Incontestável
Num olhar mais calmo, a campanha do Grêmio não é tão ruim; vencendo o jogo atrasado, o Tricolor "encosta" nos líderes com todo o returno pela frente. Além disso, recebe e receberá reforços, em tese, para a titularidade. Sim, é possível, buscar o Brasileirão. Então, onde está a razão para tanta ira contra a Direção e, em especial, contra o técnico Renato?
Arranco, dizendo que, realmente as chances são boas de botar a mão no caneco, mas procede a ira da torcida, porque ganhar Gauchão é normal, segundo, classificar na fase de grupos da Libertadores no atual estágio gremista é obrigação, terceiro, para quem entra nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, chegar entre os quatro (semifinal), igualmente, é obrigação. Resumindo; o que se tem de "campanha satisfatória", não é exatamente assim como propagam Direção e Treinador. A Libertadores e Copa do Brasil para as exigências do momento que vive o clube, estes torneios não "começaram".
O que parece contraditório - boas chances x ira da torcida, está relacionado com o desperdício de pontos incompreensíveis (reservas diante do Ceará na segunda rodada, empatar com o Corinthians na pior fase dele no Brasileiro, perder para o, então lanterna, Sport Recife em casa, empatar com o Fortaleza na Arena). São nove pontos que foram pelo ralo, sete deles como locatário.
As escalações de atletas sabidamente em má condição (física, psicológica ou/e técnica), a preterição de juniores promissores, a indefinição de um sistema de jogo; formaram o grande "cadinho" que temperou o humor da massa gremista.
Entretanto, se o que foi relatado acima é passível de contestação, de discordâncias, reservei um derradeiro argumento de que as coisas não andam bem pelas bandas do Humaitá, um incontestável: Se Tetê, que escrevi em Fevereiro de 2019, talvez o maior jogador revelado pela base nas últimas duas décadas, estivesse no Tricolor hoje aos 20 anos, por certo, estaria ganhando "casca" no time de transição para, quem sabe, daqui há dois anos ser "lapidado", entrando de vez em quando, no time principal, algo que ocorre com Ferreira, 23 anos incompletos ( faz em Dezembro) que sofre para ganhar migalhas de minutos em campo, apesar das evidências da excelência de seu futebol e da ruindade de seus concorrentes.
Repito: pode-se discutir todos os elementos que escrevi, exceto este último parágrafo, pois, desconfio que os ucranianos não são tão estúpidos para colocar um menino a disputar a Champions League, mesmo que não tenha disputado profissionalmente sequer o glorioso Gauchão, sem ver nele o grande potencial que o presente materializa.
Apostar no bruxismo e relegar a plano muito inferior os garotos da base é o maior erro, a maior indisposição do treinador com a torcida.
O limite da tolerância passou por essa triste combinação.
Exatamente. O conjunto dessa obra (que vem sendo construída desde 2019) é que acabou com a paciência da torcida.
ResponderExcluirOs discursos, incoerências em aproveitamentos x contratações...é muita coisa pra relevar devido aos títulos e 16 e 17.
Sobre os últimos jogos, vamos lembrar que todos foram contra times ou da zona de rebaixamento, ou da série B, e só não levou empate do Juventude por ruindade deles.
De qualquer forma, antes vencer, do que perder, mesmo jogando mal. Vitórias trazem confiança, o clube tem que ter sabedoria pra não transformar em soberba.
Glaucio
ExcluirPode ser que as manifestações (aqui, ali) dos jogadores ajudem a mudar a atitude dos dirigentes.
Boa análise, Bruxo! Até tinha comentado quanto a campanha outro dia. A gente sabe que mesmo mal o Grêmio tem totais condições, pra não dizer obrigação, de chegar na zona de classificação pra Libertadores no Brasileiro, chegar nas semis da Copa do Brasil e dado o sorteio favorável a semis das Libertadores são totalmente "chegáveis". Ainda mais nesse ano atípico de pandemia com o futebol nivelado por baixo.
ResponderExcluirO problema é o trabalho que vem sendo feito, ou melhor, não vem sendo feito. O Grêmio Campeão de 2016-2018 ficou pra trás e clube regrediu de lá pra cá, desde a triste(e roubada) derrota pro River naquela semifinal o Grêmio vem caindo e caindo. O trabalho de Renato não vem rendendo e não dá mostras de que vai evoluir. E a pior parte é que o clube tinha tudo nas mãos pra ser muito mais: Um grupo campeão, uma base revelando talentos e as finanças em dia. Mas fizeram o contrário, péssimas contratações que não deram certo em campo, sugaram dinheiro do clube e geraram atrito com a torcida: André, Tardelli, Thiago Neves e o mais recente Robinho. A situação do não aproveitamento da base, com jovens promissores sendo preteridos por veteranos amiguinhos do treinador e as vezes os jovens sendo alvo de criticas publicas enquanto pros boleiros o tratamento é outro, ainda temos que ver em quase todos os jogos os comentaristas e narradores soltarem "os meninos do Renato". A insistência nos mesmos erros. Sem falar o futebolzinho meia boca que o time vem apresentando, visivelmente mal treinado e mal escalado. Soma-se aí a postura arrogante e irredutível do Renato ao longo desses anos e a submissão da direção aos desmandos dele. Uma hora o torcedor cansa e o cansaço parece ter chegado com força.
Lipatin
ExcluirFrase cruel, mas verdadeira: ".. E a pior parte é que o clube tinha tudo nas mãos pra ser muito mais".
Bom dia, Bruxo. Então. Classificar na Libertadores é obrigação em qualquer estágio. É verdade que apesar de todas as classificações que já ocorreram, muitas acabaram nas oitavas. Mas é o mínimo que se pede para um clube do tamanho do Grêmio.
ResponderExcluirSobre o rural, por mais "normal" que seja para mim poderia ser deixado de lado, desde que o rival fizesse o mesmo e o clube focasse numa pré temporada forte, procurando amistosos. Nem que seja com clubes de fora. Esses "pequenos" da América. Ao menos assim, o clube teria uma visão mais ampla do que enfrentaria numa Libertadores. Mas isso é apenas um devaneio e algo impossível de acontecer. Seguimos então, no rural. Ganhando do Pelotas e perdendo pro Caxias.
Aí como disse o Gláucio a incoerência na reformulação do elenco. Saem jovens promissores a futuros craques, entram veteranos em fim de carreira com histórico de lesão ou coisa pior... Por último, um dos piores primeiros 45 minutos já visto em 4 anos de portallupismo... Contra um time que foi vendido à marca do boi vermelho e tudo por bruxismos que todos estão cansados de ver.
O modorrão, como é chamado por aí não é e nunca foi prioridade desde 2003. Exceto 2008, pois não havia nada a ser jogado se não ele. Se não tivéssemos as duas copas para jogar, com certeza o cenário poderia ser diferente. Mas não é. Será eternamente esta gangorra sem graça nenhuma. Não enquanto tiver as outras duas concorrentes.
Dos que já ganharam a Libertadores, apenas a dupla, o galo mineiro não ganharam esta porcaria. Até o Fluminense já ganhou e nem Libertadores tem. Credo. Não mencionei o Vasco, pois este jamais ganhará o certame. Está tão quebrado quanto ao Botafogo.
Do jeito que a gaiota anda, é bem possível que o jejum mineiro acabe este ano, mas é difícil e em seguida digo o motivo. Pode ficar pior... Aquele outro jejum como tu mesmo já mencionou numa outra postagem, quando comparou esta campanha, com a de 79.
Espero que o São Paulo, clube do presidente da corja de bandidos do futebol supere o desejo do seu vice novarleto. Pois o Flamengo, parece estar descompromissado com a causa, pois é o ÚNICO que pode levar com sobras... E por estes três motivos, o galo mineiro e o urubu podem virar canja pro santo e o pro saci.
Rodrigo
ResponderExcluirAcho que o Coudet faz milagres com esse time, mais ainda, milagres e um "santo", Thiago Galhardo, que pode estar em estado de graça e não ser tudo o que aparenta ser, mesmo assim, se o Grêmio se ajeitar um pouquinho, chega entre os três primeiros.
Léo Chu "jogando um bolão". Ainda é do Grêmio?
ResponderExcluirPutz! Esqueci destes jogos da quarta-feira.
ResponderExcluirÉ do Grêmio sim.
E o "peixe" afogou-se!!!
ResponderExcluirE sobre o "vencendo o jogo atrasado" temos um problema: será entre os dois jogos contra o Guarany. Então é provável que tenhamos um time reserva.
ResponderExcluirJoão
ResponderExcluirProblemaço, porque, neste caso, se justifica poupar.