O Vampiro de Liverpool
Estamos presenciando um momento marcante da história das Copas do Mundo, não apenas por ser realizada no Brasil, mas especialmente por um dos personagens que, certamente, inseriu seu nome com marca profunda no maior evento esportivo relacionado com o futebol.
Cresci, lendo e ouvindo os papos de meu pai (nascido em 1910) sobre futebol; muitos deles tinham como mote as diversas Copas do Mundo e eu ficava encantado com aqueles gigantes, bons e maus, heróis e vilões do torneio que eu ia conhecendo.
Havia Fausto, a Maravilha Negra, atleta brasileiro que mais brilhou na primeira, aqui no Uruguai. Giuseppe Meazza, o capitão italiano, que batizou uma era como "Os anos Meazza" nos anos 30; Leônidas da Silva, goleador da edição de 1938 na França, virou o Diamante Negro, Ferenc Puskas, húngaro da esquadra mágica de 1954, batizado de Major Galopante, mesma Copa que nos deu "A Batalha de Berna", o quebra-pau entre brasileiros e magiares, Maradona e sua "Mão de Deus" em 1986, Cruyff, o dono do Carrossel Holandês de 1974, o estranhíssimo resultado Argentina 6 a 0 no Peru em 1978, o Maracanaço de 50, enfim, muitas histórias ao longo desses 84 anos de disputa.
Pois, 2014 já tem o seu fato peculiar, isto é, a participação inesquecível de Luiz Suárez, uruguaio, que foi ao inferno com a lesão, ascendeu ao Céu contra a Inglaterra, onde mostrou seu talento na difícil arte de marcar gols; consagrou o seu fisioterapeuta Walter Ferreira, que vive um drama particular na luta contra o câncer; no entanto, Luizito se alojou no purgatório, quando resolveu morder o braço de Chiellini, o defensor italiano. O fato ofuscou o seu lado de goleador.
Mesmo que tenha sua pena comutada, Suárez, já entrou para a história dos Mundiais.
Mais um para a galeria de personagens "lendários" das Copas.
Bruxo, não vou entrar na crítica contra a FIFA pela dura punição imposta ao Luís Suárez. Afinal, já há antecedentes do artilheiro, que levaram as diversas federações envolvidas a adotarem as medidas corretivas, cada uma delas na sua respectiva jurisdição.
ResponderExcluirMas não posso aceitar que a FIFA determine ao cidadão Luís Suárez que ele não possa transitar dentro de estádios de futebol. Com que direito a FIFA obriga o "torcedor" Luís Suárez a ficar longe das arquibancadas? Contra vida de quem ele atentou? Mas isso é de uma imbecilidade sem tamanho. Se tiver um bom advogado, "Luisito" vai ganhar uma grana danada da "Dona FIFA", afinal a Federação tem todo o direito de intervir dentro das quatro linhas. Agora, determinar onde um cidadão deve andar, isso ela não pode fazer.
Alvirubro!
ExcluirUm absurdo; ninguém que deu "uma mordida" pode ser cerceado de exercer o seu ofício ou coisa parecida.
A Fifa tem perfil dos regimes totalitários. Há muito que se revisar no seu comportamento.