Ter Atitude
O time do Grêmio é superior ao do Inter, isto
não significa que seja favorito no clássico; clássicos não possuem favoritos.
Onde está a diferença que faz uma verdade
quase "absoluta", qual seja, a do Grêmio estar superior ao Coirmão, ser
confrontada?
Está na atitude dentro de campo.
Patrick, meio-campista do Inter, utilizando
uma expressão exagerada de torcedor, "não joga nada".
Patrick é jogador de Caxias, talvez, Náutico,
quem sabe América Mineiro. Não será nunca cogitado para vestir a Amarelinha do
Selecionado Nacional. Depois que sair do Inter, ele vai passar por um grande
decadente do futebol brasileiro, tipo Vasco ou Botafogo, mais tarde, clubes da
Série B. Todos sabemos disso.
Ele olha a majestade do Gigante da Beira-Rio, visita o
Museu do Inter, ouve histórias dos torcedores sobre Figueroa, Tesourinha,
Falcão ... Aí, pensa: - Como é que eu estou aqui? Isto não me pertence.
Por tudo isso, Patrick joga cada partida como
se fosse a última, disputa cada lance como se fosse o único prato de comida
existente; então, ele vira útil, vira atleta de grande clube, jogador
imprescindível.
Patrick numa mesa toma a sopa do peão com
colher de pau, levando a cumbuca aos "beiços", fazendo "schlep,
schlep" observado pelos seus adversários tradicionais que vestem azul,
que levam à boca uma xícara de chá, tendo o cuidado de posicionar corretamente
o dedo mínimo, fazendo a mesura que a etiqueta recomenda.
O sucesso recente do Tricolor teve sua
superioridade técnica, tática e individual, aliada a uma imposição anímica e
física. Se empatar nestes dois últimos quesitos, ele desequilibra
favoravelmente os confrontos por ter, exatamente, mais técnica, tática e
individualidade na maioria dos jogos.
Se Renato não conseguir recuperar a atitude, a
imposição anímica, de nada importará o presidente lhe dar a mão-de-obra
solicitada.
Hora do gestor de grupos, sem dúvidas.
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