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sábado, 16 de dezembro de 2017

Opinião



Um enfrentamento digno, mas a vitória não veio

Quando a poeira baixar, todos os sensatos com certeza, chegarão a conclusão que o Tricolor "batera no teto", quando conquistou a Libertadores da América.

Ganhou com todos os méritos, porém, muitos já percebiam carências bem visíveis no elenco; cheguei a escrever um texto chamado "Os Demais 50%"; isso, antes de enfrentarmos o Lanús. Referência da inoperância ofensiva. O time respondeu bem com os gols de Fernandinho e Luan na Argentina. Ali, parecia que a solução estava dentro do grupo. Ledo engano.

Para vencer o Real Madrid, só através de uma roleta russa com a bala na posição correta no tambor; caso contrário, o Tricolor venceria 1 em cada 10 enfrentamentos. Lembram que utilizei "números estratosféricos", expressão para qualificar a distância entre as duas instituições? Pura verdade.

Quando um clube como o Real Madrid contrata bem e acerta na escolha do treinador, o resultado é esse: 5 títulos num único ano. De quebra, a sorte lhe bafejou, quando Cristiano Ronaldo errou a cobrança de falta (ela deveria apenas "explodir" na barreira), mas encontrou um espaço deixado entre o segundo e terceiro homens da formação e liquidou com qualquer chance de defesa para o arqueiro.

O Grêmio perdeu Arthur, isto é, um do trio unânime (Luan + Pedro Geromel) e é óbvio, não dá para encarar os Merengues com uma formação que tem Jaílson, Michel, Ramiro, Lucas Barrios e Fernandinho ao mesmo tempo.

Aparentemente, eu posso parecer cruel; justifico: Não, não estou. É constatação, não se trata de crítica. Ninguém criticou Renato por usar este quinteto, pois, se trocarmos as peças, nós teremos: Maicon, Jael, Éverton, talvez Léo Moura no meio. Pergunto: Muda muito? 

O mais importante é que todos os gremistas, direção, comissão técnica e torcida, entendam que esta final não é o "fim"; mas uma etapa muito importante para continuar aperfeiçoando o time e elenco. Focar o interesse no meio e na frente; dar "munição" para Renato ou seu sucessor. Vender bem e comprar melhor ainda, o que não quer dizer "pagar os tubos" por jogadores sem a convicção da Direção e comandantes técnicos.

A derrota de hoje é apenas um passo na direção dos títulos.

Parabéns a todos. O ano foi vitorioso.

Para encerrar, eu vejo como o futebol é estranho mesmo. Para mim, o melhor em campo foi o lateral Marcelo que fez um estrago no lado direito defensivo gremista. Não esteve entre os escolhidos como destaques.

No Grêmio, a zaga foi soberba, Geromel e Kannemann foram perfeitos.


16 comentários:

  1. Ta tudo certo bruxo, feliz Natal e ótimo 2018.
    Esse é realmente um blog gremista.

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    1. Carlos
      Obrigado, Feliz Natal e um grande 2018.
      Mas, como sou fominha, vou tentar escrever diariamente. Abraços.

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  2. Orgulhoso por demais Bruxo, quando um time de 950 milhões de Euros precisa de sorte pra superar outro que bate nos 70 tem como reclamar? Fizemos o que podíamos e, digo mais, menos retraídos do que esperava. Mas é diferente ter no banco Jael e ter de suplente Bale.
    É nossa realidade brasileira; tenho muito orgulho desse time.

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  3. PJ
    Bale e Jael como alternativas; belo resumo teu. Diz tudo.

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  4. Leonardo

    Bruxo: Infelizmente um cachorro vira-lata invadiu a concentração do Grêmio e mordeu quase todo mundo (menos Geromel, Kanneman e, acreditem, Jael!). O restante do time sentiu a grandeza da partida e inflou o respeito ao rival. Mas a mordida mais letal foi aquela dada no Renato. Ele já tinha fortes indícios de que o Barrios não iria aportar nada. Por que insistir nisso? Além disso, informação de que Barrios já sabia que não interessava mais ao Grêmio com certeza afetou o comprometimento (ex. sua postura na barreira).

    *************
    Era hora que tentar ficar com a bola. Era a hora de Everton pela esquerda, Fernandinho na direita e Luan de falso nove. O meio de campo naufragou. Ramiro não conseguiu dar o primeiro combate ao lateral Marcelo e o Michel, Jailson e Luan erram quase tudo.

    *********
    O que deixa a gente chateado é saber que o Grêmio podia ter feito um enfrentamento de melhor qualidade, mas a bola estava queimando no pé dos jogadores. A marcação primária dos volantes abandonava o homem que dava o passe e se descolocava no espaço vazio. E a aproximação do homem com a bola sumiu. Acho que a partida contra o Pachuca também cobrou um pedágio na parte física. Tudo isso somado o 1 x 0 ficou de bom tamanho.

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  5. Leonardo
    O Real aliou um super elenco com um grande treinador, basta olharmos para o meio de campo: Casemiro, Kroos, Modric e Isco, do outro lado; Jaílson, Michel, Ramiro e Luan.
    Quem Zidane se preocuparia? Luan. Foi o que ele fez; raramente, nosso camisa 7 teve chance de pegar a bola (isso de costas para o gol) e dar a girada para "limpar" o lance.
    Além disso, como se não bastasse esse meio, o Real teve saída pelo lado esquerdo, principalmente; Marcelo jogou demais e por isso, Edílson saiu extenuado.
    Poderia fazer um enfrentamento melhor? Até acho que sim, mas para mim (opinião muito pessoal), a diferença técnica entre os dois oponentes foi brutal.
    Cristiano Ronaldo tem estrela mesmo, veja que ele teve duas chances com bola andando e duas cobranças de falta.

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  6. Bruxo e amigos
    nosso ano foi tão bom que pensamos que poderíamos vencer uma seleção mundial, sem exageros. Acho que diante tamanha diferença de plantel fizemos o possível: uma apresentação digna, honrada e que não macula em nada nosso 2017.

    Agora é tratar de renovar com o Renato e trazer reforços a nível de titularidade, pois acredito que se agregarmos valores ao grupo ao invés de substituí-los, teremos um time EXCEPCIONAL ano que vem, e não "apenas" bom como o desse ano. Embora seja impossível para clubes sul americanos segurarem seus principais jogadores por muito tempo, a manutenção desses é fundamental para um período contínuo de conquistas.

    Embora 2017 tenha nos propiciado um dos melhores times das últimas décadas, não podemos achar que tudo é uma maravilha. Temos sim posições e suplentes que podem e MUITO ser melhorados. Acho que o Jael é o maior exemplo, pois, apesar de brigador, não marcou um mísero gol em todo o ano. Chegamos ao absurdo de contar com o Sr. Imponderável da Silva para que deslanchasse numa final de mundial contra o Real Madri(!) devido à má fase do Barrios. Ou seja, temos atletas insuficientes para as conquistas que almejamos.

    Agora faço uma pergunta para tu e demais participantes do blog que conhecem jogares mais antigos do Grêmio: é exagero dizer que depois da apresentação de ontem Pedro Geromel é o maior zagueiro a ter vestido a camisa do Imortal?

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  7. Marcelo
    Estou guardando algumas ideias para colocar nos próximos dias, fatiando um "arsenal" que estão na minha cabeça.
    Comecei por hoje; dá uma olhada no que escrevi em 08/03 sobre Geromel, cujo link deixei dentro do texto deste Domingo.
    Uma das minhas ideias diz respeito justamente a equívocos como imaginar que Jael pode ser solução na maioria dos jogos.
    Abraços.

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  8. Daison Sant Anna17/12/2017, 22:56

    É, mas o que vai ficar foi que alguns jogadores do Grêmio tremeram. Mais a questão do chute a gol. Uma pena, não foi 4x0, mas foi constrangedor. E fica aquela comparação Gre-Nal doentia de 2006, esquecendo 1983. Opine:

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  9. Daison
    Antes de ficar 2006, fica 2010. As comparações que surgirão agora, me dão a tranquilidade, sem erro, de dizer que elas me remetem aos anos 80 e 90.
    A grande alegria do Coirmão, vice da Segundona é o suposto fracasso do Grêmio, que foi vice para o Real Madrid.
    Se a rotina do Inter em 2018 é apenas, repito, apenas, torcer pelos fracassos do Grêmio, então a "coisa" começa bem para nós.

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  10. Daison Sant Anna18/12/2017, 20:37

    É, mas o que vai ficar foi que alguns jogadores do Grêmio tremeram. Mais a questão do chute a gol. Uma pena, não foi 4x0, mas foi constrangedor. Concordas?

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  11. Daison; não concordo. Pode até ficar esta pecha, mas ela será injusta (na minha opinião, lógico).
    Veja: Grohe, Geromel, Kannemann, Bruno Cortez e Jaílson foram bem, alguns, muito bem.
    Edílson foi um batalhador incansável, porque pelo seu lado o Real metia sempre dois jogadores e um deles era Marcelo que gastou a bola, jogou demais. Nosso camisa 2 saiu extenuado, mas não lhe faltou nenhuma de suas características, especialmente a bravura.
    Chegamos em Michel e Ramiro, Fernandinho e Barrios; jogaram o que vem jogando na média, um jogo bom, dois ou três ruins. Faltou bola, não coragem. Atuaram como vem atuando na maioria dos últimos jogos.
    Maicon, Éverton e Jael, também não dá para dizer que tremeram.
    Deixei para o fim o mais injustiçado de todos: Luan. Uma única andorinha do meio para frente. O Real marcando sempre com 2 em 1 e o mais relevante; antes do atacante virar para o setor ofensivo. Isolado, muito bem marcado, às vezes com falta, Luan afundou como afundou Rivellino em 75 contra Caçapava na semifinal daquele Brasileiro, assim como Falcão diante de Jurandir num Grenal no Beira-Rio, onde simplesmente sumiu, nem tocou a bola.
    Não lembro de terem dito que Rivellino e Falcão "tremeram".
    Lembro que o Grêmio quase não ganhou em casa diante do Lanús. Os problemas daquele confronto só aumentaram frente ao Real.

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    1. Daison Sant Anna19/12/2017, 14:39

      Tens razão Bruxo...

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    2. Daison
      Apenas expus meu sentimento; posso estar errado, afinal, somos apenas torcedores.
      Abraços

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  12. Daison, vi todo o jogo ontem. O Grêmio fez um primeiro tempo muito bom. O Real martelava, mas em nenhum momento chegou na frente de Grohe com chances reais de marcar. Era chuveirinho pra área toda hora, aí conseguiram alguns escanteios. A bola mais perigosa do primeiro tempo foi aquela cobrança de falta do Edilson.

    No segundo tempo, depois de estar vencendo por causa de uma falta mal cobrada onde a barreira abriu, aí eles tiveram espaço pro contragolpe, mas as finalizações eram todas de média distância. Não há um lance sequer que dê pra dizer que eles perderam o gol. "Ah, teve bola na trave"...chute de fora...."teve defesa do Grohe", C Ronaldo chutou com a marcação no cangote.

    O que me deixou triste, após ver o jogo, é ver o que o Grêmio não fez. Quando marcou em cima, conseguiu várias vezes recuperar a bola. Obrigou o Real Madrid a dar balão! Aí quando pegava a bola no ataque, em vez de arriscar um chute, cruzar a bola na área do jeito que desse pra ver se acontecia algo, tocavam pra trás, e tocavam, e tocavam....até entregar de graça...Teve escanteio em que em vez de meter a bola na área foram tocando pra trás até chegar no Grohe!
    Acho que tentaram valorizar demais a posse nas poucas vezes que tiveram, e esqueceram que pra vencer precisa meter a bola na caixa.

    Sugiro rever o jogo sem a tensão do momento, analisar friamente. Passou longe de ser constrangedor. Não fomos amassados no campo de defesa, não teve bombardeio, tabelas envolventes, jogadas geniais, nada.

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    1. Daison Sant Anna19/12/2017, 14:39

      Vou ver amigo Glaucio Silva. Mas faltou tentar o gol mesmo...

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