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sábado, 19 de dezembro de 2020

Opinião




Seguem as Análises da Derrota

Uma derrota retumbante com a de 4 x 1 para um time visivelmente inferior, dá margem para longas discussões, análises sensatas e outras, verdadeiras "viagens" com teses ou justificativas insustentáveis, fáceis de serem comprovadas as suas inconsistências.

Um importante cronista do cotidiano que, às vezes, envereda para o tema do futebol, quase sempre dando grandes furadas, escreveu esta que diz que o Grêmio deixou de ser copeiro. Verdade. Até aí, tudo bem; o problema é que para justificar, ele buscou a virada do River Plate em cima do Grêmio aos 37 minutos do segundo tempo (2018, Arena). Escreve que "...time copeiro, tendo essa vantagem nas mãos, não deixa o adversário virar". 

Gente! O River deixou de ser copeiro, quando tomou a virada do Flamengo nos acréscimos do  segundo tempo ano passado? Claro que não!

Outro jornalista disse que com esse meio de campo frouxo na marcação, o time toma muitos gols? Ah, tá! Pergunto: qual é a defesa menos vazada do Brasileiro. Como ficar 18 jogos invictos desta forma como um meio de campo defeituoso, segundo ele? 

Alguém pode argumentar que o Grêmio pegou muita baba nesta sequência sem perder, mas e os outros clubes, por que não conquistam esse número ou será que só jogam clássicos ou enfrentam pedreiras?

O que houve foi um equívoco monumental de estratégia para encarar o Santos, seja na postura tática, seja no fator anímico e nas escolhas do treinador. Um conjunto desafortunado de más decisões. Algo semelhante ocorreu com o Boca Juniors diante do Coirmão; por sorte para ele, Lindoso e Peglow jogaram suas cobranças para a arquibancada. Um dos clubes mais experimentados da América, ganhou a vaga com muita reza.

Não pode um time ter sessenta e pouco porcento de posse de bola e a estatística apresentar mais gols, mais situações de gols, mais efetividade no outro com "apenas" trinta e pouco porcento dessa posse nos dois jogos.

O Grêmio não soube se preparar para encarar o Santos. Como era mata-mata, esse descuido foi imperdoável, ou melhor, irrecuperável.

Resta saber, se finalmente, esse tombo renderá uma correção de rumo na condução do time.



4 comentários:

  1. Perfeito Bruxo!
    Me incomoda esse reducionismo, essa tentativa de encontrar um culpado fácil pra resolver um problema difícil; isso esconde o muito que há por baixo da ponta do iceberg.
    A inação, apatia, a falta de uma estratégia definida para eventual revés no placar (algo, convenhamos, nada heterodoxo considerando que jogávamos fora) me causa muito mais preocupação que o meio de campo ou as laterais.
    O MH sai driblando dentro da área faz muito tempo, só agora que perdeu chamou atenção? O erro do JP não me preocupa, a displicência na jogada sim, mais do que habilidoso (e ele é muito) precisa ser competitivo.
    Mas, como tu mesmo disse, quando todos jogam mal, a culpa não tá dentro de campo.

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  2. PJ
    Há outro elemento pouco valorizado, mas que contribui para a desvantagem gremista nos dois confrontos: o histórico do duelo Cuca x Renato. Em 15, Renato ganhou uma única vez. Não pode ser coincidência.

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  3. "o histórico do duelo Cuca x Renato. Em 15, Renato ganhou uma única vez. Não pode ser coincidência."
    Tá explicado, não é coincidência.

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