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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Opinião



Nocaute

Deixo um aviso ao pessoal que acompanha o blog: quase não tratarei do Grêmio, pelo menos, não diretamente. Basta dar uma olhada na última frase da postagem mais recente; a rivalidade vitamina a vida da Dupla Grenal que não precisarei explicar o porquê.

A lamentar; a perda de 52 milhões de reais que estava mais perto do Grêmio do que dos dois finalistas. Eles tiveram mérito, porém o demérito gremista foi maior. O hexa era o desfecho natural e esperado.

Para entender esta afirmação, basta ver que na pior partida do Imortal no ano, o CAP, em casa, contra dez na maioria da etapa final, venceu a disputa apenas na cobrança do derradeiro tiro livre das cinco cobranças. Pariu uma bigorna.

E o Inter? Aquele que tinha um percentual de quase oitenta por cento de aproveitamento em casa? Pois foi levando alguns jabs  aqui e ali, caindo na armadilha dos clinches  exagerados e matreiros dos paranaenses, até que veio um direto e um cruzado (gol de Cittadini). Ali, já perdia por pontos.  

De uma forma atabalhoada, partiu para a pressão e momentaneamente pôs o Furacão entre as cordas num corner (gol de López). Mesmo assim, era um arremedo de futuro campeão. Só por decreto mesmo.

Na etapa final, o treinador escolheu a pior tática (ingresso do ex-atleta Rafael Sobis) e o CAP viu que não precisava de tantas interrupções. O bicho não era tão feio.

No último round, os assistentes tinham a certeza que a vitória por pontos estava definida. Todos os assaltos foram vencidos pelo Atlético.

E aí, o ato final: Um swing (gol de Rony), golpe que, às vezes, é atribuído equivocadamente à iniciantes ou boxeadores de pouca técnica, desceu mortal e definitivo sobre o queixo do lutador favorito, segundo as apostas.

Ele beijou a lona e o juiz abriu a contagem. Era Nocaute.

Entre os espectadores, é certo que estavam o corpo diretivo e atletas gremistas. Riram, festejaram a desgraça do rival, porém, devem ter refletido: Esta Copa do Brasil era uma papinha.

Perderam o trem. 

10 comentários:

  1. Muito boa a tua "leitura" do jogo, Bruxo!
    Não gosto de times reativos, tipo Corinthians e Internacional.
    A vocação dos técnicos moldou os dois times dessa maneira.
    Medíocres fora de casa e "gigantes" em casa (às vezes, nem tanto). Porém, a concepção de futebol é sempre a mesma.
    O Athletico deu uma aula de futebol: bem jogado, rápido e de ótimo acabamento. Meteu a mão na grana e na taça, merecidamente.
    Méritos do planejamento acurado da direção e do técnico Tiago Nunes.
    Afora a decisão em pênaltis, que existiu somente pelo "salto alto" tricolor na Baixada, os paranaenses fizeram quatro jogos contra a Dupla GRENAL. Três vitórias e uma derrota. No final, o que conta é isso.
    No futebol, a história lembrará dos vencedores. Mesmo que eles tenham atingido a plenitude por um vacilo dos perdedores.
    Foi o caso do "Furacão". Taça em boas mãos, coroando um trabalho sério e dedicado. Não existe improvisação para quem quer conquistar títulos.

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    1. Mais algo a lamentar: A campanha oportunista de parte da mídia com o tal de "Copa dos Gaúchos". Baita desserviço.

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    2. E o pior de tudo: "nosso bairrismo" começou bem antes. Basta lembrar que já miravam uma semifinal gaúcha, na Libertadores. Isso incomodou um pouco os dois grandes centros esportivos do Brasil. Hoje, sofremos as críticas. A mesma imprensa gaúcha, que repudia o esquecimento deste garrão do Brasil por outros centros, no quesito futebolístico, às vezes se perde, quando imagina ser aquele que pratica o melhor futebol que se vê nos campos brasileiros. Ora, o Athletico mostrou que não é bem assim. Discurso não coloca taça no armário. Eu lembro da Seleção Brasileira de 1982. Cantada em prosa e verso, eu sei, mas lá no quadro da FIFA, a Itália reina como a Campeã do Mundo. Se merecido o título, são outros quinhentos. Isso fica para os pesquisadores e historiadores contarem para a posteridade.

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    3. Saudações Alvirubro!
      Também não sou muito fã dessa escola reativa de futebol, quando é só "na defesa" não dá. Um time que não sabe propor o jogo está sempre mais próximo de ser engolido taticamente pelo adversário. Você pode jogar no contra ataque, mas se o adversário lhe dá a bola tem que saber aproveitar, o equilíbrio é a chave.
      Espero que Odair repense seus conceitos e mude algumas das características do seu jogo, afinal ele fez um bom ano colocando o Inter na briga em todos os campeonatos. Mas ficou preso na sua tática, faltou soltar um pouco mais a equipe ofensivamente, saber trabalhar melhor a bola e envolver os meias e os atacantes no jogo.
      Inter e Grêmio foram vitimas da sua própria soberba junto ao oba-oba e clima de já ganhou criado pela imprensa. Só esqueceram de combinar com o Furacão.
      Méritos do Tiago Nunes e seus jogadores que contrariaram as expectativas e jogaram um futebol de gente grande, aproveitaram os vacilos da dupla e conquistaram uma taça importante pra consolidar esse processo de crescimento do Athlético.

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    4. Ótimo comentário! Tua visão de futebol é muito parecida com a minha. Sem reparos.

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  2. Já passei da idade de me incomodar com futebol, mas confesso que nos últimos anos duas derrotas me perturbaram, River ano passado e Athético nesse ano. Essa de 2019 então nem se fala pq nosso time era mais qualificado, mais cascudo e tinha boa vantagem.
    Somente uma improvável conquista da América vai abafar essa frustração.

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  3. Carlos
    Concordo. Só uma improvável conquista de Brasileiro (pensamento mágico) ou a conquista da LA para amenizar a frustração.

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    1. Sobre conquista do Campeonato Brasileiro: o Internacional completará 40 anos sem um título. O Grêmio está a menos tempo na fila. Só faz 23 anos que conquistou o Bi-Nacional.
      Ora, mesmo que outras taças tenham ido para as prateleiras da Dupal GRENAL, após as conquistas citadas, em 1979 e em 1996, elas não diminuem a importância de conquistar o título do campeonato brasileiro.
      Jorge Jesus, técnico do Flamengo, há duas ou três semanas falou desse apego dos clubes brasileiros aos torneios de mata-mata.
      Ele não entende como os clubes deixam para trás o principal campeonato do Brasil para se dedicar a um certame tipo roleta russa.
      Em todo o caso, é cultural.
      Da minha parte, eu acho que essa postura, na busca de títulos em torneios internos, deixando de lado o campeonato de pontos corridos, está ligada à necessidade das gestões em acumular taças. As mais fáceis de conquistar, devido aos atalhos. Mesmo que as taças sejam pouco representativas.
      Um exemplo claro disso: o Gauchão. Todos sabem que o Gauchão não vale absolutamente nada. Mas para quem perde o caneco, vale muito. Porque a crítica vai ser pesada. O torcedor não perdoa. Marcelo Medeiros e Roberto Melo já disputaram três certames gaúchos. Não venceram nenhuma vez. No RS, isso é um desastre.
      Aliás, das onze disputas em que a dupla Medeiros / Melo esteve presente, em 2017, 2018 e 2019, foram eliminados em todas. Não ganharam nada!
      Então, confirmando o que eu escrevi acima, a única possibilidade de ganhar alguma coisa é em mata-mata. Porque, em campeonato de pontos corridos, não há competência e nem capacidade para a conquista.

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  4. Alvirubro
    Acho a gestão de Medeiros excelente; aquela turma anterior quebrou o Inter, um dos integrantes segue flutuando no imaginário colorado apesar de acumular mais fracassos do que vitórias, isso sob os "auspícios" de uma grande empresa de comunicação, basta ver que agora, próximo da conquista de um título, botou a cabeça de fora, novamente. Com a derrota, ele volta para a reclusão desde que estouraram escândalos na gestão em que ele era partícipe ou próximo dela. É um fato, não quer dizer que estava envolvido.

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    1. Bruxo, eu chamo o personagem de "as sombras que se mexem nos corredores do Beira-Rio. Não gosto dele!

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