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segunda-feira, 4 de julho de 2022

Opinião



O Artificialismo Nocivo 

Parafraseando o clássico de Zuenir Ventura, para os gremistas: 2021- o ano que não terminou. É isso; sai Renato, sai Tiago Nunes, Luiz Felipe, Mancini; entra Roger, sai Hermann, entra Abrahão e o clube vive uma de suas páginas mais constrangedoras de sua história. Os fatos se repetindo, más e caras contratações, treinadores com suas manias, dirigentes incompetentes, atletas medíocres sendo escalados "ad eternum", retórica afiada para justificar essas preferências e na prática, a descida ladeira abaixo.

São tantos erros que é muito fácil selecionar os maiores, os mais recentes. Um deles vem da boca dos dirigentes e da prática do treinador que é: "A Série B é muito difícil", "tem que saber jogá-la", etc... isso é um rotundo equívoco, porque o Grêmio não sabe, nem precisa saber jogar como um clube de Série B. Ele é da A e vai cumprir um ano "sabático", neste caso, jogando outra competição diferente de sua rotina, só não pode se transformar num clube desta série, pois não é. Tentar se transmutar, virar clube pequeno é de um artificialismo risível, inócuo e nefasto, pois para ser "de B", ele terá que passar algumas temporadas neste limbo e nenhum gremista vai querer isso.

Essa tentativa de se apequenar traz a ilusão que nosso elenco é muito ruim; não, não é. Ele é limitado, porém suficiente para, pelo menos, fazer um único golzinho num dos 4 ou 5 times mais bem classificados. Não faz, porque está infectado com o "vírus" da imortalidade às avessas, do saber sofrer, que eu traduzo como covardia e desconhecimento do tamanho da instituição que atuam/dirigem.

Dizer que está invicto há 10 jogos (ontem, ouvi isso) é o mesmo que um importante dirigente de 1991 (primeiro rebaixamento) disse: - não dá para entender, o Grêmio decidindo a Copa do Brasil e na zona do rebaixamento no Brasileirão - ou seja, era tergiversar. Em ambas as situações, o artificial era/é usado para encobrir a hecatombe que se aproxima/aproximou.

Esta tarde, nos momentos que o serviço permitia, eu analisava mentalmente as possibilidades do ascenso gremista e cheguei a conclusão que o Tricolor vai brigar com o Vasco pela quarta vaga. Bahia entendeu, Sport entendeu; eles foram buscar treinadores que tem identificação com a Série B. Lisca e Enderson conhecem os caminhos sinuosos da Segundona, porque são dessa essência, vivenciaram agruras reais, lutaram com obstáculos verdadeiros em seus clubes em edições anteriores. Não houve forçação de barra, nem situações "postiças", como as que o Grêmio engendra para transformar a sua subida num "clássico de superação".

Resumindo: 2022 pode ser chamado de A Queda- parte 2 ou Os Embalos continuam, porque os atores do rebaixamento, ou são os mesmos, ou novos, porém, com perfil de perdedores.


2 comentários:

  1. O vice falastrao já contratou 11 jogadores, imaginem o que está por vir...

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  2. Nem tinha notado. E o semestre se arrastou.bruxo

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