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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Opinião



Liderança isolada veio com goleada

Este confronto recém finalizado não serve apenas para nós, gremistas, mas para quem gosta de ver um jogo onde se aprende com os detalhes, com erros, acertos e o aleatório, às vezes dando as cartas.

Para mim, o Grêmio foi mal escalado; Jaílson que fez um bom jogo é muito menos do que Arthur, aliás, o menino de 20 anos é o nosso melhor volante, sobra em relação a todos, inclusive Maicon. Tentei entender a escolha de Renato que deve ter optado por não iniciar com dois volantes de pequeno porte. Uma preocupação que para mim era dispensável. Um erro.

Um erro que foi consertado com a lesão de Miller Bolaños que aparentava repetir a partida desanimada que realizou diante do Novo Hamburgo. Com Arthur, o Tricolor ganhou robustez defensiva, sem se privar dos avanços do meio de campo à área adversária. Um acerto aleatório, pois veio da defecção do equatoriano.

A entrada de Lucas Barrios foi um acerto convicto. Acerto que se materializou já no primeiro gol, quando o zagueiro falhou e Barrios executou o goleiro. Sem ele, o zagueiro falharia e a bola se ofereceria para o arqueiro paraguaio. O lance morreria ali.

Novamente no segundo tento, a presença de Lucas Barrios maximizou o movimento ofensivo iniciado pela ambição de Ramiro e Marcelo Oliveira, mas se o centroavante não estivesse no lugar certo, o desfecho azul poderia ter sido outro. Reforça-se o acerto da entrada de Barrios.

Mais adiante, pelo setor defensivo esquerdo gremista, veio um cruzamento da direita e quem vê muitos jogos, sabe que era apenas um cruzamento comum, bem feito, mas comum; entretanto, a bola passou toda a pequena área e bateu em Leonardo Moura, indo para o arco gremista. A bola jamais deveria ter cruzado a pequena área e chegar no defensor gremista que virou injustamente o vilão. É lance que nem passa nos melhores momentos da partida num compacto. Nem vou me estender mais. Um erro.

O pênalti vem da fragilidade guarani e a astúcia de Arthur. Luan bateu como sempre bate, mas andaram vendo os vídeos dele e deu no que deu. Apesar dos méritos de Alfredo Aguilar; um erro do camisa 7 gremista.

O terceiro gol, Pedro Geromel, premiou este jogador que faz história no clube. Erro defensivo no escanteio e a brilhatura pessoal do zagueiro que se antecipou e cabeceou no canto oposto da cobrança. 3 a 1.

A expulsão de Camacho, o melhor do time paraguaio, veio pela qualidade de Arthur que andou "amarelando" vários atletas do Guarani e arrancou esse vermelho no último lance do primeiro tempo.

O segundo tempo foi protocolar e apenas confirmou a ruindade do clube paraguaio, se quisesse o Grêmio empilharia gols. Fez mais um, de novo Lucas Barrios num merengue de Lincoln que botou o camisa 18 na cara do arco. 4 a 1.

Valeu pela aplicação de Geromel, Kannemann, Ramiro e Arthur, pela objetividade de Lucas Barrios e a técnica de Leonardo Moura, que chega ao exagero e vira, inclusive, irresponsabilidade. Lembrei de Marinho Chagas, Carlos Alberto Pintinho e até, Beto Fuscão, que em dados momentos exageravam na firula. 

Também valeu pela liderança do grupo, pela certeza de Arthur e a expectativa positiva de ter encontrado um fazedor de gols, entretanto, vale lembrar que muitos destes eventos que o jogo proporcionou, não ocorrem todos os dias.





12 comentários:

  1. Guarany fraco? Tem que pedir para o tite

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    1. Heraldo
      Além da ruindade, o Guarani jogou com 10 um tempo inteiro.

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    2. Ué o GRÊMIO não jogou com 10 lá?

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  2. Adversário fraco demais, não me animo. De bom, apenas o fato novo, Artur.

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  3. Glaucio
    E também a atuação dos dois centrais, Geromel e Kannemann, para eles, não tem jogo fácil ou difícil.

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  4. Destaco ainda Barcos. O Grêmio tem um costume incômodo de transformar goleiros adversários em "heróis", graças a ele não foi dessa vez.

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  5. PJ
    A amostragem de Barrios nos faz crer em 25, 30 gols no ano.Tirou bem do goleiro. Nada de "heróis".

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  6. Se bate o pênalti...

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  7. O Barrios? Bom, aí ele chega a 4 gols, provavelmente.
    Um feito e tanto.

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  8. Concordo com todos os elogios, menos ao Léo Moura, não pelo gol contra e sim pelo excesso de erros em passes fáceis.

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  9. Nelson
    Notei também, mas considerei mais que foi pela autoconfiança dele.

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