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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Opinião



E aí, estacionou?

Boa parte da torcida e imprensa do nosso estado entende que a continuidade de trabalho só traz benefícios aos clubes, pois a tendência é a sua evolução, levando aos títulos, as conquistas. 

Deveria acontecer com Roger Machado, entretanto, é nítida a queda, a estagnação ou "involução" (não sei se existe esta palavra) de seu trabalho de 2015 para este ano. No mínimo, estacionou.

O agravante é que isso ocorreu, mesmo com acréscimos no elenco; Edílson, Wallace Reis, Kannemann, Miller Bolaños são melhores alternativas do que possuía Roger no Brasileiro do ano anterior. Nem vou citar Negueba, Henrique Almeida, porque é matéria discutível.

Em 2015, o Tricolor, cedo, se solidificou no G-4, também teve atuações de excelência (Corinthians, Atlético Mineiro e especialmente o Grenal histórico), que não encontram similaridade no corrente ano.

Há no contexto, desclassificações ridículas como na Primeira Liga num grupo de dois "mortos", Avaí e Coritiba e um Inter treinado por Argel "Pezinho no Chão". 

No Gauchão, equívoco na escolha das prioridades, que contrariou o bom senso, mandou para os ares, o campeonato regional "mais fácil" das últimas edições.

Na Libertadores, o Tricolor teve uma das mais constrangedoras jornadas em casa, diante do Rosario Central. Foi vergonhoso para nós. Um fiasco na Arena. Lá, nem se fala.

Ainda assim, o prestígio de Roger perante a imprensa gaúcha seguiu sem um arranhão. Aliás, estamos diante de dois técnicos (Roger e Roth), que "treinam" muito bem a mídia do RS. Abel, Argel, Luxemburgo, Renato, Enderson e Luiz Felipe, nunca tiveram essa condescendência dos jornalistas; pelo contrário, a "clava" esteve sempre pronta para baixar o "pau" na cabeça deles.

Alguns profissionais chegam a dizer que é injusto criticar Roger Machado, deixando transparecer a boa vontade exagerada (e inexplicável) com o seu desempenho.

O que poderá mudar e tirar a paciência da mídia, não serão os pífios resultados do jovem treinador gremista e sua estagnação na casamata Tricolor, mas a longa entrevista que concedeu a um segmento da imprensa, onde, quase passou a impressão de ser possuidor de um conhecimento e tirocínio raros em profissionais do esporte bretão, porém, deixou transparecer uma empáfia de dar inveja a última bolacha do pacote e detonou com a Imprensa gaúcha. Pisou nos calos dela.

Roger poderá até ganhar a Copa do Brasil, afinal, Paulista e Santo André, também conseguiram, mas fica evidente, que hoje, 05 de Setembro, se os dirigentes do Grêmio fossem providos de sapiência em futebol, ele estaria, no mínimo, "prestigiado".

Quem conhece os meandros da bola, sabe que a aplicação deste termo, significa estar a um passo da demissão, mas a Direção parece gostar de empurrar com a barriga os problemas. Por isso, esses 15 anos sem títulos relevantes.

4 comentários:

  1. Tens o link da tal entrevista?

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  2. Glaucio
    Li na ZH impressa de Domingo, 04/09. Deve ter na internet, se eu descobrir, posto aqui.

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  3. Glaucio
    http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2016/09/nao-posso-pautar-minhas-decisoes-por-opinioes-passionais-diz-roger-machado-7370326.html

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  4. Beleza, eu tinha visto o link no site deles mas não li.

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