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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Memórias


Memórias (12) - Ano - 1993


O Exército de um Homem Só

Fonte:https://doentesporfutebol.com.br


A história da Copa do Mundo de 1994 mais do que em outras, começa nas eliminatórias, com um marco fundamental: A última rodada, Setembro de 1993, quando a “água bateu no pescoço” para a comissão técnica, que ignorava a grande fase de Romário na Europa, no Barcelona e não o convocava, porque o craque no ano anterior (1992), cruzara os mares para ser reserva de um decadente Careca e, chateado, declarou que se fosse para viajar e sentar no banco, preferia não ser chamado.

Assim, sem o “gênio da grande área” como definiu o não menos gênio Cruyff, treinador do Baixinho no clube catalão, o selecionado brasileiro chegou à última rodada com a necessidade de empatar com o Uruguai para escapar da repescagem para a Copa dos Estados Unidos. Não parecia tarefa gigantesca, porém, não era recomendável desprezar a hipótese de uma derrota para o Uruguai, ainda mais no Maracanã de tão boas lembranças para os charruas.

Os comandantes técnicos (Parreira-Zagallo) tiveram que “engolir” o atacante carioca. Desta forma, Romário desceu no aeroporto com ares de salvador, cheio de autoconfiança, sem refutar essa condição.

Juntando, esta edição (1994), Eliminatórias e Copa do Mundo, propriamente dita, a jornada de 19 de Setembro, onde mais de 100 mil pessoas estiveram no estádio, apresentou a maior atuação individual de um atleta da Seleção. Romário estraçalhou; fez jogadas de efeito, tabelamentos, arremates e gols decisivos (dois),  duas pequenas obras-primas que levaram ao êxtase a massa torcedora no país inteiro e, imagino, provocar sorrisos constrangidos e de alívio na dupla  Parreira-Zagallo.

Seguem dados do confronto:

Árbitro: Alberto Tejada Noriega (Peru).

Brasil: Taffarel; Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Branco; Mauro Silva, Dunga, Raí e Zinho; Bebeto e Romário. Técnico: Carlos Alberto Parreira.

Uruguai: Siboldi; Canals (Adrián Paz), Herrera, Kanapkis e Méndez; Dorta, Batista, Gutiérrez e Francescoli (Zalazar); Fonseca e Rubén Sosa. Técnico: Ildo Maneiro.
Gols: Romário, aos 26' e aos 38' do segundo tempo.

A “Romáriodependência” prosseguiria  nos gramados dos Estados Unidos, tanto que, quando o artilheiro não jogou bem (a final contra a Itália), por pouco, muito pouco, o Brasil deixaria de conquistar a Copa mais fácil dos últimos anos.

Fonte: https://doentesporfutebol.com.br
            http://www.espn.com.br]

Segue compacto:



4 comentários:

  1. E o jogo hoje, Bruxo? Não consegui ver todo. Tinha visto muito pouco a Inglaterra nessa Copa. Gostei do primeiro tempo contra a Colômbia, mas acho que o padrão inglês é mesmo o segundo tempo daquele jogo, em que a Colômbia massacrou. Hoje a Croácia massacrou também, perdeu muitas chances, no segundo tempo e na prorrogação (não vi o primeiro). O que me impressionou nesses dois jogos da Inglaterra que assisti é como a defesa é fraca e desorganizada. Os caras jogam com três zagueiros e dois laterais que ficam todos atrás, aí perdem completamente o meio de campo. Na frente daquela linha de cinco é um deserto. E a Croácia é um time organizado. Apesar de não ter brilho, tem bons jogadores - não sei como sofreram tanto com a Rússia e a Dinamarca, suspeito que tiveram facilidade com o frágil sistema defensivo inglês e dificuldade com a força da marcação russa e dinamarquesa.

    Estava torcendo para a Inglaterra, porque não me agrada muito essa filiação política que vários jogadores croatas tem com o nacionalismo de raízes fascistas/nazistas... mas enfim, isso é firula, são aquelas pequenas coisas que a gente se apega para torcer para um time ou outro numa Copa (e pelo futebol que mostrou Inglaterra não merecia mesmo). Depois que saíram Uruguai e Espanha fiquei órfão...

    Enfim, vai ser uma boa final. A França, claro, é favorita, mas se jogar na marcha lenta como vem fazendo pode se complicar...

    Antônio R.

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  2. Antônio
    Só vi o gol de falta, porque os meus colegas da sala ao lado me chamaram.Não assisti nada, ouvi no meu deslocamento para casa,o final de jogo.
    Gostei da classificação da Croácia; país pequeno, que gosta muito de futebol.

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  3. Boa lembrança, Bruxo. A seleção de 94 jogava um futebol insosso, muitas vezes devagar, no geral chato de assistir. Parreira certamente decidiu não correr riscos atrás, fechando o time com praticamente um terceiro zagueiro, Mauro Silva. Dunga, jogando o seu melhor, e Mazinho fazendo uma ótima Copa ao substituir o Raí, e um Zinho que só jogou bem mesmo na partida contra a Suécia, pelas semis. De resto, apostava na genialidade do Bebeto e Romário para decidir.

    Parreira poderia ter ousado e ter Djalminha, na época já um craque, e ter feito um time mais ofensivo. Quase todos, inclusive eu, pediam Telê Santana, mas não dá para tirar o crédito do homem: tirou o Brasil da fila de 24 anos, acabou com o estigma do time que não vencia sem Pelé, e, assumiu a bronca sem responder com arrogância aos críticos.

    Não gosto do Parreira como treinador, e o considero uma figura política acima de tudo - sempre esteve em volta do poder da CBF, mas é preciso se colocar nos pés dele. Demostrou uma dignidade imensa e soube fazer aquele time vencer, apesar de tudo.

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  4. Caco
    Parreira é uma figura mundial, perdi as contas de quantas copas participou; porém, não dá para mascarar a ruindade da copa, assim como, não se deve desprezar o grande feito de ganhar um título sem Pelé e depois de mais de duas décadas.

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