Seguem as Análises da Derrota
Uma derrota retumbante com a de 4 x 1 para um time visivelmente inferior, dá margem para longas discussões, análises sensatas e outras, verdadeiras "viagens" com teses ou justificativas insustentáveis, fáceis de serem comprovadas as suas inconsistências.
Um importante cronista do cotidiano que, às vezes, envereda para o tema do futebol, quase sempre dando grandes furadas, escreveu esta que diz que o Grêmio deixou de ser copeiro. Verdade. Até aí, tudo bem; o problema é que para justificar, ele buscou a virada do River Plate em cima do Grêmio aos 37 minutos do segundo tempo (2018, Arena). Escreve que "...time copeiro, tendo essa vantagem nas mãos, não deixa o adversário virar".
Gente! O River deixou de ser copeiro, quando tomou a virada do Flamengo nos acréscimos do segundo tempo ano passado? Claro que não!
Outro jornalista disse que com esse meio de campo frouxo na marcação, o time toma muitos gols? Ah, tá! Pergunto: qual é a defesa menos vazada do Brasileiro. Como ficar 18 jogos invictos desta forma como um meio de campo defeituoso, segundo ele?
Alguém pode argumentar que o Grêmio pegou muita baba nesta sequência sem perder, mas e os outros clubes, por que não conquistam esse número ou será que só jogam clássicos ou enfrentam pedreiras?
O que houve foi um equívoco monumental de estratégia para encarar o Santos, seja na postura tática, seja no fator anímico e nas escolhas do treinador. Um conjunto desafortunado de más decisões. Algo semelhante ocorreu com o Boca Juniors diante do Coirmão; por sorte para ele, Lindoso e Peglow jogaram suas cobranças para a arquibancada. Um dos clubes mais experimentados da América, ganhou a vaga com muita reza.
Não pode um time ter sessenta e pouco porcento de posse de bola e a estatística apresentar mais gols, mais situações de gols, mais efetividade no outro com "apenas" trinta e pouco porcento dessa posse nos dois jogos.
O Grêmio não soube se preparar para encarar o Santos. Como era mata-mata, esse descuido foi imperdoável, ou melhor, irrecuperável.
Resta saber, se finalmente, esse tombo renderá uma correção de rumo na condução do time.
Perfeito Bruxo!
ResponderExcluirMe incomoda esse reducionismo, essa tentativa de encontrar um culpado fácil pra resolver um problema difícil; isso esconde o muito que há por baixo da ponta do iceberg.
A inação, apatia, a falta de uma estratégia definida para eventual revés no placar (algo, convenhamos, nada heterodoxo considerando que jogávamos fora) me causa muito mais preocupação que o meio de campo ou as laterais.
O MH sai driblando dentro da área faz muito tempo, só agora que perdeu chamou atenção? O erro do JP não me preocupa, a displicência na jogada sim, mais do que habilidoso (e ele é muito) precisa ser competitivo.
Mas, como tu mesmo disse, quando todos jogam mal, a culpa não tá dentro de campo.
PJ
ResponderExcluirExato! O foco fica desviado.
PJ
ResponderExcluirHá outro elemento pouco valorizado, mas que contribui para a desvantagem gremista nos dois confrontos: o histórico do duelo Cuca x Renato. Em 15, Renato ganhou uma única vez. Não pode ser coincidência.
"o histórico do duelo Cuca x Renato. Em 15, Renato ganhou uma única vez. Não pode ser coincidência."
ResponderExcluirTá explicado, não é coincidência.