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sábado, 24 de maio de 2014

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (66) - Ano 2008



Prá não dizer que não falei de Roth, Perea, Soares  ...



Hoje, Sábado, tem São Paulo e Grêmio às 21:00 h; horário para perder a namorada, companheira, amante. Só quem não ama, decide por um clássico desses nestas condições.

Pois dos 4 grandes clubes paulistanos, aí incluo a Lusa também, o Tricolor do Morumbi é aquele, o qual, o Imortal tem melhores recordações jogando como visitante. Lembro de 1971, início dos campeonatos brasileiros em 1971, show de Scotta nos 3 a 0, o nosso primeiro título nacional em 1981, na Era Hélio Dourado, recentemente, ano passado, quando brilharam Dida e Vargas no 1 a 0.  Enfim, são boas lembranças. 

Mesmo trôpego, cambaleante, com times modestos, há exemplos de grandes vitórias. Uma delas ocorreu num mês de Maio como este, mais exatamente no dia 10, partida noturna. O Grêmio de Roth vinha de sucessivos fracassos; derrota no Olímpíco para o Juventude, caindo fora do Gauchão, derrota em Goiânia para o Atlético Goianense, aparentemente, um resultado reversível,  poiso o obrigava a ganhar pelo escore mínimo para prosseguir na Copa do Brasil. Não deu. Venceu por 2  a 1  e perdeu nas cobranças livres. A torcida pedia a  cabeça do treinador.

Dessa forma, foi com uma espécie de "ultimatum" que Roth mandou em campo, um time com três zagueiros contra o  São Paulo de Muricy Ramalho na primeira rodada do Brasileirão de 2008. Contra todas as previsões, o Imortal conquistou os primeiros três pontos de uma campanha memorável, embora frustrante, pois chegou a ficar 14  pontos na vigésima rodada à frente desse mesmo São Paulo, futuro tricampeão sete meses passados, portanto, naquele 10 de Maio, ninguém imaginava que estavam se enfrentando na estreia, o campeão e vice do certame.

O time do Grêmio mesclava grandes jogadores com alguns extremamente ruins, não havia meio termo: Victor; Léo, Pereira e Réver; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Rafael Carioca, Roger Flores e Hélder; Perea e Soares. Ainda entraram Makelele, Jonas e Rodrigo Mendes nos lugares de Roger, Perea e Soares.

O São Paulo, bicampeão brasileiro foi a campo com: Rogério Ceni; Jancarlos Alex Silva, o Pirulito, Miranda e Fábio Santos; Zé Luis, Júnior, o ex-lateral esquerdo e Richarlyson; Éder Luis, Borges e Dagoberto. Ingressaram ainda, Hernanes e Sérgio Motta, saindo Éder Luiz e Júnior.

O único e decisivo gol foi marcado aos 4 minutos do segundo tempo pelo zagueirão Pereira, um resistente e remanescente da  Batalha dos Aflitos, na foto acima, o da direita, juntamente com Perea.

Incrivelmente com um equipe muito inferior aos  melhores times do campeonato, o Tricolor fez uma campanha espetacular no primeiro turno e numa sucessão de erros, saída de Roger ao meio do campeonato, aumento de 50% de salário no final do turno inicial para o treinador, quando a lógica indicava dar uma premiação polpuda em caso de conquista lá em Dezembro, empréstimo de Jonas para a Portuguesa, ficando com André Luiz, oriundo da SER Caxias; substituições mal feitas em jogos cruciais, desatenções imperdoáveis como contra o Vitória de Vágner Mancini, saindo de um 1 a 0 no primeiro tempo para um 1 a 4 no final, tudo isso levou a perda do título.

O ano acabou com Roth dando uma polêmica entrevista a revista Placar chamando os seus  dirigentes, os benfeitores do seu reajuste salarial, de neófitos.

Hoje temos um time mais ajustado e dirigentes mais experientes; quem sabe não teremos outra boa notícia desta peleia na "terra da garoa"?

Para ilustrar, segue um vídeo.




2 comentários:

  1. Ja falei que nao acredito numa vitoria hoje. O Sao Paulo sempre faz um jogo equilibrado com o Gremio, independente da situacao de ambos. Desta vez estao mordidos pela goleada sofrida, devem uma satisfacao para a torcida, irao se empenhar ao maximo. O Gremio, pelo contrario, esta numa posicao comoda. Nao fara corpo mole, mas inconscientemente, ha aquele pensamento que e um jogo fora, contra um grande equipe, portanto, uma derrota nao sera nada anormal. Mas vejamos no que vai dar. A torcida sempre existira para que saiamos com tres pontos, mas um empate ja sera uma baita vitoria.

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    1. Arih!
      Muito bem apanhado. Aí é que entra o lado psicológico da coisa; essa tua descrição da situação do Grêmio, incrivelmente, pode ser um obstáculo, isto é, jogo fora, situação na tabela, o inconsciente trabalhando que "perder não será tão ruim". Aí é que entram os profissionais de fora de campo e + a Direção, isto é; tem que se convencer que cada jogo é único; depois, bem depois, é relaxar até a próxima disputa.

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