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sábado, 30 de janeiro de 2021

Opinião



 Mejor no hablar de ciertas cosas

A postagem deveria ser intitulada "Histórias mínimas sobre comentaristas de Arbitragem", mas como estou ouvindo Sumo, uma grande banda argentina do falecido Luca Prodan, pesquei o nome de uma de suas músicas, porque tem a ver com o texto.

Corria o ano de 2001, Tite no Grêmio, Hélio dos Anjos no Juventude, campeonato gaúcho, dois jogos, ambos no Alfredo Jaconi, como se sabe, reduto caxiense, o primeiro, 1 a 0 para o Juventude, gol de pênalti de Dauri (ex-Grêmio), o segundo, 3 a 2 para o Tricolor. No primeiro, Carlos Simon no apito, no segundo, Fabiano Gonçalves.

Seriam jogos que não teriam nenhum adicional, além dos tradicionais condimentos; campo ruim, adversário renhido, estádio lotado, muita disputa, porém, o comentarista de arbitragem largou duas pérolas que entraram para confirmar o corporativismo infame que há entre a classe sopradora de apito. Vamos aos eventos:

a) Na primeira partida, o Juventude ataca pela direita, há o cruzamento e a bola bate na mão de Anderson Polga. Pênalti na opinião do comentarista, porque Polga, mesmo que não tivesse a intenção, ao abrir o braço, aumentou a "amplitude" de seu corpo, tirando proveito da situação, prejudicando o oponente. Penalidade bem marcada. Dauri cobrou e definiu o 1 a 0.

b) Segunda partida, o Grêmio (que venceria a partida) ataca pela esquerda, Paulo César Tinga cruza para a área e a bola encontra o braço aberto do volante Sídnei (mais tarde com o sobrenome Lobo, virou auxiliar técnico de Mano Menezes). Lance mais claro do que o de Polga. Fabiano Gonçalves não marca pênalti, apenas escanteio. Análise do mesmo comentarista da jornada anterior (letra A): acertou o juiz, porque o jogador não pode correr com os braços colados ao corpo, "calção não tem bolso", disse ele. 

Depois de recolher no chão os butiás que me caíram do bolso, passei a não dar atenção aos analistas de arbitragem.

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