Sorteio e Chaveamento foram bons para o Imortal
Recém saiu a definição dos confrontos pelas Oitavas-de-final da Libertadores e, em tese, o sorteio e, principalmente, o chaveamento foram bons para o Grêmio.
O adversário gremista tem tradição, mas não vive um grande momento e desconfio que não vai reverter este quadro em curto espaço de tempo. Vale lembrar que o Tricolor é o atual campeão do torneio. Pior para o Estudiantes de La Plata tê-lo como oponente e, mais, fazendo o jogo de volta na Arena.
O sorteio seguiu bom para o Grêmio, porque tenho certeza, os clubes que vivem os melhores momentos e por conta disso, sempre tratando em tese, serão os candidatos reais ao título, vão se "matar" nesta fase da competição. Flamengo e Cruzeiro se pegam já, assim como, River e Racing.
Se o Palmeiras pegou uma "papinha", o Cerro Porteño, passando, terá, provavelmente, o seu algoz, o time do antigo Parque São Jorge ou Fazendinha como se dizia antigamente, o Corinthians.
Aprofundando, Flamengo ou Cruzeiro, um deles, deverá encontrar o Boca nas quartas-de-final, além disso, todos estes, Boca, Flamengo, Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians estão do mesmo lado no chaveamento.
É um longo percurso, mais ainda, uma longa expectativa pelo distanciamento de dois meses, mas o Grêmio poderá sonhar com o quarto título com mais esperança do que outros clubes.
Muita coisa pode acontecer durante a temporada, mas em tese o Grêmio está com um caminho que parece tranquilo até a final.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirNão sei como está o Nacional da Colômbia,me parece que andou perdendo os bons.
Acho a qualidade quase idêntica nas duas chaves, Cerro, Colo-Colo e o atual Corinthians numa chave não são melhores (menos ruins, na verdade) que Tucumán, Santos e Estudiantes na outra chave. Racing (o melhor time da Argentina), River, Independiente e Grêmio numa chave formam um quarteto pouca coisa inferior ao quarteto Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Boca Jrs. na outra chave (Racing e Cruzeiro são os melhores times da LA, seguidos bem de perto por Grêmio, Palmeiras e Boca.) O Independiente cresceu e pode se juntar a essa turma, e não dá para esquecer que com 80% dos 210 minutos com um a menos quase venceu a Recopa. Tem bola para peitar e passar por qualquer um dos 5 citados, ainda que sem favoritismo.
ResponderExcluirO Palmeiras é irregular e taticamente fraco: Roger repete o que fez no Atlético-MG, até na melhor campanha. O Palmeiras não sabe propor jogo e nem tico-tico tem para se proteger mantendo a bola; sem o placar favorável, faz correria e vamo que vamo, com folha de 12 milhões, cucabol piorado, zaga varzeana, goleiro fraco. Forte é o contrataque que os burros derem para eles (Mano acabou com o contrataque e o goleiro cruzeirense Fabio foi mero espectador no jogo Cruzeiro 1x0 Palmeiras na semana passada), e se essa fragilidade for visto pelos gringos, como se vê no Brasil, deixará de ser arrasador na LA também. Borja, que tem sido decisivo este ano, pode sair na janela de verão europeu, ainda assim morre de fome em vários jogos, articulação inexiste e depende muito de individualidades. Keno é jogador de segundo tempo, ganhou a titularidade e sumiu, assim como Hyoran, reserva que a torcida deles gosta e pedia, também treme e não faz mais que o displicente Lucas Lima, Andershow do Palmeiras: contrato de 800k mensais por 3 ou 4 anos (pobre Palmeiras quando se separar da tia Leila, tem um monte de Andershows lá.) Dudu é um ex-jogador com lampejos. William Bigode é e sempre foi limitado. Todos ganhando uma fortuna. Everton, que é o único atacante do Grêmio, é melhor que estes todos somados. O chamado grande grupo do Palmeiras é uma enganação: só tem um time forte como todos os times bons, não se diferencia como se imaginava, e sem apito amigo em dois gols não venceria o medíocre mas mais organizado São Paulo e continuaria tomando o totó que tomava no primeiro do tempo sábado passado, joga de um jeito só, muita grana e trabalho vagabundo; tem 7 zagueiros e o melhor que se tira é uma dupla varzeana com Dracena, ex-jogador há tempos.
O Grêmio depende do time absolutamente completo para ter chances em quaisquer das três competições, especialmente em mata-mata, onde se joga com a corda esticada e todo o potencial deve ser usado. Não pode ficar desfalcado num jogo decisivo destes cinco caras de jeito nenhum: os dois laterais titulares, pela indigência técnica dos reservas, mais o trio de qualidade: Geromel, Arthur e Everton. Luan é o único "reforço" (porque não está jogando nada) que o time pode ter, e se tiver o Grêmio vai para o patamar mais alto de qualidade: com Cruzeiro e Racing (e talvez liderança no Brasileirão). Ainda sobre os laterais, se desfalcado de um deles e tiver Geromel no time, é preferível improvisar Kannemann (LD ou LE) e ao menos garantir a função defensiva e Bressan com Geromel na zaga. Bressan na zaga é loucura? Lembrem-se de Madson e M.Oliveira...) Luan, se continuar só no carteiraço de "melhor da América" pode, ao menos, quem sabe, usar essa fama para chamar um pouco da marcação e facilitar para o "desconhecido" Everton, mas não se pode confiar na ignorância dos adversários.
O Corinthians não é algoz do Palmeiras em Libertadores: foi eliminado duas vezes da LA, 1999 e 2000 (e como favorito, com Dida, Rincon, Vampeta, Ricardinho, Marcelinho, Edilson e Luisão dominando os Brasileirões, campeão do mundo no "torneio de verão", jogando o fino da bola) pelo raçudo Palmeiras do Felipão, que misturava nabas como Argel e Galeano e com caras como Marcos, Roque Jr e Alex, passou "na marra", com gritaria de Felipão no vestiário ("tem que ter raiva dessa porra de Corinthians!!!" rs...) Seja como for, algoz para esse ou aquele é folclore: o Colo-Colo pode eliminar esse Corinthians atual, medíocre, sem Carile e sem dinheiro para se reforçar.
ResponderExcluirRodrigo
ExcluirNo caso do derby paulista, me referi pensei (não escrevi)nos confrontos recentes, pós-inauguração da Arena "Palestra".
Evidentemente que num mata-mata até um Cúcuta ou Once Caldas podem chegar,por isso escrevi "em tese".
ExcluirNão é à toa que as reações dos dirigentes do Cruzeiro e Flamengo foram idênticas; preferiam que o confronto entre si fosse mais tarde na competição.
Eu acho que é bom se calejar com adversários complicados antes. Isso fortalece. E também porque é tendência perder algum jogador, suspenso ou machucado depois, ainda mais do jeito que o Grêmio joga (e precisa jogar para ser competitivo), com grande intensidade, até porque qualidade não tem sobrando. Melhor enfrentar os times mais complicados quando se tem toda a força possível garantidamente. Gostei do sorteio da Copa do Brasil, e preferia um adversário mais forte do que o medíocre Estudiantes na LA, o Grêmio pode eliminá-lo sem força máxima. Ao menos tem camisa e história, é clássico, chega de times pequenos. Foram oito ano passado, três este ano, 11 times sem nenhuma LA no currículo e pessoas desmerecendo as conquistas por isso. Se cair antes é tem mais chances de ganhar outra competição, que não estará tão adiantada, e se passar tem mais motivação, inseguranças somem. Você citou o Cucuta. Este deu uma surra no Boca em 2007 em 3 dos 4 tempos. A reação do Boca no jogo, no confronto e na La, com medíocre campanha com 5 ou 6 derrotas antes das semifinais, talvez tenha vindo do cacete que estava tomando dos colombianos, que tinham um time bom, melhor que o Once Caldas/2004 que venceu um Boca Jrs melhor que o de 2007, algo como o Deportivo Cali, vice em 1999 nos penaltis para o Palmeiras, para citar outros colombianos surpreendentes. Falando neles, espero e torço que Atlético Nacional passe, outro clássico depois (nada de Tucumán, outro Lanús ou Godoy Cruz.)
ExcluirQuando era mais jovem, eu sentia mais ansiedade com as decisões, então eu tinha essa coisa de torcer para pegar o mais adversário mais fraco, num complexo de viralatas comum de só enxergar camisa de grandeza desequilibradora no adversário, a favor dele, no medo de perder. Medo faz o cara duvidar da força do seu time, esquecê-la, e esquecer que o Grêmio muitas vezes bateu times com melhores campanhas e/ou com curriculo multicampeões. Força de camisa, se valesse, valeria a favor do Grêmio também, elas por elas. Essa coisa de "tradição" não assusta em nada há muito tempo, uma pena, era uma ansiedade boa, como esporte radical. Hoje, gosto de "jogo grande", de preferência que reúna os melhores times, além de tradição. Não gostei do grupo da primeira fase, o mais fácil de todos os times brasileiros, gosto de campanha tomada de times de tradição derrubados pelo caminho (e no ano passado foram 8 times pequenos batidos...)
ResponderExcluirEsse gosto por clássicos, adversários grandes, com times "assustadores", é coisa que muitos medrosos não querem, mas se gabam disso depois do título ganho. Mas antes secam aqueles times de tradição, preferem um Ceará da copa do brasil/94, um Lanús, etc. Mas se o Grêmio tivesse batido o River Plate na final da Libertadores do ano passado certamente estariam mais orgulhosos do título. Gostei mais da Recopa que da final da LA, ganhar do Independiente é mais saboroso, times de tradição dão um sabor especial ao título - e seria melhor ainda se não fossem as expulsões que deixaram os caras 80% dos 210 minutos (sem contar descontos) com um a menos, ainda que o título corresse sério risco de ficar com os argentinos. Torço para um novo confronto entre os dois, sem expulsões, espero que não sejam burros de novo, pode ser o melhor par de jogos da competição.
A Copa do Brasil de 1994 ganha contra o Ceará tem gosto de ruralito pra mim, mas as vencidas contra Corinthians e Flamengo tem gosto de Brasileirão ou Libertadores. Torci para o River contra o Lanús nas semifinais do ano passado, assim como torci para o Boca em 2007 contra o Deportivo Cucuta (semifinais), não porque até aquele momento o Boca não estava jogando nada (tinha 6 derrotas na campanha antes da final), não torci para o Boca porque o Cucuta era arrasador na Colômbia, onde patrolava seus adversários, meteu 3 no Boca (e, antes, metera 3 no Grêmio na fase de grupos e no empate Olimpico os colombianos mereciam vencer). Não torci para o Boca porque era, por sua campanha pífia, mais fácil que o Cucuta e o Santos eliminado pelo Grêmio, que tinha uma campanha impecável naquela LA, invicto até perder para o Grêmio nas semifinais no Olímpico no jogo de ida, antes daquele sufoco na Vila Belmiro, onde eles ficaram a um gol de eliminar o Grêmio, que passou no saldo qualificado por causa do gol de Diego Souza, na derrota de 3x1 de virada. Não torci por aqueles motivos, mas porque o Boca, apesar de ter a pior campanha entre os semifinalistas, tinha a maior camisa, a maior banca, era o adversário mais valorizador de qualquer conquista, ainda mais naquela década passada, onde chegaram a jogar 4 finais de 5 LA antes de 2007: 2000, 01, 03 e 04, com três títulos nessas 4 finais e dois mundiais em três (2000 contra o Real, e 2003 contra o Milan), o time peitava os europeus de igual para igual. Em 2002 caíram para o Olímpia nas quartas de final, que depois venceu a competição, passando pelo Grêmio nas semifinais, nos penaltis - que jogo se perdeu: Grêmio do Tite (que goleou o River recheado de jogadores da seleção argentina nas oitavas, 6x1 no agregado) contra o melhor Boca Jrs. do Bianchi, o do início da década passada (melhor que o time irregular, algo veterano, de 2007.)
Rodrigo
ExcluirDepende do contexto; à época, eu preferi o Cúcuta na final do que o Boca,por que?
Porque havia um oceano de qualidade entre um destes três e os demais: Boca, Grêmio e Cúcuta.
Aquele Boca só deslanchou nos três últimos jogos, tomou 3x1 e um chocolate do Cucuta, que saiu muito barato. Antes de meter 3x0 na Argentina nos colombianos, quando estava 0x0 ainda, tomaram sufoco e até bola na trave. Foi algo como o Grêmio na Copa do Brasil/2016, que só jogou bem os 4 últimos jogos, depois de quase ser eliminado pelos reservas do Palmeiras e, antes, pelo CAP, naquela ridícula decisão em penaltis onde se o goleiro paranaense acertasse era fim de linha, e nada de LA/2017 e Recopa deste ano, após perder o jogo num frango do Grohe. Como o Grêmio quase eliminado duas vezes, o Boca "ligou" pelos "cagaços" que teve, talvez. "Essa sorte não vai durar se não jogarmos mais"... Não era nada assustador, apesar da qualidade do time que se via na escalação. Fez 2 e meio grandes jogos no ano, do segundo tempo em diante contra o Cucuta em diante. Foi mal em todo o resto: apanhou do São Paulo (eliminado pelo Grêmio na LA) pouco depois, na Sulamericana, e goleado com facilidade pelo Milan no fim do ano, numa época em que os sulamericanos ainda davam "algum trabalho", perdendo de pouco. Era um Boca decadente, com seu fim no ano seguinte, na eliminação para o Fluminense. E nestes 10 anos desde então só montou um time digno (mas mediocre) antes deste, aquele que perdeu para o Corinthians em 2012. O Estudiantes de 2008 (vice do inter na sulamericana) e 2009 (campeão da LA contra o Cruzeiro) era melhor. Eram jogadores experientes e isso, mais que a qualidade, os fez administrar um time medíocre e assustado com os holofotes e com os próprios resultados, chinelo que era o fraco Grêmio do Mano.
ExcluirO que seria melhor para o Grêmio, tomar 5 a 0 em dois jogos contra o tradicional Boca Juniors ou conseguir o tri da América (2007) contra o discreto Cúcuta? Eu não tenho dúvidas se essas forem as únicas alternativas.
ExcluirO mesmo vale para o bi da Copa do Brasil, o Grêmio recém saído de uma série B, apenas dois anos de trabalho do Koff e duas finais na Copa do Brasil em sequência, bem-aventurada decisão que nos colocou contra o Ceará, o adversário dos sonhos naquele momento, além do mais, o clube nordestino não caiu de pára-quedas naquela final.
ExcluirEu prefiro enfrentar um time grande e vencer, como ocorreu com o São Paulo/1981, Peñarol/1983, Flamengo/1997, Corinthians/2001, Atlético-MG/2016. Poderia perder para eles, e feio, não perdeu e se comemora "calamos o Morumbi", "calamos o Maracanã" etc.
ExcluirVocê sabia que o Grêmio tomaria 5x0 do Boca? Acompanhou a campanha deles, as atuações e cravou isso? Se soubesse e me dissesse eu preferiria o Cucuta, mas você não sabia, imaginava um adversário complicado, como a torcida imaginava em todos aqueles outros confrontos que citei, ninguém disse "droga, vamos perder de 5x0" - você disse à epoca?
O Atlético-MG, eliminado pela nanica Portuguesa, daria mais qualidade e importância à final do Brasileiro de 1996, seria um clássico nacional, mas e se o Grêmio tomasse 5x0 do Galo? Improvável, mesmo porque o Grêmio meteu esse placar neles na fase classificatória, mas e se a coisa desandasse e tomasse? Como vou saber? Da mesma forma, preferiria que a final de 1983 do mundial fosse contra a Juventus, que perdeu para o Hamburgo. Não seria melhor ganhar daquela Juventus? Jogaríamos a escalação dela na cara de todo mundo. A Juventus valorizaria muito mais o título mundial do Grêmio. Mas evidentemente as chances de o Grêmio perder seriam maiores. Perderia de 5x0? Se com uma bola de cristal me dizem isso eu quero distância deste adversário. Como vou saber de algo que não aconteceu? E essa era a situação antes de pegar o Boca, "um jogo que não aconteceu". E da mesma forma a minha preferência pelo Boca foi sem bola de cristal com a informação de que o Grêmio seria humilhado.
De forma geral essa preferência por perder não existe, obviamente, seja qual for a situação, dentro ou fora do futebol. O que existe é desejo de vencer grandes desafios (e correr mais risco de fracasso, talvez morte, dependendo do desafio) de um lado e, do outro lado, desejo de sofá e pipocas, sedentarismo, conforto e previsibilidade, mas sem sentido, sem significância, sem prazer na vida, tédio puro. Existem pessoas para os dois tipos de situação.
Por que pessoas saltam de para-quedas? Ou mergulham? Ou sobem uma montanha? Ou voando com asa-delta? As chances de sobreviver são melhores não saltando, não mergulhando, não subindo nada, não voando à base de objetos planadores, etc, mas se jogando num sofá com uma bacia de pipocas. Mas e se a pessoa correr todos aqueles "riscos inconsequentes" e sobreviver? Conversando com tais pessoas que desafiam o risco de perder me parecem elas "mais vivas" e agradáveis. Tem uma "vida maior". Uma fratura aqui ou ali? Engessa, cura, mete pinos e volta aos grandes desafios.
O Grêmio seria menor se não tivesse uma história de grandes desafios vencidos e, antes, enfrentados - e disposição de enfrentar o risco de perder, onde não se tem isso na vida? Se o Grêmio ficar "velho" e sedentário, e se esconder num sofá a "pilotar controle remoto", deixo de torcer, se acaba o barato, aí sim morre, porque morre pra mim, que cago para um tedioso enfrentamento fácil. Do ruralito, por exemplo, nem vi os mata-matas, nem lembrei, nem vi os gols ainda, era coisa ganha, qual a graça daquilo?
Rodrigo
ExcluirÀ época eu já preferia o Cúcuta, só não participava das redes sociais, assim fiz com relação ao Lanus/River. Preferi desde o começo encarar o clube de menos tradição.
Não desmereço o nosso título mundial sobre o Hamburgo, clube de pouca tradição fora da Alemanha. Se chegou lá, ele teve méritos.
É óbvio que bater o Real Madrid, daria outra repercussão, mas vimos como foi. Uma superioridade aplastante.
Eu procura levar em conta o contexto; bater Real, Juventus, Manchester United, todo mundo deseja, mas, às vezes a gente tem ser pragmático;patrício, teco, sandro goiano, tuta para encarar o Boca? Só por um bafejo dos deuses, além do mais, porque não era uma única partida, onde o aleatório poderia entrar em campo.
ExcluirEstabelecer favoritismo por simples medo da camisa é uma coisa, mas estabelecer impossibilidade, se baseando no resultado pronto é outra coisa. O Boca com mais saúde perdeu do Once Caldas uma final (uma coincidência é que o Once Caldas também bateu o São Paulo e o Santos, como o Grêmio em 2007). Se o Once Caldas tomasse 5x0, haveria um mundo de colombianos dizendo "sabia que seria assim, como poderíamos ganhar com Fulano, Beltrano e Cicrano? Até foi longe demais".
ExcluirVocê está usando demais o resultado pronto, esqueça a final. O time do Grêmio era fraco, perderia para o Cucuta também, porque essa ideia subentendida de que teria melhores chances contra o Cucuta? Mas bateu times do nivel do Boca, que tinha, antes de enfrentar o Grêmio, 45 minutos bons, era time batível, todos os elogios que recebe por aquele ano não merecia antes da final, são elogios dados pela final, onde o Grêmio tremeu e colapsou, como ocorrera na Vila Belmiro nas semifinais, apesar da classificação, como ocorrera com o time de garotos do Santos contra o Boca na final de 2003. Ah, não tenho dúvidas que São Paulo e Santos, eliminados pelo Grêmio, fariam melhor na final de 2007, pelo simples fator experiência isoladamente.
Vamos voltar a 1983 e Peñarol (e daria para adaptar a 1981, São Paulo, Brasileirão, dois favoritos batidos). Quando você vê imagens de Grêmio vs. Peñarol em 1983 você pensa "Droga, devíamos ter enfrentado o Atlético San Cristóbal"? (o pior time do triangular semifinal do Peñarol) ou "Droga, vamos tomar de 5x0, o que é melhor: ganhar do San Cristóbal ou apanhar do Peñarol de 5x0?" O Grêmio venceu, mas isso não importa: o ponto de partida é uma condição anterior, onde não se sabe o resultado, assim como o que se discute aqui sobre quem seria melhor a enfrentar em 2007, porque estamos falando de um ponto anterior à disputa: "Boca Jrs vs. Dep. Cucuta se enfrentarão; para quem torcerá?" Não existe 5x0, só a questão sobre que adversário é supostamente mais difícil, mas que certamente valoriza mais um título nos dois casos: Peñarol e Boca. E você pode achar que vale o desafio pela gloria de bater num adversário tão formidável ou não, mas em 2007 apanharia do Deportivo Cucuta também. Aí diriam que o Boca em crise seria menos complicado...
E o Boca não era o último campeão defendendo o título. O Peñarol era mais "assustador": era o então campeão da América e do Mundo, títulos de 1982. Eu diria, "que venha o Peñarol, este aumentará o feito da conquista", como faço em todas as competições, nada de fuga do supostamente mais complicado?
Mas o Grêmio ganhou e aí se dá importância ao naipe do adversário, tenho certeza, todos os gremistas que torcem para pegar sempre caminhos moles, depois de ganhar de um time difícil que não queriam pegar, do qual gostariam de fugir, cantam as proezas, "eu sabia", "nada é impossível para o imortal", cantam o tamanho do desafio vencido e blá blá blá. E muita gente que seca os adversários mais valorizadores de conquistas se gabam e se orgulham de façanhas que, se pudessem, evitariam antes de acontecer, por puro e simples medo. O Boca podia botar medo pelo retrospecto, mas pela bola que jogou até a final não.
As classificações contra São Paulo (bi-campeão brasileiro, que seria tri em 2008) e Santos já engrandeceram bastante a campanha de 2007.
ExcluirGanhar do Cúcuta em nada diminuiria o título.
Outro ponto, de forma alguma estaria ganho contra o Cúcuta, pelo contrário. Era um time que o Grêmio não havia vencido na fase de grupos, e que tinha eliminado "só"o o Boca.
ExcluirMas aí é que está, Rodrigo. O Boca deslanchou na hora certa. A camisa histórica reverteu a tendência de dar Cúcuta, depois do jogo de ida.
ResponderExcluirEsse sorteio/chaveamento pode resultar numa situação injusta, mas prevista no regulamento: Se nas semifinais tivermos Racing x Grêmio e Palmeiras x Boca, pelo regulamento, a final não poderá ter clubes do mesmo país, se isso for evitável, ainda a chave vira; teremos Palmeiras x Grêmio e Racing x Boca. O Tricolor que faria o segundo jogo em casa, perderá essa condição, porque o único melhor do que ele é justamente o Palmeiras e do outro lado, dois com campanhas inferiores.
ResponderExcluircorrigindo: ... aí a chave vira;
ResponderExcluirEu entendo o argumento do Rodrigo. Eu mesmo preferi pegar o Boca em 2007 pelos mesmos motivos - aliás, revendo os jogos daquelas finais, ficou indiscutível que o Boca era superior, mas ele contou com uma boa dose de sorte e ajuda do juiz para abrir o placar. Tudo deu errado na Bombonera, e a trave ajudou os Xeneizes no primeiro tempo no Olímpico. Titulo merecido, mas o 5 x 0 agregado não traduz a circunstância com justiça.
ResponderExcluirO problema dessa lógica de querer pegar o adversário mais difícil é acontecer o que houve em 1996. Grêmio tinha Palmeiras, pela CB, e America de Cáli pela Libertadores. A torcida lotou contra o Palmeiras e fez um caldeirão, e contra o America de Cali foi aquele jogo mirrado, e 1 x 0 com gol de falta do Luiz Carlos Goiano. Ficamos sem a vaga nas duas competições. CLARO, acho que este risco não correremos nas Copas este ano, mas fica o alerta para atentar ao que é mais importante.
Caco
ResponderExcluirMuito bem lembrado! Em 1996, a rivalidade era tão grande com o Palmeiras, que a emoção superou a razão; esquecemos da importância da LA.
Isso é outra história, e eu já cansei de esculachar a copa do brasil, destoando da torcida que a adora, não tem absolutamente nada a ver com escolha de adversário em final. Na LA/1996, a outra semifinal era River vs. Universidad de Chile e certamente estava torcendo para Grêmio e River passarem para a final, como torci para o River contra o Atlético Nacional em 1995. Mas num ano o river foi eliminado, no outro o Grêmio, e nunca fizeram a final da LA.
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