O Exemplo está aí
Fonte: https://globoesporte.globo.com/ |
O Grêmio perdeu para o Santos e ganhou do São Paulo; para mim, o Tricolor paulista é muito superior ao clube de Pelé e o Grêmio é melhor do que o Santos e se equipara ao São Paulo.
A diferença das atuações do Imortal se resume a uma palavra: Atitude. Ela, logicamente é insuficiente, as conquistas passam por outros elementos, a qualidade do grupo, o maior deles. Só que na minha longa experiência de acompanhar futebol, não conheci campeões que possuíssem apenas técnica e uma boa tática. Nem a Seleção de 70 era só "futebol"; havia muita doação dentro de campo. Todos, sem exceção, eram comprometidos com a transpiração, até Gérson, o mais lento, sabia ser mais vigoroso, quando isso era necessário. Os Grêmios de 83, 95, 2017 e de outras conquistas, sempre tiveram atletas que contagiavam os demais com esses ingredientes decisivos, sem que isso implicasse truculência ou falta de qualidade. Um grande exemplo é Tita em 83, jogador extremamente técnico que não fugia do pau, nem abdicava da luta o tempo todo. Mário Sérgio era outro que sem dar carrinhos, sem ser desleal, trazia o dna do atleta irresignado diante das adversidades, dos obstáculos.
Resumindo: Não precisa ser brucutu para se "etiquetado" como raçudo, pegador.
O Grêmio com todo o envolvimento, concentração, raça, pegada, etc... na Quarta-feira passada, poderia ter perdido; pelo menos três chances reais aconteceram para o clube paulistano, entretanto, se entrasse como entrou contra o Santos, aí, a derrota não seria uma possibilidade, mas uma certeza. Na incapacidade paulista de converter em gols as chances, a vitória se descortinou para o Tricolor dos Pampas.
Escolhi uma foto emblemática de Walter Kannemann (contra o Corinthians), porque não encontrei aquela dele "cabeceando a bola rente a grama" neste duelo mais recente.
Se Kannemann faz o que faz, porque outros jogadores não conseguem? - É questão de característica, dirão. Eu rebato: é balela. A volúpia, a vontade, a gana de vencer é fator indissociável da juventude. Às vezes, até prejudica.
Pepê, Jean Pyerre, Darlan, Luiz Fernando, Matheus Henrique, Ferreira (este até que não), Rodrigues, tem obrigação de rever os dois jogos (Santos e São Paulo) e focar no que fizeram Diego Souza, Churín, Pedro Geromel e muito principalmente, Walter Kannemann (este, apenas num jogo).
Um clube para disputar títulos não pode abrir mão da transpiração. Senão, vai trocar a possibilidade de seguir sonhando com as taças pela certeza da desclassificação como exemplifica a queda na LA.
O Tricolor encontrou a forma/fórmula. É só repeti-la a cada disputa.
Para se classificar alguns jogadores precisam ser "dopados" com esse espírito.
ResponderExcluirPior que isso só ocorre com a porta arrombada. Uma Libertadores fácil de ganhar foi para o ralo.
ResponderExcluirEstá aí o exemplo da seleção brasileira de 82, uma das melhores mas que sucumbiu com aquela "atravessada" de bola do Cerezzo para o Paulo Rossi. Foi uma desatenção semelhante ao recuo do JP no jogo contra o Santos. Aliás, como há um exagero de recuos no futebol atual. Muitas vezes a bola está na intermediária do adversário e há um recuo para o goleiro. Outra coisa que o Grêmio faz muito e não concordo: cobrar escanteio curto. Isso só justifica-se quando o adversário está desatento. Caso contrário é arriscar-se a perder a bola deixando a "zagueirada" perdida.
ResponderExcluirOutra coisa que me irrita é cobrança de lateral, para nós é sempre no sufoco, irremediavelmente a bola acaba com o adversário.
ExcluirO contrário nunca ocorre, não pressionamos quem pode receber o passe.
Exato, PJ
ExcluirSão detalhes de treinamentos que a gente observa em times até com menos qualidade do que a do Grêmio e fica faltando em nosso time.
Exatamente; boa lembrança a de 82. Além destes recuos, outro movimento irritante é a "rodopiada" sobre si ou a famosa "enceradeira" que o Zinho era "mestre".
ResponderExcluirExato, Bruxo! Tem que jogar com garra, com vontade e determinação. Ser participativo com e sem a bola, buscado o jogo sempre. Belo exemplo do Mário Sérgio, serve pro Jean Pyerre: um meia tem que sempre tá buscando a bola e sem ela tem que se apresentar e também ir dar o primeiro combate no adversário.
ResponderExcluirLipatin
ResponderExcluirHoje, repito, hoje, Jean Pyerre está mais para Paulo César Lima, o Caju do que para Mário Sérgio; ambos jogavam muita bola, mas um deles, às vezes, botava as mãos nas cadeiras, imitando um açucareiro.
Eu em todos esses anos que acompanho futebol não recordo de ter visto um jogador semelhante a este argentino. Que honra poder dizer que no Grêmio há um jogador de tal tipo. Não sei a linhagem sanguínea que tem este hermano. Se é dos As, Bs, Ós ou ainda, dos ABs. Sabemos que o sangue é vermelho, mas tenho para mim que o sangue deste cidadão, se pudesse escolher a sua cor, escolheria o azul. É de uma vontade, uma raça que lembra esses seriados que vemos por aí. Seriados que tratam das guerras antigas, seculares. Dum tempo onde a força e coragem vigoravam, com a ajuda de um escudo e uma espada.
ResponderExcluirAinda não tenho netos. Muito menos filhos. Mas se um dia os tiver, terei imensa honra em falar com a boca cheia, de que no Grêmio jogou um zagueiro, de valor inestimável: Walter Kannemann.
Com certeza, Rodrigo
ResponderExcluirGeromel e Kannemann é a melhor dupla do Grêmio de todos os tempos; o resto é conversa de botequim.