Opinião

O Desfalque 

O fascínio do futebol reside em fatos como este; o antes contestado Pedro Rocha, hoje é uma das maiores expressões do time e possível cobiça de clubes europeus. Típico caso de amadurecimento de um potencial júnior alçado aos profissionais ainda carente em alguns fundamentos do esporte bretão, que evoluiu soberbamente.

Lançado por Luiz Felipe, o menino foi vencendo, dois passos para frente, um para trás e assim ele foi sedimentando o seu lugar, ali, no lado esquerdo do ataque gremista.

Para Domingo, o menino nascido no Espírito Santo será poupado; está com a perna pesada e Renato faz muito bem em preservá-lo, porque o jogo é na Arena e o adversário, embora mereça respeito, é um dos frequentadores do rodapé da tabela.

É uma boa oportunidade para ver como a mecânica do time funciona sem a combatividade, o arranque e a velocidade de Pedro Rocha.

Há três candidatos (ao meu ver) para o posto vago: Éverton, Fernandinho e Bolaños. São de características diferentes; o primeiro é o velocista que arranca da ponta para o meio, podendo eventualmente, trocar de posição com Barrios; o segundo é um ponta tradicional: Veloz, driblador, homem do flanco do campo, embora canhoto, Renato o aproveita na direita. 

Correndo por fora na preferência está Miller Bolaños, jogador de meio, mas por ter muita qualidade, imagino que não seja nenhum absurdo o treinador gremista "arranjar" um espaço no campo em um esquema especial para o seu aproveitamento.

Se eu pudesse dar um pitaco, diria ao técnico que diante das condições específicas deste confronto (em casa contra um time do Z-4), arriscaria ver o equatoriano no lugar de Pedro Rocha, mas acho que ele é o azarão para a vaga.