Opinião

Dando a devida importância ao Clássico

Sou daqueles que não vejo como imprescindível a presença de treinadores gaúchos à frente de Grêmio e Inter. Talvez, porque Rubens Minelli tenha ensinado isso, depois Antonio Lopes, Abel Braga e Evaristo Macedo confirmaram o que penso.

No entanto, a dimensão de se jogar um Grenal é melhor aferida por treinadores do Pampa gaúcho, "quem mora na aldeia, conhece os caboclos". Enderson não conhecia devidamente a aldeia, que dirá os caboclos. 

Bom treinador, Enderson não conseguiu dar "o pulo do gato" em sua carreira, justamente na prova do mais renhido confronto do Brasil. Ao tentar explicar a surra dos 2 a 6, rebentou o seu futuro no Tricolor, ao "achar o resultado normal". Ali, Enderson caiu do cavalo e foi arrastado com um pé no estribo, se esfolando todo, até pedir água.

Luiz Felipe, um "caboclo nascido na aldeia", valoriza cada detalhe do escasso tempo de uma semana para tentar não sair chamuscado do clássico. Certamente, quebra a cabeça para equilibrar a peleia, que à princípio lhe é desfavorável.

O time do Grenal não será time  do segundo semestre; será uma escalação específica, devido a importância do jogo.

Finalizando, quero parabenizar ao Alvirubro e seu implacável arquivo, pois foi o primeiro a lembrar dos 35 gols de Oberti, marca que dura cerca de 40 anos e que poderá ser superada por Hernán Barcos.

Parece que a mídia profissional, isto é, que vive disso, finalmente noticiou o momento histórico vivido pelo Pirata. Antes tarde do que nunca.