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sexta-feira, 21 de março de 2014

Opinião



Sinal de Alerta

A forma dramática como o Grêmio conquistou o tão sonhado "pelo menos um ponto", fazendo o gol aos 46 minutos da etapa complementar, levou muitos de nós, torcedores a um estado de euforia que atingiu inclusive, o nosso maior mandatário.

Koff é uma sumidade quando o assunto é futebol; ele sabe que o time evolui dia a dia e não vi exagero em suas palavras, isto é, o Grêmio é candidato ao título. Candidato não significa "já ganhou", é tão óbvio, mas às vezes, parece ser imprescindível lembrar.

O que deverá estar acima dessa fala é a prudência dentro das quatro linhas, enfim, saber que o jogo se decide no gramado e nunca antes do último apito do juiz, aliás, como ocorreu quarta-feira.

Há outras evidências de quão traiçoeiro é o caminho para a classificação. Cruzeiro, Atlético Mineiro e Flamengo tropeçaram contra clubes de pequena projeção continental, mesmo jogando em seus domínios, portanto, se o Imortal incorrer no erro de achar que o Nacional do Uruguai é páreo corrido, pode "cair do cavalo". O sinal de alerta está visível para torcida, Direção, mídia oficial e redes sociais. 

A tão mencionada maturidade/maioridade que alguns escreveram antes e/ou depois do confronto contra o Newell's Old Boys, carrega em si, o respeito aos adversários e a rejeição ao "já ganhou".

O grupo da morte, não tem ainda, óbitos.

20 comentários:

  1. Por vezes as opiniões vão ao sabor do vento. Grupo da morte, que não era tão da morte assim, que virou da morte de novo. O Newel's, que seria o divisor de águas, mas agora não é mais tão bom assim. O Cruzeiro, que era favoritíssimo, mas agora não é tão "cancheiro" assim. O Atlético, que era o franco favorito, mas já não é mais o mesmo. Não sei se o que mudou foi a noção da grandeza do futebol sul-americano ou é só pra não dar o braço a torcer. Enfim, hoje, quem é o time "melhorzinho" que pode desclassificar o Grêmio logo ali na frente?

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    1. Paulo, acho que no Campeonato Gaucho se nao for o Juventude, sera alguem da semifinal ou quem chegar na final que derrotara o Gremio em sua caminhada. Ja na Libertadores, se nao cair ainda na primeira fase, caira nas oitavas, ou nas quartas, na semi ou na final. Estou convicto disso. A unica coisa que nao acredito de modo algum e que o Gremio saia vitorioso numa destas competicoes ja que isto seria a negacao de tudo que venho falando nao e de agora (eu nao disse?).

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    2. As tuas chances de acerto são grandes Arih kkkkk
      E ñ nos esqueçamos que se ganhar o gaúcho é só o campeonato ñ vale nada...

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  2. PJ!
    Li que a distância entre los hermanos e brasileiros aumentou, mas acho que não bem assim; ainda acho que dá um brasileiro, mas podem surgir umas duas surpresas, esse Defensor do Uruguai tá jogando direitinho.

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    1. Quem sabe pinta uma zebra na final ne? Mas acho q na hora do pega p capar, da decisão ñ vai sair do esperado...

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    2. Pj!
      Sem menosprezar, mas falando em tradição em LA, não como instituição, nos últimos anos a LA teve alguns campeões inéditos como Once Caldas, o Coirmão, Atlético Mineiro e outros "batendo na trave" (vices) como Chivas, São Caetano e Atlético Paranaense.

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  3. Realmente Bruxo, menosprezar qualquer time hoje em dia e suicidio. Temos varios exemplos. O Barcelona caiu para o mediocre Chelsea (comparando um com o outro). Mais?
    Koff tambem e um torcedor e pode (nao deveria), mas pode se entusiasmar. O que nao pode e a comissao tecnica e o time se entregarem ao "ja ganhou". Ha muito trabalho pela frente. Muito adversario que ira trazer dificuldades. Sem estar "entusiasmado", creio que estamos construindo as condicoes para chegar a uma possivel final e vence-la (mas isto e futurologia). Nao ha mais jogo ganho.
    O Flamengo nao me surpreende, mas e impressionante a queda do Cruzeiro. Tambem me surpreende a boa campanha dos paranaenses. Quanto ao galo mineiro, nao sei ate onde vai. Nao inspira confianca.
    Ja contra o Juventude, e uma incognita. Num jogo so, o minimo erro pode acabar com aqueles que ainda sonham com o Campeonato Gaucho. Ja contra o Nacional de Medellin, creio que sera tao encardido como foi contra o Newells.

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    1. Arih!
      Realmente, o Flamengo não surpreende. É um "estranho no ninho" nesta LA, já o Cruzeiro é uma decepção, mas ele pode se recuperar e garantir vaga. Fico imaginando nas oitavas de final a seguinte possibilidade: Galo (1º) x Raposa (16º e último classificado).
      Em 1997, ano do bi do Cruzeiro, as três primeiras partidas ele perdeu, começou o returno ganhando do Tricolor no Olímpico, gol do Palhinha. Eles não são de jogar a toalha.

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  4. Bruxo concordo quanto a tradicao do Cruzeiro na Libertadores e que sempre foi um time "carne de pescoco", mas durante o Campeonato Brasileiro falei: a bela campanha do Cruzeiro nao eram os reforcos, o tecnico emergente, a excelente administracao. A melhor tatica do Cruzeiro estava fora das quatro linhas e andando de helicoptero. Depois que o helicoptero caiu, o que fez o Cruzeiro? A libertadores esta demonstrando!
    Muitos endeusam o Dede. A midia carioca tambem. Nao vi o jogo, mas pelo que andei vendo por ai, o Dede foi fundamental pro Defensor.
    Sempre que ocorrem certas coisas a gente houve que a qualidade da Libertadores caiu, que a diferenca do futebol brasileiro para "los hermanos" ficou estratosferica, etc... . Particularmente creio que todo o segredo, no caso da Libertadores, reside num so fato: os juizes que antes eram comprados facilmente, hoje ja nao permitem mais o excesso de jogo violento que os sulamericanos se caracterizavam. A qualidade permanece a mesma, sofrendo pequenas ondas a mais pra ca ou pra la, mas nada que seja significativo a ponto de haver um oceano de diferencas. Se deixam levar muito por uma ilusao que e a diferenca economica que nem sempre se traduz dentro de campo.

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  5. Arih!
    Muito bem lembrado.
    Comentei com os meus colegas de trabalho que tanto o Amarilla (Arena), quanto o Vera (Rosário) passaram "invisíveis" pelos jogos, bem diferente de outros tempos.

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  6. Arih e demais amigos, dia desses eu estava discutindo com colorados e gremistas do meu trabalho e falei exatamente isso. Não há grande diferença do futebol brasileiro para o sul americano, em geral. A diferença do futebol praticado na América do Sul, hoje, passa pelas melhores condições dos árbitros, dos estádios, do controle dos órgãos que gerem o campeonato.
    Para aqueles que gostam de ler sobre a história da Libertadores, violência e heroísmo são fatos que encontraremos em muitas partidas, desde 1960. Em 1962, a torcida santista fez uma guerra de garrafas contra os uruguaios do Peñarol. Houve partidas com times inteiros expulsos. A Libertadores criou a mística do campeonato duro, truncado, difícil. Para “macho”, como dizemos aqui. E isso foi sentido na Europa. Prova é que os times europeus não queriam saber de disputar final de mundial aqui na América do Sul. E assim surgiu o mundial em países neutros.
    Em 1971, Boca e Sporting Cristal do Peru, teve 19 jogadores expulsos. Briga generalizada e os valentões na delegacia.
    Quem não lembra do Flamengo contra o Cobreloa, em 1981? Mario Soto, zagueiro chileno, deu uma pedrada em Adílio e bateu tanto no Lico que fez sangue. Carpegiani era o técnico e no 3º jogo da final, em campo neutro (Montevidéo), colocou Anselmo só para que ele desse uma “porrada” em Mario Soto. Fato consumado e Anselmo expulso.
    Hoje é praticamente impossível ocorrer um fato como aquele de 1983, contra o Estudiantes, sem uma punição ao clube anfitrião. Os jogadores argentinos descendo a ripa desde o início, até que Renato resolveu xingar o banco adversário. Ameaçando derrubar o alambrado, a torcida destruiu o banco gremista com pedras e até cadeiras, enquanto a polícia só assistia.
    Em 1991, Colo Colo e Boca, em Santiago, também foi palco de mais uma armação violenta. Os chilenos infiltraram torcedores disfarçados de fotógrafos e “cameramen”. Depois do 3º gol do Colo Colo a torcida invadiu e o “pau comeu solto”. Até cães morderam os jogadores do Boca e muitos deles tiveram que ser atendidos por médicos devido a lesões e cortes.
    Lembram de São Caetano e América do México? A briga começou no fim da partida. Enquanto os jogadores do São Caetano comemoravam o resultado que levava o time às quartas-de-final, um gandula esquentado agrediu o goleiro Silvio Luiz, que revidou. O tempo fechou depois que a torcida invadiu o campo duas vezes seguidas. Para evitar um massacre, os boleiros do Azulão fugiram para os vestiários. A batalha terminou com sete torcedores presos e dez feridos
    Posso até concordar que os times de fora do Brasil tem certa deficiência em relação aos nossos, porém isso muitas vezes não fica explícito dentro das quatro linhas, como bem define o Arih.
    Talvez essa diferença técnica já existisse há muitos anos e por isso faziam o que faziam quando jogávamos fora do Brasil. A verdade pura é que quando o árbitro “trila” o apito, tudo se nivela. Claro que times de tradição são sempre considerados favoritos. Não há ninguém que tire Grêmio, Cruzeiro, Flamengo, Corinthians, Velez, Peñarol, etc, da lista de pretensos ganhadores. O futebol é feito assim. Entretanto, continuo achando que o "já ganhou" quebra a concentração pela busca do título. Exemplos disso temos aos montes. E depois do fato consumado não adiante ficarmos apenas no discurso "mas era o melhor time". Para citar um só exemplo, lembro do meu time em 2006, contra o Barcelona. Quem, a não ser os colorados, acreditaria no Inter campeão mundial diante daquele Barcelona?
    Portanto, a Libertadores permanece a mesma. Ganha o título quem tem a técnica e a raça necessárias. Aspectos extracampo existem, mas não são importantes quando se quer uma conquista.

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    1. Alvirubro!
      Tem outro aspecto a considerar; é um torneio, não um campeonato. Se naquele dias as coisas não dão certo ...

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    2. Exatamente! E os exemplos existem aos montes.

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  7. Alvirubro!
    Que beleza; deu dados que referendam o que o Arih e eu tínhamos como quase certeza (meu caso).

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  8. Realmente a violencia dos times sulamericanos em geral (em particular argentinos) sempre incomodou, principalmente os brasileiros, que atraves da CBD/CBF fez pouco para o fim disto. Foi a pressao internacional que acabou melhorando a Libertadores (por tabela) e principalmente o mundial de clubes. Dois times argentinos se destacam nisto: o Estudientes e o Independiente (nao a toa as maiores series de vitorias de dois times na LA). Ambos protagonizaram as cenas de violencia que foram decisivas para que os europeus se negassem a jogar na sulamerica. As edicoes (se nao me engano) do mundial de 75 e 78 nao foram realizadas por este motivo. Creio que em 68 ou 69 o campeao europeu nao quis vir e mandaram o vice. Por isso a modalidade de um jogo la e outro ca acabou em 80, indo para o Japao que atraves da Toyota aceitou patrocinar o jogo. Paralelamente se alegava falta de datas, interesse financeiro e para os mal informados, "desinteresse" (totalmente falso ja que desde a criacao era interessante e tinha uma aura magica), mas o real motivo foi fundamentalmente a violencia. Por incrivel que pareca, ate hoje, Estudientes e Independiente ainda estao entre os mais violentos do continente. Ha varios, dezenas de casos que exemplificam isto.
    Mas nao foi so por la que a violencia comeu solta (fora as arbitragens tendenciosas). No Brasil sao famosos os casos do radialista santista (creio que em 2007) que incitou atraves de um meio de comunicacao a violencia dos santistas contra os gauchos. Gremio e Palmeiras no famoso jogo dos 5x0 e onde Danrlei ficou marcado como brigao (na verdade o Palmeiras ja veio disposto a ganhar de qualquer maneira, "pilhado", pois eram "os melhores do Brasil", tanto que o pacato Rivaldo foi o primeiro a ser expulso). Alem de uma final de brasileirao, ha um caso na LA entre Flamengo e Atletico Mineiro (onde este abandonou a partida depois de 5 expulsos) que mostram a influencia da arbitragem. Por ai vai.
    Progredimos muito se olharmos pra este passado, mas ha de se melhorar mais. Gramados e estadios decentes, punicoes mais eficientes, etc... .

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  9. Arih!
    Essa troca de informações é sensacional; nem lembrava mais do caso do jornalista santista em 2007. Hoje a gente vê o amadorismo de determinados "jornalistas"

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  10. Nao esqueco facilmente porque ele nao so ofendeu os gremistas como todo o Rio Grande. Poucas vezes vi na minha vida gremistas e colorados unidos. Aquela foi uma delas. Ele retratou muito bem o que os paulistas em geral pensam sobre o sul e o Gremio. O tal de Morsa tambem entrou nesta onda naquela epoca, tanto que andou sumido e depois o ressuscitaram. Pessimos. Exemplos do que ha de mais fedido no jornalismo.

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    1. Perfeito, Arih! Passou batida por mim essa lembrança. Cara, gosto demais de debates nesse nível. Aprende-se muito e se tem a possibilidade de enriquecer a cultura futebolística e geral.

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