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terça-feira, 26 de junho de 2018

Memórias



Memórias (5) - Ano - 1978



Coadjuvantes Inconvenientes

Fonte:https://chadelimadapersia.blogspot.com

A Copa da Argentina, última a ser disputada por apenas 16 seleções, mostrou na primeira fase (a de Grupos) uma curiosidade: Nenhum “cabeça de chave” confirmou o seu favoritismo: Argentina, Holanda, Brasil e Alemanha ficaram em segundo lugar e isso inviabilizou a formação previsível dos dois quadrangulares que definiriam os finalistas e os que disputariam o terceiro lugar, lá na frente.

Nesta fase inicial apareceram seleções emergentes ou azarões que interferiram decisivamente na classificação e, como se viu depois, viraram coadjuvantes ilustres e inconvenientes para a sequência da disputa, escrevendo um capítulo muito particular na história das Copas, como ocorreu com os peruanos e seus incríveis seis gols sofridos diante de uma Argentina pressionada.

O grupo 4, Holanda, Escócia, Peru e Irã, nessa ordem nos potes  do sorteio, do melhor ao pior, realmente, o imponderável entrou em campo e embaralhou o destino de cada Seleção.

O inesperado Peru conquistou cinco dos seis possíveis pontos e virou o primeiro colocado. Por um detalhe, o saldo de gols, a Holanda prosseguiu na disputa, ficando com o segundo lugar, ainda que derrotada por 3 a 2 pela Escócia na última rodada.

O “Scottish Team” derrapou feio contra o estreante Irã, empatando em 1 a 1. O selecionado asiático, neste jogo, marcou o seu primeiro tento em Copas do Mundo, obra do atacante Iraj Danaei Fard aos 15 minutos da etapa final. (Vide foto acima).

Ao segurar a Escócia, o Irã impediu a queda da futura finalista Holanda, ainda na primeira fase do torneio. Coisas do futebol!

Na fase seguinte, o selecionado peruano que vinha tão bem, marchou solenemente sem marcar uma única vez diante do Brasil, Polônia e no fatídico confronto contra os donos da casa, levou sonoros 6 a 0, classificando os Hermanos para a final e deixando uma dúvida terrível quanto à lisura daquela Copa do Mundo.

Peru e Irã, dois atores de papéis secundários no universo futebolístico, por razões diferentes acabaram sendo protagonistas inusitados nesta Copa do Mundo.

Na memória dos brasileiros, alguns deles, o tetra escapou por uma manobra espúria naquela goleada ocorrida em Rosário. Será?

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

13 comentários:

  1. Apesar de todos os rumores, a Argentina era um timaço.
    Tivemos a chance de vencê-los e alijá-los da disputa do título, mas empatamos.
    E a numeração "estranha" da camisetas dos hermanitos???
    Na final, os dois goleiros com números nada comuns: 5 e 8.
    Até a Copa de 1986, a FIFA aceitou numerações dos goleiros a critério das Seleções de cada país.
    Em 1990, passou a ser obrigatória a inscrição dos goleiros com os números 1, 12 e 22.

    5 FILLOL
    3 BALEY
    13 LA VOLPE

    1 ALONSO
    2 ARDILES
    4 BERTONI
    6 GALLEGO
    7 LUIS GALVAN
    8 RUBEN GALVAN
    9 HOUSEMAN
    10 KEMPES
    11 KILLER
    12 LARROSA
    14 LUQUE
    15 OLGUIN
    16 ORTIZ
    17 OVIEDO
    18 PAGNANINI
    19 PASSARELLA
    20 TARANTINI
    21 VALENCIA
    22 VILLA

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    1. Até hoje eu sei o nome completo de todos estes campeões mundiais com a numeração.

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    2. Existem relatos que o elenco brasileiro de 1958, quando foi encaminhado para a FIFA, não tinha numeração alguma. Quando receberam a lista de jogadores, os responsáveis pela inscrição observaram a falta de números nas camisetas e passaram a lançar os números sem conhecer os jogadores.

      O goleiro Castilho ganhou o número "1". Gylmar ganhou o número "3". Dizem que o "10" foi dado ao jovem Pelé por acaso. Zagallo ganhou o "7" e Garrincha o "11". Oreco "8" e Didi "6" e Zózimo "9". Ou seja, tudo no improviso.

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    3. Li que os responsáveis pela inscrição do brasileiros foram dirigentes da Fifa, Pelé,um reserva,mostrou que era iluminado na arrancada de sua exitosa carreira.
      Alvirubro, uma sugestão: O nome na certidão era Gylmar, mas o de guerra era Gilmar.

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    4. Obrigado, Bruxo! Adotarei, tua sugestão, sim!

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  2. Em 1982, a Argentina manteve a ordem alfabética para a numeração das camisetas, porém quebrou a sequência quando chegou a vez de HERNANDEZ e MARADONA.

    7 FILLOL
    2 BALEY
    16 PUMPIDO

    1 ARDILES
    3 BARBAS
    4 BERTONI
    5 CALDERON
    6 RAMON DIAZ
    8 LUÍS GALVAN
    9 GALLEGO
    10 MARADONA
    11 KEMPES
    12 HERNANDEZ
    13 OLARTICOECHEA
    14 OLGUIN
    15 PASSARELLA
    17 SANTAMARIA
    18 TARANTINI
    19 TROSSERO
    20 VALDANO
    21 VALENCIA
    22 VAN TUYNE

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    1. Desse Van Tuyne eu não lembrava. Era goleiro?

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    2. Zagueiro, Bruxo. Os goleiros são os três primeiros.

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    3. Distração minha;Ubaldo Fillol, Hector Bailey e Neri Pumpido.

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  3. Nessa Copa, teve um caso de "doping" com o jogador escocês Willie Johnston.
    Justamente no jogo contra a seleção peruana, após o final dos 90 minutos, fiscais da FIFA entraram em campo e chamaram Johnston e Dalglish para o exame.
    Dalglish não compareceu e Johnston fez o exame. A análise resultou em traços de um estimulante contido no remédio Reactivan, que os jogador havia ingerido por conta de dores de cabeça.
    Apesar de ter tomado a medicação por receita médica, Johnston foi afastado da Seleção e do Mundial.

    Sentindo-se injustiçado, o jogador reclamou da falta de apoio da federação escocesa. Não teve resposta.
    Uma das "teorias conspiratórias" que dão força à falta de interesse em ir adiante, diz que, havendo suspeita de uso de medicamentos pelos jogadores argentinos, a FIFA preferiu encerrar o caso Johnston.
    A repercussão não foi boa no elenco e no jogo contra o Iran, em que houve empate em 1x1, mostrou uma Escócia abalada pela saída do jogador.
    Willie Johnston era um "bad boy", podemos chamá-lo assim, pois ainda aprontou algumas no restante de carreira que teve.
    Ernst Jean-Joseph, do Haiti, em 1974, havia sido o primeiro caso de "doping" na história das Copa, até então. Johnston foi o segundo.

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    1. Alguns jogos da Argentina, dá para desconfiar que certos jogadores estavam "acompanhados".

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    2. O que jogou o tal de Tarantini, naquela Copa de 1978 foi brincadeira. E o Ortíz???? Lembro dele driblando até a bandeira de escanteio, eheheheh...Mesmo assim, tinham um grande time.

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    3. Tarantini, jogador rompido com o Boca Juniors, fez contrato com a AFA para poder jogar o mundial; aliás, o grande Boca, bicampeão da LA, 77 e 78, não teve nenhum jogador convocado por Mennotti. Foi uma guerra.
      Imagina o Flamengo nesta situação;lógico que o treinador da Canarinho cairia.

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