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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Na Copa


5 Pênaltis


Em 19 de julho de 1930, às 15.00 horas, o estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, recebeu um público de 25 mil torcedores, que viu a Argentina golear o México por 6 a 3. Até aí nada de muito interessante.

O que chama a atenção é que nessa partida, fontes indicam que houve cinco pênaltis assinalados pelo árbitro boliviano Ulises Saucedo. Quatro desses “pênaltis” foram cobrados em uma distância superior aos 11 metros da marca penal, pois não havia marcação para pênalti no gramado.

O árbitro errou a contagem da distância e as cobranças viraram simples faltas batidas de dentro da área. O goleiro Oscar Bonfiglio, do México, defendeu dois chutes disparados por Fernando Paternoster e Adolfo Zumelzú.

Já o goleiro da Argentina, Angel Bossio, defendeu duas cobranças de Manuel Rosas. Em uma dessas cobranças, Felipe Rosas aproveitou o rebote e marcou um gol para os mexicanos. A única cobrança executada da distância correta foi convertida por Manuel Rosas.

19 de Julho de 1930 - Argentina 6x3 México
Local: Estádio Centenário, Montevidéu
Juiz: Ulises Saucedo (Bolívia)
Gols: Guillermo Stábile 8’, Adolfo Zumelzú 12’, Guillermo Stábile 17’, Manuel Rosas (pênalti) 38’ do 1º tempo; Francisco Varallo 8’, Adolfo Zumelzú 10’, Felipe Rosas 20, Roberto Gayón 30, Guillermo Stábile 35 do 2º tempo.

Argentina: Angel Bossio, Jose Della Torre, Fernando Paternoster, Alberto Cividini, Adolfo Zumelzú, Rodolfo Orlandini, Carlos Peucelle, Francisco Varallo, Guillermo Stábile, Atilio De María, Carlos Spadaro. 
Técnico: Francisco Olazar

México: Oscar Bonfiglio, Rafael Garza Gutiérrez, Francisco Garza Gutiérrez, Manuel Rosas, Alfredo Sánchez, Raimundo Rodríguez, Felipe Rosas, Hilário López, Roberto Gayón, Juan Carreño, Felipe Olivárez. 
Técnico: Juan Luque  

 por Alvirubro

7 comentários:

  1. Paulo Juliano05/06/2014, 11:49

    Concordo com muitos saudosistas que o futebol era mais "charmoso", mas convenhamos, episódios como o relatado demonstram uma pitada de puro amadorismo. Hoje o futebol é negócio e o jogador atleta.
    Exemplo disso - e vocês sabem da história melhor do que eu - é a "preparação física" da época. Tenho na retina um método pouco ortodoxo que vi na preparação da seleção. Não lembro a data, creio que foi no tempo de Feola, mas o preparador segurava uma vara comprida e rodava com ela onde os jogadores, dispostos em circulo, deviam pular sobre o objeto para que não lhes acertasse as costelas. A mim pareceu aquelas provas de gincana.

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    1. Paulo, realmente o futebol era "muito amador" As regras foram mudando com o passar dos anos. Em 1930 não havia substituições. Não havia numeração nas camisetas. Não havia árbitros federados. Muitos atletas e treinadores serviam como árbitros. Enfim, é compreensível que acontecesse fatos como aqueles citados no texto. Felizmente o esporte evoluiu. Embora muito dessa evolução prejudicou o futebol.

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  2. PJ
    Certamente. Mas há algumas "evoluções" que são discutíveis. O amadorismo deu lugar a corrupção. Os clubes viraram coadjuvantes, em seus lugares, empresários. E na Copa do Mundo, naturalmente, pela proporção da grana e influências, repercussões, os valores são estratosféricos.

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    1. Paulo Juliano05/06/2014, 12:43

      Pois é bruxo, mas a maracutaia não existia antigamente ou só não era institucionalizada? As vezes me parece que a corrupção sempre foi, proporcionalmente, igual. Mas claro, o apelo economico que os clubes representam hoje dá azo a uma maior atuação dos "amigos do alheio".

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    2. PJ
      Acho que devia existir, mas numa escala muito pequena no futebol, até pelo caráter amadorista dele em seus primórdios, como esta postagem.
      A passagem dos atletas para "superstars" é produto dos anos 80. Lembro que o Bayern, base da Seleção Alemã, campeã em 74, os próprios jogadores traziam sua bagagem na mão e eram Sepp Mayer, Gerd Müller, Franz Beckenbauer, entre outros ... e ganharam o Mundial de 76 contra o Cruzeiro.

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    3. Paulo Juliano05/06/2014, 18:22

      Bhá, que absurdo de time!

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    4. O que o Bruxo comentou, dizendo que os jogadores passaram à condição de "estrelas" a partir dos anos 80, é verdadeiro. José Asmuz, Presidente do Inter, vendeu Falcão para a Roma por 2,25 milhões de dólares.
      Figueroa trocou o Inter, em 1977, para ganhar 3 mil dólares por mês, no Chile. Ancheta ganhava 1.500 dólares no Grêmio. E por aí vai...

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