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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Opinião

Talvez, eu só entenda se desenharem para mim

Antes de mais nada, vou explicar o porquê de postar o material do blog do Milton Neves (Jornalistas Gaúchos e seus times do coração); posto, porque sempre acreditei que “escancarar” a predileção clubística, não implica ser parcial ou imparcial no dia a dia do profissional. Não é isso que define; estão (ou estavam) aí o Lauro gremista e o colorado Ostermann para comprovar e acredito que quanto mais transparente a relação do jornalista com seu leitor/ouvinte/telespectador, melhor .

Também, porque existem os enrustidos, que “torcem” para o Avenida, o Ararigbóia ou se declaram flamenguista (decerto, os nossos 2 clubes gaúchos não são dignos o suficiente) e na hora de, na prática, se mostrarem imparciais, apresentam cada uma.

Um deles, hoje ao meio-dia, creditou ao centro-avante Barcos (chegou a ilustrar o comentário com o lance) a derrota gremista pelo pretenso gol perdido pelo Pirata, que para mim foi fruto de excepcional defesa do Fábio.

Talvez, eu só entenda se desenharem, isto é, se a bola bate na cara do Alisson,  goleiro do Inter num arremate de Lucão no jogo contra o São Paulo  ou se Marcelo Grohe defende uma bola que estoura no seu peito, ambas as intervenções são consideradas (justamente, diga-se de passagem) grandes e notáveis defesas, mérito dos dois goleiros, por que no lance de ontem, se minimiza a ação do arqueiro mineiro e todo o ônus da não feitura do gol é responsabilidade do atacante?

Por que determinados jogadores são os queridinhos da mídia e outros recebem sempre críticas mais pesadas? 


Eles não me iludem não; há por trás, uma intenção nada imparcial na forma de análise.

7 comentários:

  1. Estar tão longe acaba me deixando alheio a algumas pérolas. Mas ja é de tempos que perderam a credibilidade, vejo que a predileção tem sido blogs independentes, as figurinhas repetidas acabam sendo mais lembradas pelas furadas: vide o Cabrito e o Pico Novo Roberto Carlos, este do Tocaio do Gláucio, sem contar ainda o Taison melhor que Messi.
    Alguns se mantem com relativa audiência mas para isso abusam da "polêmica" - vide o Vidarte.
    Interessante também que um dos grandes filões dos jornalistas está escasso, a tal da "fonte" que antecipava tudo, de negocios a contratações e isso é mérito desta direção.

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  2. Tocaste num ponto essencial, que passa batido; com a discrição dos dirigentes, a maioria, os "furos' de reportagem não existem mais, quando ocorrem é pura barrigada como o caso do Enrico Cabrito ou que Luiz Felipe estava acertado com o Coirmão.

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  3. Bruxo,

    poucos se despem do amor clubístico. Poucos analisam com imparcialidade os méritos e os reveses de um time.

    Já estamos acostumados com opiniões que endeusam alguns jogadores, que com olhar crítico vemos que não são nada de mais.

    Os comentaristas esportivos, na sua maioria, perderam-se no tempo e no espaço em busca do diferencial. Hoje, apelam largamente para uma boa polêmica. Maneira de buscar audiência. Ou apelam para o "politicamente correto". Pura "água com açúcar".

    Fossem realmente comentaristas profissionais, saberiam analisar cada partida com isenção. Não conseguem porque são fracos. Emitem, indistintamente, opiniões resguardando sua cor clubística. Afinal, podem ser "escanteados" se forem muito realistas.

    Sabidamente, Rui Ostermann e Lauro Quadros passaram a vida toda deixando na dúvida quem os lia ou quem os ouvia. A capacidade imparcial de ambos os levou a serem ícones do rádio jornalismo gaúcho. Quem ousaria negar?

    Ricardo Vidarte fez carreira sendo polêmico. É o profissional que "não erra nunca"! Basta ler seu blog. Segundo ele, sempre se antecipa aos fatos. Sempre diz que foi o primeiro a levantar a questão. Usa o marketing pessoal a seu favor. Se tu deres a tua opinião para ele, e a opinião for de peso, ele vai escrever ou vai falar que já tinha dito. Por mais que tu tenhas a certeza que o tema não foi "levantado" por ninguém. É uma característica do profissional. Baldasso segue pela mesma trilha. É uma marca pessoal deles.

    Textos do naipe de Nélson Rodrigues, Armando Nogueira, João Saldanha, Cândido Norberto, Orlando Duarte, Alberto Helena Júnior e Luís Mendes, dentre outros, povoam muito pouco o nosso jornalismo esportivo atual.

    Talvez a falta de opções tenha inserido no mercado de trabalho profissionais muito mais preocupados em ocupar um espaço. Apenas isso. A qualidade, "a gente vê depois".

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  4. Alvirubro
    Além das qualidades inerentes ao ser humano, independente do caminho que vão trilhar profissionalmente ; aos atuais faltam também, dois fatores fundamentais, a vocação profissional e o domínio da literatura e demais manifestações culturais que tratam do futebol. Não olham a história do esporte bretão, nem olham para os grandes atores, que os antecederam.

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  5. Complementando:Apesar de nunca revelarem as suas predileções clubísticas, Lauro e Ostermann, ao longo dos anos, tinham suas preferências revelados por fontes sérias como ex-senador José Paulo Bisol, caso de Ruy e o ex-presidente tricolor, Renato Souza, a quem Lauro se referia carinhosamente como "O Poderoso Chefão". Citaria Antonio Carlos Porto, João Carlos Belmonte, Ranzolin, Haroldo de Souza, os irmão Lupi e Lasier Martins como imparcias, mesmo sendo gremistas ou colorados. Há o caso de Cláudio Cabral.
    Refiro-me a isso; a paixão por um time, não embaçou a vista e mente destes jornalistas. É o caso de Carlos Guimarães e Luis Carlos Reche, que considero imparciais.

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  6. Reforçando, ontem, Vasco x Icasa, o camisa 9 do time cearense foi no peito de Martin Silva que fez grande defesa, ninguém na transmissão do Sportv disse que Nilson (o 9) perdera o gol; méritos para o goleiro, quando é o Barcos, os arqueiros adversários nunca tem valor.

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  7. Corrigindo; .. o chute foi no peito de ...

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