processo "ladeira abaixo".
Sobre a partida; Dida foi fundamental quando o 0 a 0 era uma realidade, salvou porque "tem braço". Um revés naquele momento e a vaca tinha ido para o brejo. Acima dele, dois atletas, Rhodolfo e Máxi Rodriguez; o primeiro, perfeito, o segundo, lampejos de uma técnica esmerada associada a ousadia. Merece mais chances. Zé Roberto foi bem, não deveria ter saído. Barcos, um pouco abaixo, mas mostrando que está suportando a carga da má fase, sabendo administrar esse período. Alex Telles e Pará, horríveis, um passa por uma queda acentuada de produção, o segundo, bem esse, só funciona num time azeitado, o que não é o caso.
Finalizando, Renato estava muito nervoso na entrevista de pós-jogo, a impressão que ficou: um atrito no vestiário, assim que terminou a partida. Pode ser apenas impressão.
Contra o Flamengo, certamente o time reagirá bem melhor. Vencer hoje era fundamental.
Não pude assistir o jogo, portanto não sei qual foi o desempenho da equipe.
ResponderExcluir--
Enfim uma vitória, magra, mas uma vitória.
Assim quebra-se o jejum, indigesto.
Espero para o próximo jogo outra vitória, afinal o Flamengo está com a cabeça em outra competição.
Marcelo Flávio!
ResponderExcluirNo mínimo três coisas positivas:
- Quebra-se o jejum indigesto
- A confirmação de que em casa, o melhor esquema é sem 3 zagueiros
- Zé Roberto está de volta; Maxi merece continuidade
O Renato é um cara difícil de entender. Em alguns jogos o Zé não figurou nem entre os reservas, derrepente é chamado para ser a salvação da lavoura, realmente muito difícil de tentar entender. Enfim entrou o guri, jogou bem, é jovem e por isso perde lances onde falta calma e maturidade, deve crescer se permitirem isso a ele. Quanto ao Pará acho q cumpriu bem uma função defensiva bruxo, é um lateral limitado que defensivamente cumpre o seu papel, não é ala e é bobagem esperar isso dele, enfim, depois da partida do Telles ontem - o Vasco fez a carga pelo lado dele porque é ruim defensivamente e pq o Bressan erra muito - acho complicado criticar o Pará. Com o balanço defensivo bem feito o Pará fica para o Telles subir, mas pra isso o menino deve melhorar logo, o Wendel quando entrou mostrou bom futebol.
ResponderExcluirBruxo,
ResponderExcluiracho que, em determinado momento, o Renato achou o esquema para o Grêmio. Foi o momento em que o time vinha sem identidade, sob a batuta de Luxemburgo. Renato acertou o esquema de jogo, mas errou em mantê-lo por muito tempo. O discurso do técnico, dizendo que tirou o Grêmio de uma posição incômoda, para colocá-lo entre os três primeiros classificados, é verdadeiro. Porém esconde, sutilmente, uma situação que não agrada o torcedor. A de que, mesmo estando entre os melhores classificados, o time está muito longe do atual campeão brasileiro. O viés que o Renato dá ao seu discurso, até com certa arrogância, é de que o Grêmio está muito bem sob as suas ordens. Mas para o torcedor, vê-se que não é bem assim. Há restrições quanto ao esquema de jogo do atual treinador gremista. Há questionamentos internos do Clube quanto ao modo de atuar. E, acima de tudo, há insatisfação de alguns jogadores do elenco, que olham para o campo e veem os titulares de Renato produzirem muito menos que eles. Creio que, apesar de tudo, Zé Roberto precisa ser titular. Já disse da minha admiração pelo futebol de Maxi Rodríguez. Já fui criticado por amigos gremistas que dizem que Maxi entra no time mas não corresponde. E eu respondo que ele tem o direito de não corresponder, porque das 15 vezes que atuou pelo Grêmio, 13 vezes entrou no time em meio ao jogo. Se tivesse uma sequência, aposto que não sairia mais do time. Entretanto, Renato é duro de dobrar. E não quer desmontar um esquema, que bem ou mal, vem mantendo o time nos primeiros lugares. Minha opinião é que, de maneira geral, o Futebol Gaúcho apequenou-se e contenta-se apenas com colocações que visam a campeonatos maiores, caso da Libertadores ou Sul Americana, sendo que para classificar-se para essa última, nem precisa fazer um grande desempenho. Título, que é bom, ou ao menos disputa pelo título, não existe há muito tempo.
Alvirubro!
ResponderExcluirConcordo plenamente. Nota-se que coisas estão aquém do esperado, quando é necessário dar muita explicação. Eu que dizia que o Tricolor era um dos 4 favoritos, posso me decepcionar, mas quem pregava o pior para o Grêmio, errou feio e deve estar surpreso com a boa colocação, apesar dos pesares.