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sábado, 5 de julho de 2014

Na Copa



O jornalismo calhorda

Desculpem-me, mas o que eu assisti ontem me enojou. O lance com Neymar foi grave, violento, no entanto, nada fora do contexto da partida Brasil versus Colômbia. Foi uma fatalidade, repetindo, dentro do contexto violento. O grande vilão foi o juiz; ele deixou a pancadaria correr solta.

James Rodriguez foi caçado e por sorte, as pancadas não tiveram a consequência que atingiu o nosso camisa 10.

Tudo bem, mas onde entra o título deste post? Ontem, parte da nossa imprensa, queria transformar Neymar num mártir, cheguei a ouvir que os demais jogadores ganhariam a Copa por ele, outros jornalistas (???), dando boletins em voz baixa, como se estivessem ao vivo, transmitindo de um ambiente de velório. Uma encenação do "baralho".

Ora! A França perdeu Ribery, a Colômbia, Falcão Garcia, o Equador no penúltimo jogo preparativo teve um atleta com a perna quebrada, Strootman da Holanda lesionou os ligamentos do joelho e muitos outros.

A lesão de Neymar está servindo também, para que jogadores que estão mal, fazer o seu marketing, dizendo que a taça será para ele, melhor seria treinar mais.

Basta buscar na história das Copas, uma rápida vasculhada, que teremos grandes jogadores sofrendo lesões antes e durante a Copa. 

Encerrando, Zuniga é um grão de areia neste enredo. Parece malhação de Judas.

4 comentários:

  1. Bruxo, nada a acrescentar! Perfeito!

    Se tiveres um tempo, dá uma pesquisada no jogo Santos x Peñarol, na Libertadores de 2011. Neymar, depois de encerrada a partida, num tumulto generalizado, pisa nas costas de um jogador uruguaio, que estava no chão.
    Então, todo esse "UFANISMO" em relação ao prejuízo de não ter o atacante em campo é choradeira da imprensa brasileira. E os demais jogadores? Como se sentem com essa atitude?

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    1. Alvirubro!
      Não sinto firmeza nesta Seleção, como, aliás, não sentia em 1994. Se vencer, certamente terá seus méritos, mas será sem o virtuosismo que nos acostumamos a ver. Nem vou recorrer a Era Pelé, fico apenas com 2002; RT10, Ronaldo, Rivaldo, Kaká no banco, etc...

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  2. Bruxo,

    não pude deixar de dividir com todos do teu Blog o artigo “A SELEFOGO E A SELEÇÃO CONCESSIONÁRIA: CHEIA DE VOLANTES”

    PAULO CEZAR CAJÚ 05.07.2014

    Na semana passada me reuni com velhos amigos para trocarmos ideias sobre seleção brasileira e nossos áureos tempos. Também assistimos imagens maravilhosas do Canal 100 sobre o histórico Fogão dos anos 60. Foi de arrepiar!!! Meu Deus, reencontrei Sebastião Leônidas, um dos maiores quarto zagueiros que vi jogar. Injustiçado, ficou fora da Copa de 70. Não o via há pelo menos 20 anos!!!!

    Na resenha estavam eu, Leônidas, Carlos Roberto, Roberto Miranda, Afonsinho, Nei Conceição e Jairzinho Furacão. Tem como não ser nostálgico? Tem como não sentir saudade da Selefogo? E na sexta-feira, o que vejo? A seleção-concessionária, cheia de volantes: Henrique, Hernandez, Ramires, Fernandinho, Paulinho e algum outro que devo ter esquecido o nome. Quem sabe sair jogando? Dependemos de jogadas ensaiadas porque improvisadas, esquece. Depois do jogo, Cláudio Adão me ligou. Lembram da matada no peito dele? Da elegância? Do estilo? E Nei Conceição, o Nei Chiclete? Ganhou o apelido do Rei Pelé, impressionado com o fato de a bola não desgrudar de seu pé. Querem que eu não seja nostálgico? E o Afonsinho, jogava direitinho? Para sentirem o nível, em determinada fase, Afonsinho e Nei foram reservas de Gerson e Carlos Roberto. Roberto Miranda, campeão de 70, desmoralizava beques. Estava ali, bem na minha frente e alguns dias depois tenho que aturar o Fred, estático.

    Não vai receber bolas nunca. Por favor, cartas para a redação informando quem é o homem de ligação da seleção. Não gosto dessa história de comparações mas dá muita saudade. Reencontrar o Furacão Jairzinho faz voltar ao passado. Lembro das arrancadas objetivas e a torcida enlouquecida! Hoje os torcedores rezam para o juiz encerrar a partida e colocar um ponto final no drama nosso de cada dia, mas na nossa época ela queria ver jogo, queria ver show, quanto mais, melhor! Foi gratificante reencontrar esses monstros sagrados do futebol e revê-los naquelas imagens em câmera lenta. Sinceramente, tem como não ser nostálgico?

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    1. Alvirubro!
      tudo isso é verdade, ele nem citou o Manga no gol.
      O Caju andou queimando o filme com meio mundo, mas jogava muito e teve, de certa forma, influência no comportamento "social" dos jogadores.

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