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sexta-feira, 4 de agosto de 2017



Álbum Tricolor (93)

ALEXANDRE BUENO
Revista Placar

Nome: Alexandre de Gusmão Bueno.
Apelido: Alexandre, Alexandre Bueno, Alexandre Jacaré, Alexandre Tubarão.
Posição: Meio campo.
Data de nascimento: 17 de Dezembro de 1951, São Paulo, SP - (65 anos).

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
50 jogos (35 vitórias; 8 empates; 7 derrotas). Marcou 16 gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
08.02.1976 - Grêmio 3x0 EC Novo Hamburgo - Amistoso
GFBPA: Alexandre Borini; Jorge Tabajara, Ancheta, Tadeu Vieira e Bolívar (Cláudio Radar); Cacau (Rosa Lopes), Neca e Alexandre Bueno (Luiz Carlos); Tarciso (João Carlos), Yúra (Júlio César) e Nenê.
Técnico: Foguinho (Osvaldo Azzarini Rola)

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
14.11.1976 - Grêmio 3x0 C Náutico C - Campeonato Brasileiro - 1ª Divisão
Remi; Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Vílson Cereja (
Tadeu Vieira); Vítor Hugo, Jerônimo (Alexandre Bueno) e Luiz Carlos Guterrez; Zequinha, Tarciso e Ortíz.
Técnico: Telê Santana.

CARREIRA
Portuguêsa Santista-SP (1968 e 1969), Santos -SP (1970 e 1971), Botafogo-SP (1972 e 1973), Guarani-SP (1974 e 1975), Grêmio-RS (1976), Portuguesa de Desportos-SP (1977), Botafogo-SP (1977 e 1978), Goiás-GO (1978 e 1979), Internacional de Limeira-SP (1979), Goiás-GO (1979 e 1980), Atlético-GO (1980), São Paulo-SP (1980), Londrina-PR (1981), São José-SP (1981), CRB-AL (1981), XV de Jaú-SP (1982), Comercial-MS (1982 e 1983), XV de Jaú-SP (1983), Juventus-SP (1984), Comercial-MS (1984), Marcílio Dias-SC (1985), Botafogo-SP (1985), Saltense-SP (1986).

(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro.

FONTES:
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal “Zero Hora”.
- Revista “Placar”.
- Arquivo Pessoal.

22 comentários:

  1. Jogador de reconhecida técnica, atuando num setor de grande projeção e carência, a meia esquerda. Problemas de indisciplina atrapalharam bastante a sua carreira.
    Lembro de um Grenal de 1976, que ele só não jogou mais do que o Ancheta. 2 a 0, gols justamente dele e de Ancheta.

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  2. No centro do país, ele é conhecido como Alexandre Jacaré. O apelido de Tubarão foi recebido aqui no Grêmio em função de falar muito, ter a boca grande e especialmente, pelo estrondoso sucesso do filme de 75, Tubarão de Spielberg.

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    1. Obrigado pela lembrança, Bruxo! Realmente era também conhecido pelo "Jacaré" ligado ao nome. Já acrescentei na ficha.

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  3. Alvirubro
    Observe que numa época em que os atletas ficavam longos períodos nos clubes, Alexandre virou um cigano da bola.

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    1. De fato, Bruxo! A maioria das movimentações deles foram causadas pela dificuldade em se adaptar à disciplina imposta pelos treinadores e dirigentes.

      Olhando tecnicamente, era um ótimo meio campo, que chutava bem e tinha poder de marcação. Não era um jogador que ficava olhando o adversário jogar bola. Tinha vontade para jogara naquela faixa do campo.

      Interessante que ele saiu do Grêmio, junto com o Bolívar. Foram para a "Lusa", do Canindé.

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  4. Alvirubro
    Fez parte da política do Telê Santana de buscar um perfil para o elenco de 77, além destes dois, Alcino também sairia no início do ano + Cejas e Beto Fuscão.
    Alguns devido ao episódio no Rio de Janeiro, que entre outros acontecimentos, está a goleada humilhante de 5 para o Flamengo no Maracanã.

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    1. Estava aqui lembrando: imaginas o vestiário? Alcino, Alexandre Bueno, Foguinho, Bolívar, para citar alguns, eheheheheheh...

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  5. OS CLÁSSICOS DE ALEXANDRE BUENO

    25.07.1976 - Grêmio 0x2 SC Internacional - Figueroa; Paulo César Carpegiani
    28.07.1976 - Grêmio 2x0 SC Internacional - Alexandre Bueno; Ancheta
    09.08.1976 - Grêmio 0x1 SC Internacional - Beto Fuscão [contra]
    22.08.1976 - Grêmio 0x2 SC Internacional - Lula; Dario
    07.09.1976 - Grêmio 1x3 SC Internacional - Alexandre Bueno; Lula; Jair; Lula

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  6. Talvez, este seja o melhor ano da história do Inter em termos de elenco; títulos são outra coisa.

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    1. Verdade. Temos que levar em conta que o futebol era tratado de forma diferente. Os clubes brasileiros demoraram muito a entender a Libertadores da América, por exemplo.
      Época em que o que valia era um título brasileiro e já estava bom para o torcedor.
      Nesse ano de 1976, o Inter não foi bem na Libertadores, além de ter enfrentado um super Cruzeiro. Fez uma 1ª Fase fraca, com apenas três vitórias, em seis jogos, sendo duas derrotas para o próprio Cruzeiro.
      Em 1980, mesmo tendo chegado à final da Libertadores, não havia o entendimento, como agora, que era um meio de melhorar a imagem dos clubes no exterior. E contou ainda, com a participação de Falcão já negociado com a Roma. Enfim, coisas do futebol e seus dirigentes.
      O interesse por jogos internacionais começou a aumentar um pouco nos anos 80, mas mesmo assim os argentinos e os uruguaios continuaram compreendendo melhor o tipo de competição.

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    2. A conquista do Flamengo em 1981 modificou os ares da LA para os clubes do centro do país. Grêmio e Inter já tinha essa percepção, talvez pela proximidade com os hermanos.

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  7. Complementando o perfil (e corroborando com algumas afirmações de altos e baixos), segue histórico de pontos principais de sua curta passagem pelo Grêmio conforme alguns periódicos da época:

    Em 09/01/1976 chegou a Porto Alegre, acompanhado por seu pai, que tratou de detalhes para a assinatura do contrato (um ano).

    Em 10/01/1976 fez seus primeiros testes no Olímpico.

    Em 16/01/1976 mostrou boa performance no time reserva durante treinamento, sendo elogiado pelos bons lançamentos.

    Em 21/01/1976 surpreendeu ao dar instruções ao time reserva (pequeno esquema para tentar surpreender os titulares), algo originalmente deixado de lado por Foguinho. O técnico, aliás, elogiou sua liderança.

    Em 08/02/1976 estreou, no estádio Santa Rosa, marcando o primeiro gol da equipe e dando passe para os dois seguintes.

    Em 09/02/1976 mostrou pouca modéstia ao dizer que "nunca fui reserva e não vai ser agora que vou ficar no banco".

    Em 11/02/1976 já iniciou como titular contra o Caxias.

    Em 06/03/1976, durante o treinamento no Olímpico, abandou o campo no intervalo do coletivo e foi para o vestiário. Ao ser cobrado por Foguinho, alegou dores na coxa.

    Em 16/03/1976 reclamou de Foguinho à imprensa.

    Em 17/03/1976 foi advertido pela direção, com a promessa de multa em caso de reincidência.

    Em 05/04/1976, após a partida contra o Santa Cruz pelo Gauchão, reclamou da equipe ao afirmar que o ataque perdia muitos gols por ser lento (jogaram Zequinha, Alcino e Chico).

    Em 20/04/1976 pediu atenção à equipe com a possibilidade de lesões no Gauchão dizendo que "é preciso estar atento à má intenção dos jogadores do interior. Eles parecer ter o desejo de inutilizar o adversário".

    Em 10/05/1976, após ficar na liderança isolada do Gauchão, mostrou preocupação com o entusiasmo de alguns de seus companheiros, afirmando que era cedo para comemorar.

    Na primeira semana de junho de 1976 ficou afastado dos treinos sentindo dores na virilha e nas panturrilhas, o que causou preocupação no departamento médico.

    Em 17/06/1976 foi considerado o comandante na vitória de 4x2 contra o Grêmio Bagé (marcou dois gols).

    Em 20/06/1976 surgiram elogios internos de alguns jogadores a respeito de sua liderança. Membros da comissão técnica o elogiaram por sua visão táticas nos treinos.

    Em 23/06/1976 foi expulso contra o Caxias.

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    1. Excelente, Rafael
      Para quem viveu o período, as informações estão coerentes com a sua conduta, tanto para o bem, quanto para o mal.
      Alexandre possuía uma inteligência tática impressionante, técnico, visão de jogo, grande lançador.
      Não está na tua cronologia, uma fala dele, provocando os jogadores do Interior gaúcho em que dizia que eles recebiam sálario-mínimo; à partir disso,passou a ser caçado em todos os jogos do Regional.

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    2. Esse Chico, citado em 04/76, deve ser o Chico Spina que viraria bicampeão Brasileiro no final daquele ano. Estou certo?

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    3. Ele mesmo, Bruxo. Manoel Francisco de Andrade Espina (assim mesmo, com E, conforme registro da CBF). Mas - se não me engano - ele participou do tri colorado (1979) em vez do bi (1976). Não? Posso estar equivocado.

      Tenho o levantamento parcial de 16 partidas de Chico pelo Grêmio em 1976 e um gol, sendo o 19º jogador com maior número de jogos em tal ano (com a ressalva de que ainda não obtive a ficha técnica de dois amistosos no período).

      Quando fui buscar algumas informações para complementar o perfil postado (Alexandre), percebi que havia muitas notícias à época sobre o dicotômico atleta.

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    4. Tens toda a razão; foi em 79, inclusive, ele foi decisivo naquele famoso jogo de ida Vasco x Inter com o Valdir Lima substituindo o Falcão e Chico Espina, o Valdomiro. Obrigado pela correção.
      Chico Espina depois do Imortal, jogou no Cruzeiro (se não me falha a memória).

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  8. (continuação)

    Em 13/07/1976 foi julgado (e absolvido) pelo TJD em relação à expulsão contra o Caxias, tendo sido acusado de agredir o árbitro e desrespeitar os adversários.

    Em 14/07/1976 surgiu a notícia de que o Internacional teria oferecido dinheiro aos jogadores do Riograndense para provocarem a expulsão dele e de Ortiz e Alcindo. Assim, não participariam do Grenal seguinte.

    Em 15/07/1976 o presidente do FGF demonstrou irritação por sua absolvição no TJD.

    Em 16/07/1976 Osvaldo Peruffo, juiz do TJD que o absolveu, pediu demissão após as críticas do presidente da FGF.

    Em 19/07/1976 apresentou problemas no tornozelo esquerdo em decorrência de um pontapé no treino, virando dúvida para o Grenal.

    Em 21/07/1976 manifestou preocupação com o zagueiro colorado Caçapava: "Da última vez que eu joguei no Beira-Rio, pelo Guarani de Campinas, ele entrou para dar pontapés, e por trás".

    Em 22/07/1976 foi levado para as areias de Ipanema pela preparação física do clube com o intuito de testar seu tornozelo.

    Em 23/07/1976 foi liberado pelos médicos para participar do recreativo, porém sumiu do estádio durante a manhã.

    Em 25/07/1976 jogou (e perdeu) o Grenal, tendo levado pancada no mesmo tornozelo que tanto o preocupou na semana anterior.

    Em 26/07/1976 reclamou que o setor do meio-campo ficou sobrecarregado pela pouca participação de Neca.

    Em 28/07/1976 jogou outro Grenal, foi destaque e marcou gol.

    Em 01/08/1976 enfrentou clima de guerra em Caxias devido à confusão no último jogo entre as equipes.

    Em 12/08/1976 afirmou - sem citar nomes - que alguns jogadores foram responsáveis pelo péssimo desempenho da equipe no empate em 1x1 contra o Caxias.

    Em 25/08/1976 brigou com um torcedor descontente com a equipe e desabafou que estava cansado de ser atacado e xingado.

    Em 26/08/1976 foi citado como passível de tendente à falha no Gauchão (junto com Neca e Zequinha) em relatório vazado de Foguinho quando de sua demissão (cinco meses antes).

    Em 21/09/1976 machucou-se.

    Em 05/10/1976 surgiu o rumor - não concretizado - de que teria de engessar o tornozelo.

    Em 16/10/1976 voltou ao time, pelo lado direito, exigindo ser o camisa 10.

    Em 19/10/1976 Iúra discutiu com Telê o fato de ser seu reserva.

    Em 11/11/1976 se atrasou para o almoço e foi multado em 30% do salário.

    Em 12/11/1976 afirmou não aceitar a multa, pediu para ser afastado e decidiu procurar novo clube.

    Em 18/11/1976 a direção preparou listão de vendas e incluiu seu nome.

    Em 22/11/1976 disse que Telê o afastou do time sem motivos e que jogaria se ele deixasse a casamata do clube. O técnico retrucou afirmando ser pedido da direção. O Botafogo mostrou interesse.

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  9. O defeito de Alexandre foi tornar coisas verdadeiras, assunto público, quando deveria levá-las para o vestiário.

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  10. Hoje, esta minha frase soa uma imbecilidade, mas é verdadeira: No regional de 76, Alexandre jogou tanto ou mais até, que Paulo César Carpeggianni.

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  11. O Grêmio merecia vencer 76, mas os erros de arbitragem num Grenal vencido pelo Inter, 1 a 0,segundo turno, foram decisivos.

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  12. Morreu na noite desta segunda-feira (06), o ex-meia Alexandre Bueno Gusmão, o ex-meia "Alexandre Jacaré", que passou por 23 equipes, entre elas Santos, Portuguesa, São Paulo e Grêmio. De acordo com familiares, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
    Ele estava morando em Praia Grande, no litoral paulista, e será sepultado hoje, às 15h, na mesma cidade, no cemitério da Grande Planice, ao lado de onde o corpo está sendo velado, na Osan, no bairro da Vila Antártica (Praia Grande).
    Alexandre Bueno estava com 67 anos e tinha um futebol refinado, além de muita irreverência dentro de campo. Passou por equipes como Santos, São Paulo, Portuguesa, Grêmio, Goiás, Botafogo de Ribeirão Preto, Guarani, Atlético Goianiense, São José e XV de Jaú, entre outros.
    Quando encerrou sua carreira ele virou empresário e chegou a visitar mais de 20 países pela sua ocupação.
    https://terceirotempo.bol.uol.com.br/noticias/morre-o-ex-meia-alexandre-bueno-o-jacare

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