A Torcida está na mão deles
"Uma conclusão parece
cristalina para nós; se algum título, alguma taça chegar ao armário da Arena
nos meses que restam em 2017, não será por planejamento. Mais provável que seja
pelo bafejo dos deuses ou por um cochilo do Diabo."
Encerrei a crônica Prioridades
com estas linhas acima. Passados exatos 14 dias (11/09) e vem a confirmação com muita
clareza, senão vejamos: Nos últimos 11 jogos, o Tricolor em 9 não balançou as
redes. Como é possível não levar em consideração a hipótese de má gestão?
Foi uma desmobilização planejada, não foi? Bom, se não foi, fica reforçada a ideia das primeiras linhas, se foi, demonstra a irresponsabilidade diante do torcedor.
Se a Direção e Comissão Técnica não querem se espelhar em exemplos antigos (Telê, Minelli, Ênio Andrade e mais recente, Muricy), que olhem para um bem próximo no tempo e no espaço, isto é, década de 2010, a turma do Beira-Rio, Abel e Roth.
Em 2006, o Inter bateu o Barcelona e, de quebra, conquistou o vice brasileiro, sem poupar ninguém, isso (poupar) não faz parte da biografia de Abel Braga; já quatro anos passados, o Sr. Roth ganhou atuando em apenas quatro jogos, a Libertadores e aí, coerente com a sua biografia, fez desandar a maionese vermelha no Brasileiro, sempre utilizando o discurso/escudo de que o planejamento mirava o Mundial no final do ano; as evidências da derrocada colorada eram desprezadas "olimpicamente" e o time campeão continental virou uma pasta gelatinosa que foi bem "processada" pelos risonhos africanos do Mazembe. Fato inédito no planeta; jamais um clube sulamericano marchou para um da África Negra, ou seja, da parte inferior ao deserto do Saara. O Inter conseguiu. Devem ter sido os excessos de zelo e cuidado administrados durante o Brasileiro.
O Grêmio inexplicavelmente relega, mais grave; despreza o campeonato nacional mais importante das três Américas, sem que haja uma explicação racional. Aliás, nem irracional.
O que dá para suspeitar é que ocorre uma cultura de subserviência ou medrosa da Direção gremista ante o seu treinador. Isso nunca deu certo. Dourado não cedia para Telê e Ênio, nem Koff para Luiz Felipe. Quando a hierarquia foi subvertida na história do Grêmio, os títulos escassearam ou desapareceram por completo.
Do jeito que se desenha o futuro gremista nos próximos meses, 2018 receberá como herança, apenas a garantia antecipada de manutenção do clube na Série A. Mantida a performance recente de campanha de rebaixado no returno, nem o mais otimista dos gremistas acreditará que diante do Barcelona do Equador "é só virar a chave" e por encanto, o time recuperará o futebol do final de 2016.
Infelizmente, nós, os torcedores, é que vamos pagar o pato.
Leonardo
ResponderExcluirBruxo: Não existe explicação racional, é a maldição do Espinosa! Só por curiosidade, faça uma análise do desempenho do time desde a data exata da saída dele da comissão técnica do clube... Se seguirmos nesse ritmo a gente só vai garantir a Libertadores do ano que vem se ganhar a desse ano!
O resultado contra o Bahia foi normal para um time que adentrou o gramado com Bressan e Jael. A ironia foi que o Grêmio com a melhor escalação possível para ontem acabou levando o gol.
Em resumo, jogamos fora um dos campeonatos brasileiros menos complicados de ganhar. No entanto, eu ainda acho se a direção conseguir manter a base, trazer alguns reforços e dispensar algumas nulidades (ex. Bressan, Marcelo Oliveira, Jael e acho que, em breve, o Arroyo vai entrar nessa minha lista) ainda podemos brigar pelo Brasileirão também no ano que vem. O prazo de validade do Renato é que está finalizando... O problema é: trazer quem para o lugar? Roger novamente?
Leonardo
ResponderExcluirO Renato não renova mesmo ganhando a LA; será um erro porque ele tem prazo de validade; eu, apesar de admirar o futebol do Leonardo Moura, também não renovaria, assim como 3 anos, contratos com Douglas e Edílson não encontram "racionalidade".
Essa contratação do Jael é parecida com a do Ariel pelo Inter; coisa estranha (e deixemos por aqui, senão ...).
Sobre Espinosa; mera coincidência ou então, praga de padrinho (neste caso).
Quando perdemos o gauchão o Espinosa tava por aí, né?
ExcluirEnfim, nem 8, nem 80. Acho que faz falta, mas não é único motivo da queda no desempenho o time. Tivemos lesões, venda, alguns equívocos de Renato (que também ocorreram antes da saída do Espinosa)
Boa lembrança, Glaucio
ResponderExcluirEspinosa estava por aí nas derrotas. A banca paga e recebe.