Impressões
Escolhi este título para dar margem a possibilidade de erro no que escrevo a seguir:
De tudo que ouvi depois do jogo, o que mais me preocupou foi o propósito da Direção de fazer uma manifestação na FGF sobre o "anti jogo" que supostamente o Brasil praticou ontem à noite na Arena. Uma sonora bobagem. A nova Diretoria parece repetir a anterior, quando embarca na "vibe" do atual comandante técnico, isto é, Renato começa a ter as rédeas do clube, infelizmente, ditando o que deve ou não deve a Direção fazer. O presidente, na prática.
Repito, a impressão que ficou é da incapacidade gremista de bater com tranquilidade um clube que está na Série D, mais ainda, que está em reformulação. Basta ver que o goleiro Marcelo Pitol fez uma única defesa na primeira etapa (cabeçada de Bitello) e outra na etapa final, o quase gol contra do zagueiro, no mais, Zimmerman amarrou o time do Grêmio. No resto, apenas intervenções ou "bolas atrasadas" pelos avantes gremistas.
Acho que daí, decorre a irritação do treinador gremista, ele busca desviar o foco da jornada infeliz que o Tricolor realizou. Para mim, o juiz, embora jovem, foi muito bem; deu 12 minutos de acréscimos, distribuiu os cartões amarelos com critério e o vermelho foi para quem já havia sido advertido anteriormente. Nada anormal; aliás, até o corte que Reinaldo sofreu, se originou de uma jogada acidental.
Além disso, Zimmerman foi inteligentíssimo na coletiva, lembrando o jogo contra o São Paulo, Copa do Brasil, que o Tricolor gaúcho realizou e eu acrescento outro contra o mesmo São Paulo no Morumbi em 2013 pelo Brasileirão, vitória com gol de Vargas e grande atuação de Dida, quando o Grêmio de Renato jogou "por uma bola" e saiu vitorioso. Se Renato falou que com o elenco de 200 milhões de reais, o Flamengo tinha obrigação de superar os adversários, o mesmo raciocínio vale (proporcionalmente) para o confronto desta Quarta-feira. A distância do clube do interior para o Grêmio é abissal, no plano financeiro.
E o Tricolor só foi vencer um time que ficou com 10 atletas desde o segundo minuto da etapa final no "apagar das luzes" pelo mérito de Suárez; fosse um centro avante "bronco", o chute seria de bico ou um "bago" em cima do arqueiro, que garantiria o empate. Marcelo seria eleito o melhor em campo e seria chamado de "milagreiro" pelo resto de sua vida esportiva.
Infelizmente, o Grêmio dá indícios de uma recaída, uma mesmice, que transformou o clube numa letargia em 2019, 2020, que associada a outras medidas absurdas, levou a agremiação ao seu terceiro rebaixamento. Lógico, não vai cair, mas, repito, parece que o progresso de ter qualificado o elenco ficará incompleto, se o treinador não for cobrado em suas verdadeiras atribuições dentro de uma engrenagem, onde ele é importante, porém, só uma peça intermediária do coletivo.
Vale lembrar que o presidente do Grêmio é Alberto Guerra.
Se o Guerra escolhe outro técnico perde a eleição ele não tinha escolha mas agora não precisa se submeter a tudo.
ResponderExcluirO Renato é isso aí vai dar letrinha em toda entrevista e no campo nada, só roda bola de um lado para outro e nada , chuverinho na área, já colocou dois centroavantes no final do jogo, nenhuma tabela pelo meio, sem infiltração, tudo a mesma coisa... espero que melhore pois se seguir nesta linha é torcer pelos 45 pontos.
Não é para tanto, lutar para não cair; mas o time precisa evoluir, se não a arrecadação cai, Suárez pede as contas e os boletos chegando...
ResponderExcluirCara, eu discordo. O Grêmio não deu pontapé nem fez provocações varzeanas como o Brasil de Pelotas. Foram proporções totalmente diferentes de anti-jogo. Naquele campeonato do Vargas o Grêmio foi vice campeão. Não o seria se adotasse o comportamento do adversário da quarta-feira.
ResponderExcluirAcho que cabia tanto uma manifestação pública (entrevista) como a formal agora. Senão vira esculhambação o campeonato.
Quanto aos problemas de mecânica da equipe, concordo. E vou além, o problema do Renato pode ser o auxiliar. Se o forte dele é a gestão de grupo, e é consenso isso, então que tenha um estrategista para complementar o combo. Muitos desses treinadores com status tem toda uma equipe por trás enquanto eles ganham o crédito. O carioca da pranchetinha tem assunto a rodo na hora de preparar um reserva na beira do campo, mas quando o cara entra, a gente não vê nada de diferente.
Das três (agora quarta) passagens do Renato pela casamata do Grêmio, ele foi bem em todas, com tres esquemas diferentes. Problema que os títulos só vieram com o 4-2-3-1 e ele parece não querer abdicar do formato.
Vinnie
ResponderExcluirEste é uma das qualidades do Renato, ele consegue adaptar o esquema, conforme os atletas. Em 2013, a zaga era Werley, Bressan e Rhodolfo e, salvo engano meu; foi a menos vazada ou segunda menos vazada do Brasileirão.
De qualquer forma, as poucas chances de gol do Grêmio, não foram consequência do anti jogo Xavante.
Concordo, o Grêmio jogou menos do que deveria.
Excluirhttps://www.uol.com.br/esporte/futebol/campeonatos/brasileiro/serie-a/ultimas-noticias/2013/09/29/sao-paulo-x-gremio.htm
ResponderExcluirOlha, parcialmente concordo com o texto e os comentários, mas, mas há controvérsias.
ResponderExcluirCreio que o árbitro foi muito conivente com a cera. Doze minutos foram poucos. Deveria pegar um gancho pra refletir melhor.
Se acostumem, torcedores e árbitros, será assim nos dois anos de contrato do Suárez (ao menos com a quase maioria). Muita, muita paciência. Inclusive a equipe terá que exercer a paciência e a insistência. Jogar como martelo, batendo até o prego entrar. O São Luiz é que foi muito corajoso.
Quanto a dois centroavantes, Diego Souza entrou um pouco recuado para ajudar o meio. Não esqueçam que ele era meia de origem.
Concordo que se fosse o Diego Souza, não teria feito aquele gol. Nenhuma crítica a ele. Tanto que aplaudi sua renovação. Creio que ajudará muito e é possível até manter a média de gols.
Vencer uma equipe da série D ou Z, tanto faz. Difícil como qualquer outra hoje em dia. Costumo assistir o futebol europeu. Pois nestas últimas semanas os grandes da Inglaterra, Portugal, Espanha, Itália têm sofrido para vencer equipes das séries inferiores, em suas Copas. Por exemplo: o Real Madrid, o REAL MADRID, visitou o Cacereño da quarta divisão e sofreu pra vencer de 1x0.
Mal começou o ano, atletas se adaptando, técnico querendo descobrir o melhor de cada um, todos jogando sem nunca terem jogado juntos. É uma injustiça concluir que entramos na “letargia” de anos anteriores onde estávamos perdendo peças importantes e “outros” problemas. O momento é diferente.
O Manchester United venceu o Notthingham Forest, por 3x0, antes de ontem, no esquema 4-2-3-1. O esquema depende do que você tem em mãos, o adversário e as preferências do técnico. Esta salada de números é um mero olhar num esquema que varia durante uma partida. O Grêmio em 16/17, sem a bola, tinha duas linhas de quatro para se defender.
Quanto a Renato ter mais um auxiliar, é plenamente aceitável. Buscar outras ideias para haver o contraponto, refletir.
No final ficou o título: (somente) Impressões.
Verdade, Arih. Tive esse cuidado no título.
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