Memórias (14) - Ano - 2002
O Homem que veio de Longe
Fonte:http://botoesparasempre.blogspot.com |
Minha última postagem da série Memórias; ela que foi programada para ser postada neste final de semana, coincidindo com o provável Hexa do Brasil. Não deu certo. Não foi culpa minha. Eu estou aqui, a Seleção é que falhou comigo. Uma pena.
Em 2002, eu voltei a torcer para o Brasil, o grande responsável foi o treinador Luiz Felipe Scolari, que sofreu no começo (lembram daquele Honduras 2 x 0?), no entanto, como em outras fases de sua vitoriosa carreira, o ex-beque, cuja minha primeira lembrança era a desta foto acima. Logo em seguida, ele e o centro-médio Maurício (quarto e quinto em pé) estariam na antiga Associação Caxias e no time de botões do meu irmão, lá na virada dos anos 70; venceu.
O Brasil chegou desacreditado para a Copa do Japão e Coréia do Sul. Havia sofrido para se classificar; teve três treinadores antes de Luiz Felipe, a saber: Luxemburgo, o interino Candinho e Émerson Leão.
Houve também a perda de confiança do técnico gaúcho na maior estrela do grupo, Romário, novamente cortado, assim como em 1998.
Aos poucos, Felipão foi encontrando os nomes para as 23 vagas, perdeu o capitão Émerson às vésperas da estreia; introduziu um sistema de três zagueiros, mudando assim, uma tradição na Seleção e fez desaparecer o estigma desta formação tática, que Lazzaroni havia tentado em 90.
Luiz Felipe conseguiu fechar o grupo no que se convencionou chamar de Família Scolari. Dentro dessas ações exitosas, a maior foi recuperar Ronaldo para o futebol, tarefa tão bem sucedida que o Fenômeno se tornou goleador do certame e fundamental em dois jogos principalmente, Turquia e Alemanha. Além disso, formou dois alas de grande desenvoltura ofensiva, Cafu e Roberto Carlos, para isso encontrou dois volantes que sabiam jogar, Gilberto Silva e Kléberson, que contavam com um "curinga", Anderson Polga ou Edmílson, ambos com afinidade para a zaga e meio de campo. Dois zagueiros jogando em altíssimo nível, Lúcio e Roque Júnior, dois craques apoiando o centroavante: Ronaldinho Moreira e Rivaldo. No gol, o seu arqueiro de confiança; "São" Marcos.
A Seleção sem ter a mesma qualidade e brilho daquela de 1970, repetiu o seu feito, ganhando todos as partidas no tempo normal.
Penso que o maior mérito da conquista do quinto título pertence ao comandante técnico, porque conseguiu naquele curto espaço de tempo, naquelas sete partidas, extrair do elenco, titulares e reservas, respostas corretas para os obstáculos que um torneio dessas características exige.
Sem Luiz Felipe, o "penta" não viria em 2002. Olhando o início de sua carreira como atleta, poucos que estavam no Japão naquele dia 30 de Junho, imaginavam o longo caminho que o treinador trilhou.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário