O Terceiro Tempo
A semifinal de ontem vai ter uma disputa extra; o Grêmio vai atrás do que julga seu direito, isto é, a classificação para a final da Libertadores.
Conversando com colegas, eles acham "impossível" a reversão do resultado da decisão; eu estou otimista. Explico, utilizando um exemplo:
Alguém que tenha um Porsche e trafegue pela Auto-estrada que liga a capital gaúcha ao litoral numa velocidade de 200, 240 km/hora é flagrado e autuado em R$ 400,00. Ele sorri, paga e segue a sua vidinha "andando" para a infração, porque quem tem um carro desses, não se importa com esse valor de multa. A solução que pelo menos ameniza é atingir mais pesadamente o bolso do "cidadão".
A Conmebol que já puniu Boca Juniors, Chapecoense e Santos de forma rigorosa, será humilhada, desconsiderada, se Marcelo Gallardo e River Plate entenderem que o estrago de uma multa ou suspensão pesada do treinador é irrelevante em confronto com o benefício de atuar diretamente na partida, descumprindo a punição imposta. Neste caso, vale a pena ser infrator; então, a Confederação deve pesar bem as consequências de "livrar" os Millonarios de Buenos Aires. Pune bem ou "liberou geral".
Outro fator que me deixa esperançoso é o estrago do VAR no primeiro gol do River. Um pênalti visto pelo árbitro de vídeo é como se fosse uma sentença de prisão perpétua, ou seja, é pesada, entretanto, há chance do goleiro pegar o chute ou a bola for arremessada nas traves ou ainda, fora da goleira; já não anular o lance de gol é semelhante a pena de morte, não tem chance de dar outro desfecho que não seja alteração no marcador da partida. O Grêmio saiu prejudicado e há um constrangimento até da imprensa argentina pela classificação na "mão grande". Contribuem para essa sensação as declarações arrogantes do técnico Gallardo e do atacante Borré que lembrou da "Mano de Dios".
Por fim, outro fator, certamente menos relevante, mas que eu quis pontuar aqui: A rivalidade entre Boca e River. Os Xeneizes não engoliram a eliminação no episódio em que seus torcedores atiraram ácido e gás de pimenta nos jogadores do River Plate, justamente quando o Boca fizera 100% dos pontos na fase de grupos, o 1º encarando o 16º (River) numa edição da LA.
Imaginem o Boca Juniors sendo superado pelo Palmeiras esta noite, com certeza, também exercerá uma pressão para que o tradicional rival tenha o mesmo destino, nem que seja numa "penada" do Tribunal de Penas.
É difícil? É, entretanto, uma hora o mundo esportivo terá que dar um basta a malandragem espúria que a maioria imaginava demodê.
Sobre o VAR: ele abre o precedente para o uso assimétrico e seletivo do recurso. Tivemos um gol irregular validado, e um gol duvidoso sofrido (na minha opinião, é debatível quanto à intenção do Bressan em colocar a mão na bola).
ResponderExcluirO VAR não está pronto ainda. Não por questões técnicas, mas pela política e guideline de seu uso.
Infelizmente, tenho motivos para acreditar que o Grêmio foi garfado e tem o DEVER de fazer o máximo de barulho possível além da reclamação da presença de Gallardo.
Mesmo sem intenção, Bressan se beneficiou do toque, a regra é clara, penalti bem marcado. Azar do estabanado zagueiro.
ExcluirGláucio, eu sou crítico de alguns jogadores como Marcelo Oliveira, Marcelo Grohe, Jael, Kaio, Ramiro e Bressan, mas desta vez, o que se pode dizer é que este último foi azarado. O primeiro cartão foi pelos agarra-agarras do primeiro tempo.Ele pagou o pato.O pretenso pênalti, nem o Scocco reclamou.
ExcluirNessa, Eu o livro da culpa.
Caco
ResponderExcluirExatamente! Independente do resultado, é dever dos dirigentes buscarem reparações.
Além disso, uma eventual vitória (eu chamaria de justiça) vai colocar o clube na decisão da Libertadores. Não é uma fase de grupos.
Penso que há falta de transparência no VAR. Explico: no voleibol ao ser pedido o desafio todos(jogadores, técnicos, torcida e árbitros) aguardam olhando o vídeo e a resolução do lance. Se isso fosse adotado no futebol evitaria que houvesse discussões e brigas pois todos estariam vendo no detalhe o que ocorreu. Os árbitros do VAR estão muito preservados, deveriam ser mais cobrados.
ResponderExcluirJoão; exatamente isso; acho que vai evoluir, chegar a essa adoção. Caso contrário, vira motivo para classificações como a do Bolzan Jr., "caixa preta" que deve ser desvelada.
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