Walter Kannemann
Hoje, os gremistas saíram extasiados para encarar o dia seguinte. Eu, particularmente, tive uma sensação próxima de ter ganho um título, dá para dizer que foi um trailer ou uma amostra grátis de um dia pós-campeão.
O Tricolor teve atitude, raça, determinação, intensidade, verticalidade e irresignação; verdade que faltou qualidade no complemento de alguns lances decisivos, além de uma invulgar falha de nosso melhor zagueiro, Pedro Geromel.
Mas é do outro defensor que quero tratar; Kannemann, o Viking nascido na Argentina, que veio do México onde era ... reserva.
O camisa 4 me lembrou de dois outros beques que forjaram as suas carreiras, usando o tempero da inconformidade, da luta incessante pela vitória final, seja a cada lance, seja no trilar do apito derradeiro. São eles: Oberdan Vilain, gigante de 1m e 78 cm, que formou com Ancheta uma dupla muito parecida com a atual azul, também me trouxe à mente a figura de Rondinelli, zagueiro rubro-negro carioca que a torcida apelidou de "Deus da Raça".
Na cabeça de torcedor, seu sonho é ter um craque raçudo. Melhor! Um extra-classe, um Roberto Rivellino, mas essa combinação é quase impossível.
Ontem, acima dos bons desempenhos de Luan e Éverton, da efetividade deste último e de Alisson ou da ousadia do comandante técnico, acima de tudo isso estava a energia que constrange os atletas descompromissados, por conta disso, os encabula num momento inicial para depois serem contagiados pela luta do argentino. É um vírus, o vírus dos vencedores.
Não tenho receio nenhum em afirmar que sem Kannemann, a classificação não viria.
O conceito de craque geralmente passa longe dos principais atributos de nosso "quarto-zagueiro", porém, para um torcedor comum como eu me considero, Kannemann é um craque à moda Tricolor.
Kannemann é a lenha do churrasco.
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluirMaizáh, taura véio. Êta cuiudo. Os terrinha sabem que é elogio.
Bruxo, o Kanneman sobra fisicamente. Ele me lembra o Lúcio um pouco antes de sair do Internacional e fazer carreira na Europa. É um estilo parecido, combinação de força e velocidade, com tempo de antecipação preciso, mesmo sem ser um primor técnico.
ResponderExcluirO Grêmio de 2018,vamos ser sinceros, está sendo carregado por Kanneman e Éverton. Eu não acreditava na classificação terça, mas pela forma como foi, pode dar uma sobrevida até o final do ano. O chaveamento também ajudou muito. Grêmio escapa dos brasileiros (contra quem tradicionalmente vai mal na Libertadores) e pega os Argentinos (onde quase sempre se dá bem). Mil vezes enfrentar o River Plate do que o Cruzeiro.
Pra coroar, o Renato está parando de inventar. Tem colocado em campo o que tem de melhor. Torcer pro Michel recuperar rápido e quem sabe botar o Alisson no lugar do Ramiro.
Vinnie
ResponderExcluirPerfeito; Renato pode "achar" o time com uma vitória dessas. Concordo também que o chaveamento ajudou.
Não sei se o regulamento ainda persiste na história de evitar uma final entre clubes de um mesmo país. Se positivo, pode dar Boca x River e Grêmio e um brasileiro nas semifinais.