Vitória na Tarde/Noite de Suárez
Um jogo perigoso este da Arena, pois dias de homenagens, muitas vezes não combinam com triunfo. Sorte que o Vasco veio para empatar e pouco ameaçou, quando o fez, encontrou um miolo de zaga em jornada melhor que as mais recentes e o arqueiro Caíque com defesas providenciais, justificando a sua titularidade momentânea.
Partida que confirmou a ascensão de Nathan Fernandes e o diferencial de Suárez, qualidade e profissionalismo o tempo todo (e pensar que a referência para os mais jovens atletas eram Diego Tardelli e Douglas Costa em anos anteriores). A batida na bola no gol do "Pistolero" é para manual de centro avantes.
Rodrigo Ely foi muito bem, Villasanti e Pepê, por hora, a melhor dupla de "primeiros homens" do meio de campo e Ferreira dá mais contribuição do que João Paulo Galvão, Éverton Galdino e Luan (lembram dele?), embora o cansaço que permite imaginar que não tem gás para atuar 90 minutos.
As trocas enfraqueceram o time: Gustavo Martins, Nathan, André Henrique, Ronald e Cuiabano, na média, nada fizeram a mais do que os substituídos.
Este final de campeonato demonstra a importância de treinadores para as equipes: Luiz Castro ao sair do Botafogo, aumentou a pecha de "cavalo paraguaio", que num ato final de desespero e despreparo de sua Direção-SAF, escolheu Tiago Nunes para o choque, a sacudida para romper a descida vertiginosa, resultado: o técnico gaúcho, ainda não ganhou uma sequer.
Na contramão do desempenho do atual treinador botafoguense, o veterano e competente Paulo Autori, alçado à condição de comandante técnico às pressas ou no desespero do Cruzeiro, assumiu a bronca e está invicto. São cinco partidas que garantiram a Raposa na Série A em 2024.
Abel Ferreira esbanja conhecimento à frente do Palmeiras e vai por mais uma faixa importante no peito. Como ninguém no Brasil, ele trabalha o psicológico de seu elenco e sai de adversidades aparentemente, intransponíveis como o divisor de águas, Botafogo 3 x 4 Palmeiras no Engenhão. É exemplo, como aliás, são Vojvoda e Pedro Caixinha, sem esquecer os trabalhos recentes de Luiz Felipe no Furacão (22) e Galo (23). Tite ainda está em fase de adaptação.
E o Grêmio? Bem o Tricolor tem o craque do campeonato, que carregou a campanha brilhante para um clube egresso da Série B para o topo. O Imortal não ganhou o título, porque faltou saber vencer o Corinthians com o estádio lotado, 10 contra 11. Naquela tarde em que Suárez foi bem marcado, o nó provocado por Mano Menezes, não foi desfeito. Uma derrota decisiva para este mesmo Corinthians que perdeu em casa para Bahia e Internacional.
Uma Pena.