Opinião

Grêmio avança e vai para a final

O Tricolor é um dos dois únicos sobreviventes da Libertadores, isto é, Lanus e ele decidem a competição. Perdeu, mas chegou lá.

Obviamente, não foi o jogo desejado por nós, Tricolores, porém, o objetivo foi alcançado e a Final será outro capítulo, a decisão em dois atos.

Sobre a partida, a lesão de Barrios anulou a possibilidade de Renato arriscar as trocas que sugeri na postagem anterior. Não dava para escalar Michel, Éverton e Cícero de cara, pois seriam três alterações, o risco de não dar certo aumentaria.

O problema é que o time não teve saída na frente, não houve o contra-ataque tão sonhado nestas situações de jogo. Fernandinho esteve muito mal e Cícero, desembocado, perdeu dois gols incríveis, especialmente o primeiro; por ironia, numa jogada construída por Fernandinho.

Dá para dizer, exagerando, que o Grêmio entrou com nove jogadores e o Barcelona veio diferente. Todos sabiam disso. Entrou vacinado.

Os destaques foram Arthur, o melhor, secundado pela zaga + os laterais. Jaílson oscilou, isto é, começou bem, caiu e voltou a ser destaque na parte final do confronto. Não dá para esquecer de Luan, que fez um bom jogo sem ser brilhante, padeceu pela falta de boa parceria hoje.

Éverton mais participativo do que o titular, entretanto, idêntico no resultado de seus esforços; quase nada de consequente saiu de seus pés.

Marcelo Grohe sem problemas, defesas seguras e no gol dos equatorianos, o atacante estava livre, quando aparou o rebote de Kannemann, sem chances para ele.

Outro surpresa positiva, Jael.  Ele parece mais solto, mais participativo; construiu uma chance de gol ao cabecear no canto direito do goleiro.

Michel entrou bem, substituindo Ramiro, que considerei o mais fraco do time ao lado de Fernandinho e Cícero.

Também, houve equívoco na estratégia gremista, ele (o Grêmio) errou na dose da "cadência". Quis "cozinhar" o Barcelona sem ter o jogador de meio para dar o ritmo adequado e suas mudanças: Reter, acelerar, picotar o jogo e especialmente, acelerar nos contra-ataques. O visitante esteve à vontade.

Um time com pouco mais de qualidade poderia complicar essa classificação. É a lição que fica.