Externei aqui a minha irritação pela contratação de Rochet pelo Inter, depois do Grêmio ter a oportunidade de buscá-lo no Nacional do Uruguai.
Não se trata apenas de um goleiro excelente, mas uma daquelas figuras que mudam a fotografia do time, algo como De León, Adilson Batista, Fernandão, D’Alessandro. Vem no combo a liderança positiva.
No caso desta posição, a de goleiro, julgo, salvo raríssimas exceções, que um grupo forte começa por um arqueiro diferenciado. Alguém poderá dizer: É! Mesmo com Rochet, o Colorado perdeu, de novo. Verdade; porém, se só um goleiro diferenciado bastasse, então, o ideal era “meter” um time de juniores. O resto seria com o arqueiro.
Não é assim, lógico, mas há exemplos inequívocos que um grande “goal-keeper” conduz uma boa campanha, isso, quando não é decisivo nos títulos: Manga na final em 1975, Leão em 1981 e o vice essencial de 82, que habilitou o clube para a LA de 83. Aliás, neste mesmo ano, tenho convicção, se fossem Leão no gol e Careca como centro avante, a Copa do Mundo da Espanha seria da Seleção de Telê Santana. O primeiro foi preterido, o segundo, uma lesão inviabilizou sua participação.
Ontem, Romero, veterano goleiro argentino de muitas Copas do Mundo nas costas, foi responsável direto pela classificação do Boca Juniors para a final da Libertadores. Para reforçar isso, vale lembrar que nos mata-matas (oitavas, quartas e semi) o clube portenho não ganhou nenhum confronto, todos eles passou nos tiros livres, isto é, pela atuação de seu goleiro.
Romero tem 36 anos, exerce uma liderança semelhante à de Rochet, inclusive, biografia superior a do uruguaio, atua num país que está com problemas econômicos, portanto é viável a sua contratação. O Grêmio não soluciona a questão do arco, se não quiser.
Está caindo de maduro.
Seria uma contratação de quem pensa em grandes títulos, mas não vejo tal ambição no Grêmio, a ideia do Grêmio é "deixar o bolo crescer para então repartir", sem a noção que time derrotado não faz dinheiro nunca. A ousadia do Inter na janela de contratações é um risco que ou se corre ou só resta se conformar em copar vagas. Gerir futebol exige riscos, que se minimizam com conhecimento e competência, mas riscos nunca se reduzem a zero, não há espaço para amadores, e nesse ponto o Grêmio está atrasado (pior: conformado em deixar tudo para renato "comigo joga", emérito queimador de talentos e bancador de ex-jogadores.)
ResponderExcluirSeria uma boa contratação. A questão é que os jogadores do Boca quase sempre são muito identificados. Se ganharem a Libertadores então, fica praticamente inviável.
ResponderExcluirMas entendo e concordo com a tua tese, Bruxo. Alguém com esse perfil.
Medalhão....caro....raramente dá certo....
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluirE o Suárez? bruxo
Suárez é raro....outro naipe.
ExcluirForcei, Glaucio. É de outra turma, realmente.
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