Da Boca para fora
Certa vez, um dirigente do Inter, Gilberto Medeiros, disse diante da grave crise financeira do Coirmão, que não fora eleito para ganhar títulos, mas para pagá-los, logicamente, se referindo aos financeiros.
O mundo vermelho caiu em cima dele. Não sei se agiu certo, porém, ninguém tinha autoridade para dizer que ele não fora sincero com o torcedor. Uma cruel sinceridade.
Pois bem, Bolzan Júnior prefere o discurso ladino de que vai buscar uma conquista no campo este ano, ao mesmo tempo em que se agarra às realizações financeiras para justificar a falta de "loucuras" na qualificação do elenco.
Todos sabem que eu já cruzei os cinquenta anos e, por isso, vi muitas ações acertadas no Grêmio sem as tais "loucuras".
Vi Telê Santana montar um supertime em 77, que não custava 50% do grupo do ano anterior.
Igualmente, qual o jogador caro que desembarcou no Salgado Filho em 1995? Luis Felipe teve que se contentar com o lesionado Adilson Batista, os escorraçados ex-São Paulo, Dinho e Luis Carlos Goiano vagando por clubes pequenos, os juniores dispensados Paulo Nunes e Jardel, trazer Rivarola do modesto Talleres de Córdoba e um promissor meio de campo, que diziam quebrar o galho na lateral, o paraguaio Arce. O resto, Felipão buscou na base. Uma piazada sem nome algum, sem passagem por divisões de base da Seleção, casos de Danrley, Roger, Arilson e Carlos Miguel.
No caso de Bolzan, ele deveria buscar uma solução intermediária entre o "fator" Gilberto Medeiros e os exemplos tricolores de 77 e 95. Não é necessário ser tão franciscano como o primeiro, nem investir pesadamente em jovens de fora ou da base como ocorreu com Luis Felipe. As coisas mudaram.
O Grêmio precisa de ajustes, ajustes urgentes, porque o cavalo está passando encilhado para os gaúchos neste Brasileirão. Todos sabemos das limitações defensivas entre os onze gremistas e também, nas reposições, mas não será trazendo jogadores de empresários, que o Tricolor irá botar faixa. Nem preterindo juniores com futuro sob a desculpa de "não estarem prontos", casos de Raul, Batista, Tontini e antes, Luis Felipe; ao mesmo tempo em que adota outra postura em casos como Tilica e Jaílson, que possuem as mesmas condições dos primeiros citados. Processo seletivo ou preconceituoso? Escolham.
O próprio treinador é tratado como se fosse um astro consagrado, daqueles recheados de títulos; Roger não ganhou nada e não avançou de um ano para o outro, mas isso não interessa. Nem parece um funcionário remunerado do clube com atribuições e objetivos bem definidos.
Alberto Guerra começa a se mexer; as últimas informações dão conta que está em solo platino em busca de defensores de grife e vencedores, tomara que consiga reverter esse pessimismo que assola a nação gremista.
Que o discurso de Bolzan Jr. não seja apenas da boca para fora.
Que o discurso de Bolzan Jr. não seja apenas da boca para fora.
Leonardo
ResponderExcluirBruxo: Parece que alguem passou por aqui e leu as nossas dicas sobre o Emmanuel Mas! Se confirmar a contratação vai ser um baita acréscimo. Se o Walter Kannemann também vier ai temos grandes chances de acertar o lado esquerdo da zaga (que anda capenga desde a saída do Rhodolfo). Falta agora um camisa 10 de qualidade e o Roger escalar os melhores, sem bruxismo.
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Com esses reforços (claro, se os "líderes do vestiário" não encrencarem com os gringos) dá para fazer um segundo turno com a corda esticada e tentar beliscar o titulo. Mas, para isso, o jogo de amanhã contra o Santos é crucial. O problema é que a torcida está ressabiada e a Arena deve estar sem pressão amanhã. Vamos torcer que o Grêmio faça um jogo fora de curva e vença por meio a zero.
É isso aí, Leonardo!
ExcluirImagina se fecharem a zaga, mantiverem Walace e Luan, aproveitarem melhor o Bolaños e Lincoln desencabular.
Não é tão difícil assim fazer isso.
Leonardo
ExcluirBruxo: Estou com medo do jogo de amanhã contra o Santos. É um jogo de seis pontos contra um time que vem embalado. Estou achando o Grêmio (time e torcida) meio desmobilizado, o que é pessimo em semana de Gre-nal. Seria importante a presença da torcida em peso amanhã para conseguir uma vitória importantíssima.
Não sei porque esse Kannemann não me empolga, talvez por ser um zagueiro de 1.83, talvez por ter sido reserva do Baloy, talvez por ser reserva do Rafa Marques com 37 anos. São muitos talvez...
ExcluirTalvez por "hablar"....
ExcluirNão lembro da bola que o cara jogava no time do Papa.Tomara que acerte a zaga.
ExcluirGláucio levantou outra questão interessante. Quantos argentinos deram certo no Grêmio? Quantos zagueiros argentinos tem destaque NO MUNDO?
ExcluirPJ/Glaucio
ExcluirFaz tempo, andaram até importando da Bolívia ou Colômbia, Bermudez no Boca.
Por outro lado, se compararmos os zagueiros dos times Argentinos com a maioria dos brasileiros, ao menos nos nossos confrontos contra eles, vantagem pro hermanos.
ExcluirBruxo, esqueceste de citar, dos juniores de 94 a 97, o Emerson, que ficou fora do time de 95 devido a grave lesão, mas voltou a ser titular no decorrer de 96.
ResponderExcluirA diferença é que a piazada da base de 95 já era campeã da Copa do Brasil de 94.
ResponderExcluirEsses de hoje não ganham nem grenal de juniores...
Glaucio
ExcluirEram mais curtidos, realmente. O Carlos Miguel, inclusive participou da campanha da Série B em 92.
Tens razão, Nelson; havia ainda o Emerson, que era o melhor dos três (C.Miguel e Arílson).
ResponderExcluirTeve uma lesão grave no início da carreira, mas superou com méritos.
Outro exemplo de bom de bola da base.
Leonardo
ResponderExcluirBoca entaipada esse jogo de hoje à noite. Não arrisco palpite. 1/2 a zero me serve.
Pro o Grêmio, o cavalo encilhado já passou:
ResponderExcluira) Primeira Liga
b) Campeonato Gaúcho
Mas, deu tudo errado. Direção e treinador.
Está na hora deles aprenderem, Marcelo Flavio. A Primeira Liga foi um erro abissal. Hoje, na inhaca que a gente anda, se tivesse ganho, a torcida estaria de sangue doce, até o rendimento do time iria melhorar, sem a ansiedade.
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