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terça-feira, 3 de julho de 2018

Memórias



Memórias (8) - Ano - 1982


A Referência

Fonte:https://www.pinterest.fr/


Karl-Heinz Rummenigge disputou três Copas do Mundo (78, 82 e 86), portanto, jogou naquele hiato germânico de falta de conquistas entre o bi em 74 e o tri em 90. Assim como a geração de Zico, Falcão, Cerezzo e Sócrates, o destino lhe foi cruel. Merecia botar faixa.

Rummenigge tornou-se o modelo do que se convencionou chamar de atacante “moderno”. Não era superior a Cruyff, Ronaldo Fenômeno, nem mais do que os atuais Messi e Cristiano Ronaldo, mas jogava em qualquer posição do ataque: pontas esquerda ou direita, segundo atacante e centro-avante. Todas elas com desenvoltura. Às vezes, ele carregava sozinho o ataque da Alemanha Ocidental.

Talvez quem mais se aproximou de suas performances “por cima” em todas as posições que jogou, tenha sido Dennis Bergkamp, holandês que atuou em 94 e 98.

Rummenigge marcou gols nas três edições da Copa, façanha para poucos. Dos jogos que participou, destaco a partida contra o Chile de Elias Figueroa disputado no dia 20 de Junho de 1982 na cidade de Gijón, quando ele marcou três na goleada de 4 a 1 e assumiu provisoriamente a liderança da artilharia do torneio com quatro gols.

Fez o primeiro logo aos 9 minutos com um arremate de fora da área, contando com a colaboração do goleiro. O segundo veio aos 11 minutos do segundo tempo, quando Littbarski fez grande jogada pela ponta direita, cruzou; o capitão Rummenigge acertou uma cabeçada de cima para baixo no canto direito de Osben.

Aos 21,  Rummenigge  tabela com Félix Magath; recebe toque de calcanhar e mete com categoria no canto esquerdo do guarda-metas chileno. 3 a 0.

O placar seria concluído com os gols de Reinders aos 36 minutos e Moscoso, esse em jogada pessoal, o gol de honra do Chile aos 45. Resultado: 4 a 1.

1986, Karl-Heinz Rummenigge liderou a reação germânica na decisão contra a Argentina, mas no final, a genialidade de Maradona prevaleceu. 3 a 2.

Sempre que ouço alguém comentar sobre a modernidade dos atacantes, seus deslocamentos consequentes e a importância para seus times, eu lembro de Rummenigge.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

Seguem os gols desta partida:







10 comentários:

  1. Karl-Heinz Rummenigge

    Em 10 temporadas (1974/1975 a 1983/1984), na Bundesliga, pelo Bayern München atuou em 310 jogos e marcou 162 gols. Foi expulso apenas uma vez.
    Titular em 284 jogos. Foi substituído em 19 e entrou no decorrer do jogo em 7 oportunidades.
    Seus 162 gols marcados o colocam como o 13º maior artilheiro da 1ª Divisão da Alemanha.
    O 1º colocado é Gerd Müller, com 365 gols em 427 jogos.
    Rummenigge é um dos maiores jogadores da Alemanha, sem dúvidas.

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  2. Grandes números, Alvirubro.
    Müller era uma máquina de fazer gols, impressionante.

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  3. Bruxo,

    "Gerd" Müller ou Gerhard Müller esteve presente em 14 temporadas (1965/1966 até 1978/1979) na Bundesliga.
    Outro atleta extremamente disciplinado. Foi expulso apenas uma vez.

    Müller tem alguns números interessantes:
    - 32 Hat Tricks na Bundesliga. O 2º colocado em Hat Tricks é Klaus Fischer, com 12. Só aí já dá para ter uma ideia do nível de artilheiro que era Gerd Müller.
    - 87 Dobletes na Bundesliga. O 2º colocado em Dobletes é Heynckes, do Borussia Mönchengladbach, com 51.
    - 16 jogos marcando gols consecutivamente, em 1969. O 2º colocado é Robert Lewandowski, com 12 jogos marcando consecutivamente, em 2012.

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  4. Embora o título de 2014 desminta a minha conclusão, eu arrisco dizer que a Seleção deste ano careceu de um camisa 9 "por excelência", nem Mario Gomez ou outro, nenhum deles convenceu.

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    1. Bruxo, verdade. Talvez não apenas um 9, mas jogadores com capacidade goleadora na frente. Thomas Müller, que sempre foi mais na Seleção do que no Bayern, jogou muito mal. Mario Gomez e Werner são medianos. Ozil também fracassou. Na esquerda, Draxler, Reus e Brandt não foram muito bem, mas acho que tem futuro.

      Antônio R.

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    2. Antônio
      Time de transição, com certeza.Essa passagem de uma geração para outra é bem difícil. A Alemanha não soube fazê-la.

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  5. Bruxo e Alvirubro, bela lembrança do Rummenigge. Jogadores como ele e Gerd Müller fizeram uma falta danada para a Alemanha na Copa.

    E ontem, a Inglaterra? Ainda não tinha visto os ingleses e não conheço seus jogadores (parece que todos atuam na Premier League). Gostei do primeiro tempo, mas faltou poder de decisão. Os ingleses foram salvos por um pênalti mandrake. No segundo, a Colômbia dominou e com justiça empatou no final. Por pouco não vira no primeiro tempo da prorrogação, depois cansou. Nos pênaltis os ingleses foram competentes, bateram muito bem.

    Em geral, pela amostra de ontem, a Colômbia parece ter melhores jogadores. Mas o sistema tático ruim e desorganização imperam. Nunca gostei do Pekerman, desde aquela Copa de 2006 quando ele afundou a Argentina que tinha o melhor time da competição no jogo contra a Alemanha. Ontem mais uma vez ele me pareceu o grande responsável pela derrota da Colômbia. No primeiro tempo o time colombiano ficou todo atrás, não tinha articulação, tomou um nó tático. No segundo, melhorou, mas Pekerman demorou para fazer substituições e não conseguiu arrumar o meio de campo, mesmo com os ingleses apavorados e pedindo para sofrerem o gol de empate.

    Enfim, essa Copa tá pobre. De um lado, só vejo times medianos, como Inglaterra, Croácia, Rússia e Suécia. A verdadeira Copa está sendo disputada na outra chave. França, Brasil e Uruguai são candidatos ao título, nessa ordem. Eu vou torcer para a Celeste, mas desanimado com a perda do Cavani.

    Antônio R.

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    1. Antônio
      Só vi o segundo tempo da prorrogação e os tiros livres, mas concordo, em tese, o campeão sairá do lado latino (França, Brasil ou Uruguai).

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    2. Antônio,

      vejo um torneio muito abaixo do nível que eu esperava. Suspeito que tem a ver com o final de temporada da Europa e dos demais países. Os jogadores estão acabados.

      A maioria faz um bom primeiro tempo e no segundo tempo ficam apáticos. Mais vale a força e vontade de vencer. A técnica, que já é pouca, com o cansaço vai embora.

      Não vi nenhuma grande seleção. Aquelas que imaginei que poderiam mostrar algo diferente, são de uma pobreza técnica e tática monumental. Nenhum inovação tática. Muita mídia em torno de nomes que já sabemos o que podem dar.

      Cada vez mais aumenta minha certeza que jogadores que a mídia mostra como grandes craques, são na verdade ótimos e bons jogadores. Só isso. Genialidade não vi nenhuma. E olha que na minha idade já vi alguns gênios da bola. Lá de vez em quando surge um lampejo, e aí...

      Apesar do que fazem em seus clubes, Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, nas seleções, são jogadores normais e até abaixo do esperado. Não foram gigantes. Sobrou Neymar, que poderá sê-lo.
      Apareceram mais devido à mediocridade geral. Claro, estão acima da média. Talvez um ou outro ainda poderá ser um iluminado.
      Vamos ver: acho que o Brasil vencerá a Copa. Na normalidade, não tem adversários.

      Vou torcer para o Uruguai, por vários motivos. O principal deles é que já merecem vencer um mundial só pelo que produziram de grandes jogadores, desde 1950.

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  6. Alvirubro, entre os anos de 1948 até final de 1952 quais técnicos treinaram o Grêmio e em quais datas? Li fichas técnicas desta época, e algumas aparecem com dois técnicos diferentes. Podes explicar?

    Alvirubro, outra pergunta: quem foram os 10 maiores artilheiros e os 10 que mais jogaram no Grêmio na década de 1940? Houve bons jogadores, bons jogos, mas seca de títulos. Obrigado. Michel-SC

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