O Dia Seguinte
Observando as últimas decisões do Grêmio, excetuando a grande conquista da Copa do Brasil de 2016, fica escancarada a semelhança das quedas nas semifinais dos Gauchões de 2016 e 17 mais a de ontem, Copa do Brasil. Parecem replay. Vacilo na bola aérea, de preferência, a pequena área como sede. Vide:Juventude, Novo Hamburgo e Cruzeiro.
Sabemos que Marcelo Grohe tem a simpatia da maioria dos torcedores gremistas. Seleção Brasileira, Duas Bolas de Prata na prateleira e algumas performances decisivas em tiros livres diretos. Há uma pequena parcela que o olha com desconfiança nestes 12 anos e 13 temporadas em que está no grupo profissional do Imortal.
Essa pequena parcela que desconfia de suas qualidades, não viu Douglas Friedrich, goleiro do Avaí, fazer sequer um único jogo pelo Grêmio em seu empréstimo. Seus números no clube catarinense dão esperança de manter o time da Ressacada na primeira divisão. Ele estreou na 10 ª rodada, estamos na 21ª, 12 partidas portanto, assim distribuídas: 4 vitórias, 5 Empates e 3 Derrotas. Está na zona do rebaixamento. Vamos aos números do Grêmio neste mesmo lapso de tempo: 5 Vitórias, 3 Empates e 4 Derrotas. Avaí, 17 pontos, Grêmio, 18.
A parcela de Douglas Friedrich nesta boa campanha catarinense é transcendental. Em 7 partidas dessas 12, ele não sofreu gols. Ocorreram duas goleadas, onde tomou 9, mas em 2 tomou um único tento. Resumindo, em 9 dessas 12, ele levou apenas 2 em partidas distintas. Não é casualidade.
Sendo assim, o Grêmio não pode incorrer no mesmo erro, ou seja, deixar de testar Paulo Victor que está emprestado. Testem-no numa sequência do Brasileiro, pois a sua amostragem em 3 jogos é muito boa. Quem sabe a solução dos problemas defensivos, não está no elenco atual? Senão, o novo goleiro do plantel encerra o vínculo e o clube poderá lamentar outro equívoco de avaliação.
Também, nesta dia posterior ao baque da saída da Copa do Brasil, fica a lição; se o clube tem um dos melhores times da competição de pontos corridos, ele deve priorizá-la, pois, os deslizes, eventuais tropeços, são absorvidos ao longo das 38 rodadas. Estou sendo repetitivo. Não há sobressaltos e quedas definitivas da noite para o dia.
Renato em 2010 fez campanha de campeão no segundo turno, 2013 perdeu para um Cruzeiro de campanha irrepreensível. Para reforçar os méritos do treinador gremista, seus elencos nestas edições eram bem inferiores ao que ele tem atualmente.
Jamais veremos Criciúma, Santo André ou Paulista de Jundiaí, campeões brasileiros da Série A em pontos corridos, porque Brasileiro é briga de cachorro grande; hoje, o Tricolor seria um forte concorrente ao topo da tabela, se desse a devida atenção ao certame e porque não dizer, ao seu tamanho e história.
Sinceramente, achei que qualquer dirigente do Grêmio faria "essa leitura", considerando o elenco qualificado do Tricolor.
Superestimei a inteligência dessa turma.
Bolzan esteve na CBF e entre outros assuntos reclamou do período de disputa da Libertadores, "espalhada pelo ano", e que isso era o motivo da impossibilidade de brigar pelo Brasileirão. E disse que se essa Libertadores alongada foi uma experiência os resultados foram ruins e a LA deveria voltar ao período de antigamente, concentrada no primeiro semestre.
ResponderExcluirBolzan, como é seu costume, apenas largou mais uma besteira, como seus acoros de empate. Como já tinha colocado aqui, a influência da Libertadores é mínima: o Grêmio só jogou três míseras partidas contra dois times: Zamora e Godoycruz, veja o naipe desses times. Como não poderia deixar de ser, venceu as três partidas, duas na Arena.
A competição que ferrou o Grêmio no Brasileirão foi a Copa do Brasil, para a qual absurdamente se dá mais importância, e ferrou para nada. Se jogasse só as duas maiores, além da priorização correta, teria a mesma frequência de jogos do Corinthians, brigaria em iguais condições de desgaste. E com menos de um jogo de LA por mês em média, nem precisaria poupar, simplesmente poderia absorver o jogo na rotina. Teria a mesma eliminação e estaria no topo no Brasileirão e com a mesma força na Libertadores. Mas Bolzan iria ter culhões para reclamar da copa do Brasil na CBF? Claro que não, melhor detonar competições "de outros planetas".
Antigamente a Libertadores ficava concentrada no primeiro semestre, e que tínhamos? Ou o time a vencia e ficava de sangue doce e largava o Brasileirão à espera do Mundial, ou o time chegava longe e a perdia e não tinha tempo mais de se recuperar no Brasileirão ou tínhamos a rotina do Grêmio: caia cedo e pelos mesmos motivos que o eliminaram (ruindade) fracassava no Brasileirão (onde brigava no máximo pela "copa da vaga" para apenas repetir o filme no ano seguinte e ser eliminado cedo.)
Sabemos que não funcionava o planejamento de ganhar Brasileirão e Libertadores no calendário antigo. Neste calendário é possível ou, na pior das hipóteses, é duvidoso, o que é melhor que a certeza da impossibilidade de antes. Mais ainda: concentrar a maior competição do continente em poucos meses é um desperdício, é como comer apressado o prato principal. Longa vida ao calendário sulamericano atual!
E que a CBF retire novamente a Copa do Brasil de quem estiver na Libertadores - ou o Grêmio sempre vai largar a refeição (Brasileirão) para ir atrás da guloseima (copa do brasil). Nunca vai ter iniciativa de colocar a copa do brasil no seu lugar secundário. Já na primeira colisão de datas sobrará sempre para o Brasileirão, ainda que o adversário na copinha seja um Fortes e Livres de Muçum. E, claro, não faltará o discurso "buscaremos depois" em relação aos pontos perdidos no Brasileirão.
Em 2010 o Grêmio fez um tremendo segundo turno, se baseando no time de Silas, que meses antes estivera numa grande fase, ganhando o último ruralito do Grêmio, último título antes da copa do brasil/2016, e sendo eliminado (adivinhe) nas semifinais pelo Santos de Neymar, Ganso e Robinho. Um turno só bom eu já sei que o Grêmio é capaz. Com um time mais fraco venceu um turno com Roth em 2008 com 5 pontos à frente do vice e 8 à frente do futuro campeão o São Paulo. Mas o detalhe fundamental do Brasileirão é que tem dois turnos, o tempo é fundamental, é um desafio que o Grêmio ainda não venceu o de ser melhor ao longo de quase 40 rodadas. Outro detalhe: o Grêmio valorizou o Brasileirão porque não tinha nada concorrendo, era o que sobrava, e para brigar na "taça da vaga". Renato dizia, fanfarroneava, que se tivesse chegado antes o Grêmio seria campeão. Não sei: o Grêmio se desmobiliza diante de um Brasileirão inteiro pela frente, gosta de tiro curto, um turno.
ResponderExcluirEm 2013, a folha do Grêmio era maior que a do Cruzeiro, e o Grêmio frequentemente jogava com três zagueiros e três volantes, e por bom tempo o goleador do time pegou banco, mesmo fazendo a maioria dos gols, o Vargas, e o time jogava por uma bola, "argelicamente". Foi eliminado (adivinhe) nas semifinais copinha do brasil, como em 2010 e 2012 (todo ano o Grêmio terá chance de conquistar essa competição e desperdiçou o time atual capaz de coisas maiores nela.) Era, aquele time tosco de 2013, o time que o renato podia fazer, mas era menos do que o Grêmio deveria ser com o que gastava. E boa parte do time jogava há mais tempo junto que o time do Cruzeiro, que teve um ano de 2012 fraco. Admirável o Cruzeiro em 2013/2014: teve time para ganhar o Brasileirão e que fez? Ganhou o Brasileirão! Sabe que não chegará cedo Poema, ode à ambição, de Marcelo Oliveira, seu técnico, antes de enfrentar os colorados no beira rio em um dos títulos: "respeitamos muito o internacional e sua história, mas nada nos interessa aqui que não seja a vitória". E venceu o jogo depois.
Rodrigo
ResponderExcluirO time do Renato de 2010 pouco tinha do Silas. Observe a nominata do time e verás uma "senhora" diferença.
Gabriel, Vilson, Lucio no meio, Clementino, Paulão, quase meio time titular diferente...
ExcluirGlaucio/Rodrigo
ExcluirDeixo um link com o time do Silas; bem diferente.
http://imortalsonho.blogspot.com.br/2010/02/gauchao-2010-gremio-1-x-0-novo-hamburgo.html
Não sou contra em dar uma sequencia para o Paulo Vitor, afinal já mostrou que é bom goleiro, mas se tem alguém que não pode ser culpado pela eliminação na Copa do Brasil esse é o Marcelo, que alias só não foi o salvador da pátria por culpa dos batedores de pênaltis.
ResponderExcluirSeguindo a mesma linha talvez o Renato deveria novamente dar uma sequencia ao Leo Moura que já mostrou ser bem mas bem melhor que o Edilson.
Poderia também dar uma sequencia para o Everton ou Fernandinho no lugar do Luan que parece estar precisando de um tempo para resolver se vai ou fica.(pode aproveitar e treinar uma nova maneira de bater pênaltis)
Fernandinho poderia ter uma sequencia no lugar do Ramiro que parece cansado.
E até o Bressan poderá ter uma sequencia com a lesão do Geromel e talvez mostre que não é ruim como parecia.
Eu estou curioso pra comparar os números de gols, assistências e desarmes de Ramiro e Fernandinho.
ExcluirAposto no Ramiro; aliás, ele oscilou e o time oscilou junto.Eu era mais o Giuliano, mas no caso, virou quem não tem cão ...
ExcluirCarlos
ResponderExcluirO Marcelo foi muito bem nas cobranças, inclusive, desta vez, o mérito é muito grande, porque foi bem em três das cinco. Média alta.
Agora, porque não dá para melhorar o que está mediano, fica uma pergunta: Por que chegamos aos tiros livres? Porque morremos nas semifinais?
Será que não erramos, quando não buscamos dar chances para o Douglas Friedrich?
Certamente o Douglas F. deveria ter recebido sua oportunidade, por isso mesmo sou a favor de dar uma sequencia para o Paulo Vitor, Everton e Fernandinho.
ExcluirCarlos
ExcluirEspecialmente, porque as quedas gremistas ocorrem sempre com muita semelhança e a Direção não toma medidas para buscar a solução.
Pelo menos tentar algo novo.
Alvirubro
ResponderExcluirUma curiosidade: Nos 90 minutos ou com "bola rolando", quantos pênaltis Marcelo Grohe nestas 13 temporadas de profissionais?
Vou buscar e te informo, Bruxo!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBruxo, eis o que eu achei:
ResponderExcluirCom MARCELO GROHE jogando
2006 - 4 pênaltis contra o Grêmio, convertidos.
2007 - 1 pênalti contra o Grêmio, convertido.
2010 - 1 pênalti contra o Grêmio, convertido.
2011 - 2 pênaltis contra o Grêmio, MARCELO DEFENDEU ambos.
2012 - 6 pênaltis contra o Grêmio, convertidos.
2013 - 1 pênalti contra o Grêmio, convertido.
2014 - 4 pênaltis contra o Grêmio, 3 convertidos e 1 defesa parcial de MARCELO. No rebote, Caio marcou o gol.
2015 - 2 pênaltis contra o Grêmio, convertidos.
2016 - 10 pênaltis contra o Grêmio, 9 convertidos e 1 para fora.
2017 - 4 pênaltis contra o Grêmio, 3 convertidos e 1 defesa de MARCELO.
Deixa ver se eu entendi:Em 10 temporadas relacionadas por ti, Grohe pegou 3 (TRÊS) + 1 que ele defendeu e deixou Caio à vontade para empurrar para as redes.
ExcluirGatito Fernandez pegou 7 só neste ano. "É de chorar".
O Danilo Fernandez em 1 ano de Inter, você sabe quantos pegou?
Tu pediste com bola rolando, correto? Se foi isso, o resultado do GROHE é esse aí.
ExcluirQuanto ao Danilo Fernandes. 8 pênaltis contra o Inter, defendeu dois, durante os 90 minutos.
http://www.90min.com/pt-BR/posts/4686231-ranking-os-maiores-pegadores-de-penaltis-do-futebol-brasileiro
ExcluirSegundo essa estatistica ai Grohe pegou 5 penaltis de 2015 pra cá
Carlos
ExcluirConhecendo o cuidado do Alvirubro com a veracidade dos dados, eu arrisco dizer que, ou consideraram tiros livres em decisões ou está errado o levantamento.
Vamos tentar "clarear" o que o "RANKING" mostrou:
Excluir1) Consideraram somente jogos "nacionais" e incluíram as decisões por pênaltis contra Criciúma (4x3) e contra Atlético-PR (4x3).
2) Não computaram os jogos do Gauchão.
3) Como o Período abrangido vai de 2015 até Março de 2017, os pênaltis desde 7 Março, do corrente ano, estão fora da abrangência do cálculo.
Então temos:
a) 12 pênaltis marcados contra o Grêmio em 2015 e 2016 - 11 convertidos e 1 chutado para fora (Arrascaeta)
b) 13 pênaltis batidos contra o Grêmio, nas decisões contra Criciúma e Atlético-PR, pela Copa do Brasil - 5 Defesas de Marcelo Grohe.
Aí estão as cinco (05) defesas de GROHE. Em decisões de pênalti e não em bola rolando.
Foi; foi com bola rolando, Média do Danilo 1 em cada 4, ele pega.
ResponderExcluirVou te dar um dado, de outro goleiro que manteve a média de a cada quatro pênaltis, uma defesa. Clêmer: 43 pênaltis contra o Inter, com bola rolando. Defendeu 10 e um a bola foi pela linha de fundo.
ExcluirBruxo, ainda estou fazendo levantamento, portanto não é dado fechado, mas rapidamente vi que o Mazaropi defendeu 5 pênaltis, em 23 cobranças. Não me detive em detalhes, pois os números finais ainda não estão consolidados. Só aí já vimos que a média melhorou muito, com bola rolando.
ExcluirDesconfio que no Grêmio os maiores pegadores de penalidades nos últimos 50 anos sejam Alberto, Mazaropi e Victor, não necessariamente nessa ordem.
ExcluirÉ por aí. O Víctor deve ter 7 ou 8 defesas, nos 90 minutos. O Alberto defendeu alguns, mas também contou com a trave como parceira em vários deles. Mas tá valendo...
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