Galeria Imortal (33)
Fonte:https://familiasisson.wordpress.com
Há 100 anos, portanto em 1916, mais exatamente em 17 de Setembro, o Grêmio bateu a Seleção Uruguaia por 2 a 1 no Estádio da Baixada.
Utilizou os atletas da foto: Em pé: Hanssen, Willy Teichmann, Hanssen II, Schiel, Saavedra, Chiquinho e Sisson. Agachados: Mohrdieck, Carneiro, Scalco e Lúcio Assumpção.
Castilla abriu o marcador aos 11 minutos; Assumpção empatou aos 33 minutos da primeira fase.
O mesmo Lúcio Assumpção marcaria o tento de desempate aos 38 minutos da etapa final.
PS: O jornal A Federação descreve como 24 minutos, o momento deste gol da virada.
PS: O jornal A Federação descreve como 24 minutos, o momento deste gol da virada.
Fonte: Revista do Grêmio, segundo fascículo - 1970
Excelente tópico, Bruxo! Lúcio Assumpção, que em 1917 e 1918 passaria para o lado dos alvirrubros de Porto Alegre.
ResponderExcluirAlvirubro, o Booth, grande artilheiro do primeiro Grenal, não jogou no Coirmão, também?
ExcluirSim, bruxo, jogou. Pelo time principal apenas um jogo. Logo após foi convocado para lutar na I Guerra Mundial. Ele que era inglês.
ExcluirEssa convocação não foi lenda?
ExcluirNão!! Vou te mandar o relato do Jornal.
ExcluirGracias!
ExcluirNo aguardo.
Recebi, tentei colocar neste comentário o documento, mas não sei. Se alguém souber, favor me dar a dica.
ExcluirOs Hanssen eram Ernesto e Víctor.
ResponderExcluirSisson, o maior artilheiro gremista em uma mesma partida. 14 gols marcados na histórica goleada em 25.08.1912, Grêmio 23x0 SC Nacional, pelo Citadino de Porto Alegre.
ResponderExcluirSisson jogou no Flamengo e na Seleção brasileira. Vide https://familiasisson.wordpress.com/biografias/augusto-maria-sisson-filho/
ExcluirE no Inter.
ExcluirMarca irrepetível, sem dúvida.
ExcluirO amistoso foi contra o Scratch da Federación do Uruguay (uma espécie de seleção uruguaia não oficial).
ResponderExcluirJogou a partida, pelo Scratch Platino, Julian Bertola, um médio, que ficou conhecido no Centro do Brasil, depois do giro de amistosos que o Scratch Uruguaio fez no início de 1917.
Pois Bertola gostou muito do Grêmio, na sua passagem por Porto Alegre, naquele setembro de 1916.
Terminados os amistosos no Centro do Brasil, Bertola mostrou interesse em jogar no Grêmio e permaneceu na Capital Gaúcha. Além de gostar do Clube, Bertola resolveu indicar três companheiros seus, a saber: Eduardo Beheregaray, Eduardo Garibotti e Nicanor Rodríguez. Todos eles acabaram jogando no Tricolor.
Bertola jogou em 1917 no Imortal.
ExcluirDevido ao ingresso desses uruguaios no Clube, o Grêmio não disputou nenhum campeonato, em 1917. Explico: em fevereiro de 1917 a Federação Sul Riograndense (FSR) aprovou a "Lei do Estágio", visando coibir o profissionalismo.
ResponderExcluirCom a lei, cada jogador que trocasse de clube teria de passar alguns meses sem jogar partidas oficiais. O Grêmio, que acabara de contratar os jogadores uruguaios sentiu-se prejudicado e abandonou a Liga, jogando apenas amistosos. Para substituí-lo, a FSR subiu o Americano, da 2ª divisão. Dessa forma, o Grêmio ficou proibido de jogar partidas oficiais em 1917.
Para enfrentar a “crise” da falta de jogos oficiais, o Tricolor participou de 18 jogos amistosos.
Já naquela época a Federação gaúcha prejudicava o Imortal. Che cosa!
ExcluirRsrsrsrsrsrs...
ExcluirNão há registro de participação de Bertola em jogos do 1º Quadro do Grêmio. Mais tarde, Julian Bertola retornou a Montevidéo e colaborou com o Clube Gaúcho na qualidade de Consul.
ResponderExcluirJulian Bertola, Eduardo Beheregaray e Nicanor Rodríguez retornaram ao Uruguai em junho de 1917, permanecendo em Porto Alegre apenas Eduardo Garibotti.
Apenas lembrando que Garibotti marcou o gol de pênalti no GRENAL do dia 04.08.1918, Grêmio 1x0 Inter. O jogo foi suspenso ao final do 1º tempo, devido a um conflito que resultou em um atleta do Internacional (Alvaro Ribas) ferido à faca.
Mais uma curiosidade: Willy Teichmann foi jogador do Inter, em 1921, e em 1939 foi Presidente do Clube.
ResponderExcluirDe 1919 a 1923 jogou no Grêmio o irmão de Lúcio Assumpção, Luiz Assumpção. E Sisson, "brigado" com a direção gremista, chegou a jogar pelo Inter um amistoso em 29.10.1911 - Inter 2x1 Ginásio Conceição (São Leopoldo), onde marcou um gol.
ResponderExcluirOs irmãos Assumpção fundaram o Guarany, de Alegrete.
ResponderExcluirGrande contribuição, Alvirubro.
ResponderExcluirOs atletas daquela época eram realmente amadores, mas idealistas a ponto realizar estes gestos.
Até os anos 1920 eram comuns as trocas de times por parte dos jogadores da dupla. Muitos eram estudantes e em busca de alguma atividade nos finais de semana, associavam-se em um ou outro clube.
ResponderExcluirVignoles e Cézar, dois atacantes colorados do 1º GRENAL (e 1ª partida do Inter, na história colorada) sairam do clube e foram se associar no Grêmio.
ResponderExcluirMas esse Vignoles não é o cara responsável pela primeira vitória do Inter em Grenais?
ResponderExcluirSim! Ele jogou no Inter até 1911, e em 1912, junto com outros atletas que já haviam jogado pelo Colorado, associou-se no Tricolor, Eheheheheh...
ExcluirEm 1909, Vignoles já era sócio do Grêmio. Cézar, era sócio desde 1907. Começo a desconfiar daqueles 10x0, eheheheheh...
ExcluirA desconfiança foi dissipada nos 10 x 1 do terceiro clássico (rs,rs,rs).
ResponderExcluirQuer saber outra coincidência? Vignoles jogou outra vez pelo Inter, Putz...foi isso!
ExcluirExcelente matéria!
ResponderExcluirLembrando que nessa época a partida possuía dois tempos de 40 minutos.
A imprensa dava amplo favoritismo - e com razão - à Seleção Uruguaia, o que aumenta a façanha obtida pelo tricolor.
Sisson deu assistência para ambos os gols de Assumpção (aliás, pelas minhas fontes, o segundo tento foi aos 24 minutos do segundo tempo).
Mohrdicek, um dos grandes nomes da partida e da década de 1910 do Grêmio, jogou adoentado.
Gracias, Rafael!
ResponderExcluirEssa do Mohrdieck, eu não sabia. Sisson parece que era o "cara".
Rafael!
ResponderExcluirMinha fonte foi aquela citada; mas, agora vendo o jornal A Federação de 18/09/16, segunda feira, realmente, aparece o segundo tento assinalado, faltando 16 minutos para acabar a partida: 40-16= 24 minutos do segundo tempo.Este deve ser o momento correto do gol da virada.
Obrigado, mais uma vez.
Disponha, Bruxo!
ResponderExcluirQuero ressaltar a importância de que sejam revividas histórias do Grêmio (e do futebol gaúcho), de forma que essencial é esta tua página na internet, momento no qual aproveito para te parabenizar pelo espaço concedido à lacuna.
Realmente, por um lapso esqueci de citar que minha fonte é A Federação. Obrigado pelo complemento.
Algumas fontes evidenciam o gol como tendo ocorrido aos 38 minutos (tal qual o Livro Imortal Tricolor, por exemplo) provavelmente decorrente das informações da Revista do Grêmio 1970 mencionada.
O fato é que há certa confusão histórica nesse dado, pois o livro de Édson Pires, de 1968, cita que o gol ocorreu aos 8 minutos (pode ter ocorrido ausência de digitação do primeiro algarismo que formaria o número 38).
Seria interessante verificar o que o Correio do Povo informa, caso alguém tenha acesso ao periódico.
Lembrando que quatro dias depois a Celeste venceu o Internacional por 4x0 e, posteriormente, bateu um selecionado gaúcho por 5x4.
Rafael
ExcluirTemos aqui no blog, o Alvirubro, que apesar de ter o defeito de ser colorado (hi,hi,hi) é um mestre no resgate da história da Dupla, o cara é muito bom. É obcecado pela veracidade dos fatos.
Ele pode nos dar uma força nisso.
Bruxo, sou vidrado em estatísticas, herança direta de meu finado pai, José Ney (que escreveu o livro Grenal História na década de 70).
ExcluirConheci recentemente o blog, mas verifiquei - seja em "postagens oficiais", seja nos comentários - a quantidade (além da qualidade incontestável) de informações e estatísticas do futebol (gaúcho, principalmente) que Alvirubro possui. O nível de detalhamento é impressionante, mas - acima de tudo - a vontade de difundir o conhecimento é essencial.
Espero que ele continue compartilhando suas pesquisas (números e dados), porque estarei acompanhando (e tentarei ajudar naquilo que for possível) o resgate da história. E sobre ser colorado, sem problemas, percebi que há respeito nas palavras dos participantes (embora cornetas inteligentes e criativas sejam sempre bem-vindas).
Está explicado; José Ney é uma lenda na história do futebol gaúcho,especialmente.
ExcluirSem dúvidas, a corneta faz parte do futebol; eu, agora, só cumprimento meus colegas de trabalho com a mão espalmada, fazendo "5"; mas é aquele negócio; tem o bônus, tem o ônus.
ExcluirBruxo, se tu me permitires um adendo, creio que seja interessante observar que - na edição do dia do jogo - o periódico A Federação descreveu sucintamente a qualidade de alguns dos atletas tricolores (transcrição parcial abaixo mantidas a grafia e a pontuação da época):
ResponderExcluir"Schiel: player agil e de complexão robusta.
Mohrdieck: considerado mestre nessa posição. Teve atuação saliente nas pugnas disputadas nesta capital com os quadros do Bristol, Rio de Janeiro e São Paulo.
Hanssen II: é o jogador indicado para ocupar a vaga deixada por Schuback.
Saavedra: há pouco entrado para o Grêmio.
Harissen: apesar de andar, há muito, enfermo, tem feito excellentes actuações em nossos grounds.
Chiquinho: há pouco mais de um anno forma no 1ª team, prometendo ser um excellente elemento da linha média.
Assumpção: apesar de sua predilecção pelo dribriling é um dos elementos de valor da eleven gremista.
Carneiro: incluido por motivos de organização interna do Gremio no quadro que se vae bater com os uruguayos.
Sisson: defensor enragé [= fr. raivoso ou ardente] da bandeira dos Moinhos de Ventos; possuidor de shout firme e violento, é perigoso em suas investidas.
Scalco: um dos bons auxiliares da linha incumbida da offensiva gremista.
Teichmann: atua há dois annos no quadro dos Moinhos de Vento, sendo apreviaveis as suas excellentes centradas."
Destaque para os elogios a Mohrdieck e Sisson.
Obrigado, Rafael.
ResponderExcluirÉ importante esse resgate, porque o presente é construído, também pelas histórias dos protagonistas de várias épocas. São os tijolinhos que mantiveram o clube de pé até agora.
Sempre que quiseres (e puderes), intervenha, acrescentando material aos nossos textos.
Obrigado, Bruxo. Concordo contigo.
ExcluirContribuirei sempre que for possível.
Rafael, satisfação em tê-lo conosco. Vais acrescentar muito e nos ajudarás a tirar muitas dúvidas.
ExcluirAlvirubro, agradeço às boas vindas e com certeza irei recorrer ao teu arquivo e às tuas memórias com o passar do tempo e dos assuntos levantados. Vamos ajudar a história a contar suas histórias.
ExcluirFico satisfeito igualmente com as palavras de Bruxo a respeito de meu pai.
Caramba! Olha só a responsabilidade, Bruxo!
ResponderExcluirMuito legal, Alvirubro
ResponderExcluirMais um para construir a história da Dupla.
Bruxo e Alvirubro, em outros comentários verifiquei que ambos conversavam sobre a vontade que deve possuir um historiador (mesmo que não oficial, como eu) em se esmerar sobre dados antigos, percebendo que qualquer oportunidade deve ser considerada e as peças do quebra-cabeça são encontradas homeopaticamente. Concordo com a opinião evidenciando um exemplo que me chamou a atenção.
ExcluirQuando meu pai confeccionou os livros I e II, no final da década de 70 e início da década de 80 (respectivamente), tendo iniciado sua pesquisa em 1958 (ou seja, 20 anos antes) com caneta, papel e vontade apenas, o Grenal nº 3 (10x1) saiu com a informação de "autores dos gols não revelados".
O livro A História dos Grenais, de David e Nico, pelo menos na primeira edição de 1994, evidencia também tal lacuna no Grenal nº 3 (somente o gol colorado consta). O livro de Édson Pires, o rei do furo, de 1968 (nesse caso anterior ao livro de meu pai), igualmente é silente a respeito.
Entretanto, quando verificamos nos arquivos, na década de 90, as compilações feitas à máquina de escrever (com adendos à mão) pelo meu pai em meio às suas pesquisas, constatamos que ali havia a presença dos artilheiros da partida. Por algum motivo não explicado - durante a transcrição de dados para o equipamento que realizaria a impressão e o posterior encadernamento - a informação foi perdida. A página mencionada pode ser visualizada aqui:
http://pt-br.tinypic.com/view.php?pic=28mo512&s=9
Ainda não consegui ir atrás do periódico citado na fonte (e tampouco sei se ainda está disponível em algum lugar, já que - nas vezes que fui ao Hipólito da Costa - os jornais mais antigos estavam em situação falimentar, muitas vezes com fragmentos cortados com estilete por outros consulentes).
De qualquer forma, talvez outros historiadores já tenham encontrado tal informação.
Rafael
ExcluirTenho os goleadores deste Grenal (03), inclusive com o tempo em que cada um foi realizado.Bate com os dados de teu pai.Um amigo me repassou.
Imprimi e colei no livro do David, MM e outros, que igualmente, não possui estes dados.
Bruxo, tu poderias colocar aqui a informação do tempo dos gols? Será interessante para complementar as estatísticas.
ExcluirRafael,
Excluirimagino que estejas trabalhando em pesquisas há algum tempo. Eu, na verdade, comecei minhas anotações nos tempos de garoto, depois parei, depois reiniciei, depois parei e reiniciei...
No início eram só listas de jogos, com datas, depois fui acrescentando os goleadores e depois surgiu a ideia de aumentar os dados para montar as fichas. Bom, há uns 25 anos que ouço os jogos anotando "on line" os dados.
Então, muita informação que tenho, diz respeito àquilo que o narrador falou no momento. Coisas que os jornais não publicam. Não me baseio só em jornais, até porque há erros que se perpetuam e quem não acompanha de perto e um dia for copiar, acaba tendo uma informação equivocada.
Mesmo assim, o que vale é a vontade de ter os dados. Gosto também de estatística. Fico criando relações entre um e outro atleta, comparo desempenhos, tudo com um fim histórico e de curiosidade.
Vamos em frente!
Rafael, manda um e:mail para peleadacopa@gmail.com
ResponderExcluirque repassarei para o autor da pesquisa.
Rafael
ResponderExcluirSegue a informação: Edwin Cox aos 5; Benjamin Vignoles aos 8; Edgard Booth aos 11; Moreira aos 13; Edwin Cox aos 23; Mostardeiro aos 29 minutos, todos do primeiro tempo.
Edgard Booth aos 8; Moreira aos 19; Mostardeiro aos 27; Sommer aos 29 e Schubach aos 37 minutos da etapa final.
Confirmando: Para a fonte dos dados; favor enviar o teu e:mail para o que informamos acima.
Obrigado pelas informações, Bruxo.
ResponderExcluirEnviei o e-mail no dia 12 mesmo. Não chegaste a recebê-lo?
Não, nem nos spans que era uma possibilidade. O e:mail está correto.
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