Pequenas Histórias (234) - Ano - 1983
O Maestro Vesgo
Fonte: https://medium.com/ |
Neste Domingo, a RBS vai oferecer um presente especial aos torcedores azuis, o jogo de Tóquio, Dezembro de 1983. Inesquecível !!!
Sempre que assisto, lembro que estava trabalhando naquela noite e ficava de canto de olho para uma Philco 14'', preto e branco à minha esquerda, postada no chão.
Todos sabemos que Renato teve a atuação de sua vida; foi absurdamente decisivo e tomou para si o ponto mais rutilante daquela conquista. Foi herói, foi Imortal.
Entretanto, há uma outra forma de contemplar aquele jogão, "desviar a visão" do lado épico e pontual dos gols do camisa 7 e postar os olhares como um vesgo, aliás, cravá-los para o camisa 11 Mário Sérgio. Ele, o grande maestro técnico e tático, que se imaginava que seria Paulo César Lima, o Caju; figura discretíssima na capital nipônica.
Essa dupla, Caju e Mário Sérgio chegara para resolver o buraco que o meio de campo sofreu com a saída de Tita, o craque da Libertadores. Um teria que resolver. Na mosca! um resolveu.
Mário Sérgio estreou diante do Novo Hamburgo no Olímpico no dia 12 de Outubro, portanto, dois meses antes do enfrentamento diante do Hamburgo, aliás, seu último jogo.
Fez apenas 11 partidas, anotou dois gols (Juventude e São Borja); entrou para a galeria dos inesquecíveis do Imortal. Vide, Mário Sérgio.
O Tricolor bateu o Nóia com gols de César e Róbson. O primeiro, um cruzamento seu para a cabeça do iluminado centro avante no final da primeira fase, 42 minutos. O segundo, 26 da etapa final.
Já nessa apresentação inicial, o Vesgo, não por possuir esse detalhe físico, mas por ser detentor de visão genial e enviesada na improvisação do passe, legado do futebol de salão (futsal); exibiu a sua arte maravilhosa, que fez dele um malabarista da bola e um condutor exemplar das ações do meio de campo e ataque por onde passou.
Mário Sérgio se foi naquele fatídico dia de final de Novembro de 2016, deixando saudades pelas obras-primas que realizou em seu ofício de mestre da pelota.
Deixo um pedido especial: olhem o Mago nesta reprise de Grêmio versus Hamburgo. Sairão gratificados pela aula de futebol.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
Fez apenas 11 partidas, anotou dois gols (Juventude e São Borja); entrou para a galeria dos inesquecíveis do Imortal. Vide, Mário Sérgio.
O Tricolor bateu o Nóia com gols de César e Róbson. O primeiro, um cruzamento seu para a cabeça do iluminado centro avante no final da primeira fase, 42 minutos. O segundo, 26 da etapa final.
Já nessa apresentação inicial, o Vesgo, não por possuir esse detalhe físico, mas por ser detentor de visão genial e enviesada na improvisação do passe, legado do futebol de salão (futsal); exibiu a sua arte maravilhosa, que fez dele um malabarista da bola e um condutor exemplar das ações do meio de campo e ataque por onde passou.
Mário Sérgio se foi naquele fatídico dia de final de Novembro de 2016, deixando saudades pelas obras-primas que realizou em seu ofício de mestre da pelota.
Deixo um pedido especial: olhem o Mago nesta reprise de Grêmio versus Hamburgo. Sairão gratificados pela aula de futebol.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
Um verdadeiro craque da bola, Mário Sérgio foi um "arrumador" de time. Um jogador de muita técnica e capacidade intelectual acima da média.
ResponderExcluirFoi muito mais um "servidor" ou um "garçom" do que, efetivamente, um definidor de jogada.
Por curiosidade, fui atrás dos números dele, no Campeonato Brasileiro, desde 1970, último ano da Taça de Prata, que deu lugar logo em seguida, em 1971, para o que chamamos de Campeonato Brasileiro.
Foram 203 jogos e 16 gols marcados na história do Brasileiro (1970 - 1987). Não participou em 1971 e em 1986.
No Campeonato Brasileiro, incluindo o de 1970, atuou por Flamengo-RJ, Vitória-BA, Fluminense-RJ, Botafogo-RJ, Internacional-RS, São Paulo-SP, Ponte Preta-SP, Palmeiras-SP e Bahia-BA.
Mário Sérgio, que não era afeito a marcar muitos gols, deu qualidade ao futebol praticado pelos clubes onde passou.
Um jogador que merece todas as homenagens a ele dirigidas.
Sou um fã de Mário Sérgio.
Também sou fã de carteirinha; fez mal a si próprio que o impediu de disputar pelo menos uma Copa, 78 ou 82.
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