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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Opinião



Miller Bolaños

Enquanto o noticiário é dominado pelos ritos justos e necessários do evento tragédia da Chapecoense mais as trapalhadas dos "espertos" dirigentes vermelhos, eu viajei noutra onda; fiquei imaginando qual a carta na manga que Renato Portaluppi teria para surpreender o Galo Carijó das Alterosas, caso um imprevidente acidente tirasse Éverton do confronto. 

Fiquei matutando e cheguei a três alternativas: Jaílson no meio, formando um quarteto com Walace, Maicon e Ramiro, deixando Douglas mais avançado e sem responsabilidades de marcação.

Também lembrei, muito mais por característica do que qualidade, o jovem Guilherme, que flutuaria entre o lateral e o beque pela direita, mas a verdade é que o menino não emplacou nenhuma partida que entusiasmasse o torcedor.

A última, porém a minha preferida: Bolaños. Ele atuaria mais avançado do que Douglas e às costas de Luan, além dos volantes mineiros com se fosse um limpador de pára-brisas, isto é, ora na esquerda, ora na direita.

Ele vem fazendo gols, quando atua com a baba, quem sabe não está recuperando o seu belo futebol?

Miller Bolaños pode ser a melhor notícia desta decisão.

8 comentários:

  1. Taticamente matou a xarada,Guilherme.
    Mais faceiro bolanos.
    Jogar para ser campeão por causa do regulamento,jailson.

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  2. Heraldo, verdade, mas mesmo mais faceiro, o Bolaños tem muito mais futebol do que o Guilherme.

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  3. Bruxo, estamos com uma mão na taça e a segunda a caminho. Pensar algo diferente seria como abraçar a Síndrome de Vira-Lata. Confiar é ficar orgulhoso do primeiro resultado, que foi conquistado com méritos, e não menosprezar o adversário ou entrar no "já ganhou". E respeitar o oponente é tentar de todas as maneiras executá-lo o quanto antes.

    Tenho receio apenas do contraveneno utilizado no vestiário para incutir na cabeça do elenco que ainda faltam os 90 minutos restantes. Se for muito forte, pode tornar o Galo mais perigoso do que é por indução psicológica. Isso ocorreu no primeiro tempo contra o Cruzeiro na Arena e parecíamos estar jogando contra 11 Pelés, tamanho o respeito - exagerado - do Grêmio para com o adversário. Hoje não tenho dúvidas de que parte considerável do que vemos em campo é sustentado por fatores mentais.

    Outro contraveneno perigoso é aquele vinculado à comoção nacional com o acidente da Chapecoense. Apesar de ser uma tragédia lamentável e simultaneamente um fato histórico, talvez como nunca mais veremos em nossas vidas, há pessoas - em todos os meios da sociedade - que querem transparecer estar sofrendo mais do que as viúvas. Deixem que os mortos sigam seu caminho.

    Fica o nosso respeito - comedido - para com o momento, sem extrapolações. A família encontrará forças para superar isso (ou no máximo conviver com a dor), assim como nós o fazemos em nossas vidas particulares quando alguém parte. Ainda que seja um fato público e extremamente publicizado, privacidade e discrição são importantes nessa hora, ou ao menos deveriam ser. O sentimento póstumo dos familiares - ou de parte deles - é o mais próximo do que podemos considerar como verdadeiro na essência. O resto é estação passageira, fadada ao esquecimento, tal qual foi quando da morte de Eduardo Campos, cuja sucessora passou dos 9% de intenção de votos a 21% em um piscar de olhos devido à santificação instantânea do político recém-falecido, recuando duas semanas depois ao nível original.

    Por fim, algo que a vida - seja profissional, seja pessoalmente - ensina é que se todos (ou a maioria) seguem para um lado, vale a pena raciocinar duas vezes se tal caminho é o correto para o momento. Quanto maior a concordância, maior a dúvida para o livre pensador.

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  4. Rafael, que belo e oportuno comentário.
    Acrescentando ou corroborando o teu texto:
    -Não haverá menosprezo por parte do Tricolor; há nítido amadurecimento do grupo, independente da bola que jogam; me refiro a maturidade individual que somando dá no coletivo
    - Os 20 minutos iniciais darão o tom e tamanho do "respeito" diante do Galo; o controle dos nervos será o grande desafio
    - Para mim, a maior incógnita reside da reação à situação de se estar jogando o primeiro grande evento pós-tragédia. Como reagirão jogadores nos minutos iniciais e no minuto de silêncio; não sei nem como serão as comemorações diante dos gols
    - De qualquer forma, se o título não acontecer, acho que o Grêmio mudou de patamar com a chegada à decisão. Haverá flauta, gozações, mas se a Direção tirar as devidas lições, o Tricolor entrará 2017 fortalecido

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  5. Bruxo, antes de tudo peço desculpas porque comentei no tópico errado.

    De qualquer forma, concordo integralmente contigo no aspecto da maturidade obtida no final deste ano, algo totalmente desacreditado por mim. Espero que se mantenha para o ano que vem, adicionando-se naturalmente qualidade ao elenco. Se quisermos a Libertadores e/ou o Brasileirão - e nós queremos - isso será necessário.

    Se o título não acontecer - o que me parece extremamente improvável - mesmo diante de vantagem tão significativa, creio que a pressão externa será muito forte. Existem derrotas e derrotas. Tipo Napoleão vencendo guerras incríveis, mas perdendo para o frio russo. O torcedor sofrerá um baque e a autoestima - que atualmente tenta ser fortalecida - regredirá. Até mesmo os jogadores passarão a duvidar de si próprios, como já aconteceu no final da era Roger (vide as inúmeras reclamações pós-jogo sobre a qualidade do grupo).

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  6. Mas é uma possibilidade; afinal é uma decisão.
    De qualquer forma, acho o Grêmio muito melhor preparado para enfrentar a decisão; temos pelo menos 5 jogadores contestados (uns mais, outros menos) e eles chegam bem para a disputa.
    Isso é mérito do Renato; aliás, desconfio que Kannemann não estaria tão bem se o treinador anterior fosse mantido.

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  7. Acertou, mesmo sendo no final do jogo miller foi importante! primeiro e último gol na campanha do título!

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