Analítico
Examinando outros blogs que defendem ardentemente a atuação e, por consequência, a permanência do treinador Renato, fica escancarada a análise rasa dos acontecimentos em campo, durante todo o Brasileirão. Para todo e qualquer insucesso, existem conclusões que beiram ao fanatismo, porque elas variam nas causas, porém, a consequência é única, apesar da capacidade do técnico, a direção, o elenco, o ambiente, tudo conspirou contra ele e assim, os resultados não vieram. Pior seria sem o "mago", concluem.
Quem racionalmente, não é a favor nem anti Renato, vê que o treinador há uns cinco anos parou. E isso, num segmento tão dinâmico como é o futebol, estacionar significa "ficar para trás".
Basta olhar o desempenho do treinador nos últimos anos e se verá como ponto mais chamativo o retumbante fracasso à frente do melhor e mais caro elenco do Brasil, onde ficou apenas de Julho a Novembro/21 e zero conquistas. Um grupo de mais de 200 milhões de reais, o que, segundo o próprio treinador, fazia diferença nas competições.
No Grêmio o que se tem:
- Um vice campeonato (2023) que é uma faca de dois gumes, isto é, parece relevante à primeira vista, mas tem o Fator Suárez e a escassa diferença de dois pontos para o campeão, tendo, inclusive, vitórias a mais, no entanto, a defesa vazou demais. Foram 56 gols sofridos em 38 rodadas. Marcou 63. Nem dá para justificar como sendo de "cobertor curto", pois o saldo foi apenas de 7
- Em 2024, 17 meses depois do início do Brasileirão de 23, o time disputou 27 partidas e tem 28 gols sofridos, ou seja, o treinador em quase um ano e meio, não conseguiu ajustar o setor defensivo. Tempo e atletas, ele os teve de forma suficiente
- Neste mesmo 2024, Renato quando encarou técnicos cascudos tem um número alarmante:
a) Pedro Caixinha, 0 a 2 - Tite, 1 x 2 - Arthur Jorge, 1 x 2- Vojvoda, 0 x 1 - Coudet, 0 a 1, Abel Ferreira - 2 a 2 (depois de estar vencendo por 2 a x 0), Luis Zubeldia - 0 a 1, Rogério Ceni - 0 a 2, Gabriel Milito - 2 x 3 (depois de ir para o intervalo com 2 a 0). Só ganhou de Fernando Diniz
b) Desclassificações absurdas na Copa do Brasil e Libertadores para Ramon Diaz e Mano Menezes, com seus times na zona do rebaixamento no Brasileirão e sem poupar atletas pela dificuldade e pressão da torcida
c) Esss quedas nas oitavas-de-final inviabilizaram o ingresso de mais de 12 milhões de reais para o clube
Esta é a análise que precisa ser vista, não pontos eventuais como condição do gramado, atuação da arbitragem, viagens longas, elenco curto (num dado momento), erros pontuais e infantis de jogo, ausência de partidas como mandante. Isso tudo é cortina de fumaça, atrapalha, mas faz parte do "periférico", não absolve, nem mascara, o ponto fucral.
Da forma como a Direção conduz o futebol do Grêmio, dá para desconfiar que o clube e torcida não são prioridades, aí a virada de ano na folha do calendário é apenas um detalhe.
Aí concordo com vc, fazendo uma avaliação analítica dos últimos 5 anos conclui-se facilmente que a presença do Renato no comando da casamata gremista não se justifica, principalmente com toda essa autoridade.
ResponderExcluirMas tbm é preciso avaliar que aqueles que nesse período o sucederam (Tiago Nunes, Felipão, Mancine e Roger) tiveram resultados iguais ou ainda piores.
Conclui-se que o problema vai além do treinador.
Por isso que eu disse, há um bom tempo atrás, que deveríamos direcionar nossos olhos não somente aos resultados, mas ao desempenho. Um time que performa, mesmo que não tenha resultados a curto prazo, estará apto a obtê-los logo adiante...logo, minha crítica ao Renato em todos esses últimos anos era voltada ao desempenho do time, pois era visível que cada vez mais estaríamos na régua da mediocridade com tantas partidas mal jogadas, digamos assim.
ResponderExcluirInclusive no Gauchão (lembro do amasso tático do São Luiz de Ijuí em 2 partidas, Caxias, Juventude, Grenal, Ypiranga ano passado).
Ano passado, diversas vitórias vieram com o time tomando um sufoco danado, sendo resolvidas com a genialidade de Suárez.
Os torcedores do Portaluppi F.C debocharam do termo desempenho, pois o que valia era ganhar o Gauchão. Bom, ter resultados sempre é bom, mas resultados esporádicos sem performance consistente, até mesmo contra times fracos, denotam que há um limite próximo, em que não virão os resultados e não haverá lastro técnico/tático pra sustentar uma parede tão mal construída. Agora a conta do engenheiro tá vindo salgada.
Exatamente, Anderson. Além deste histórico de desempenho, há o particular, isto é, os confrontos contra técnicos cascudos em 24.
ResponderExcluirBom, cada vez fica mais claro que o vice ano passado teve nome e sobrenome: Luis Suárez.
ResponderExcluirA era Renato era pra ter acabado lá em entre o fim de 2019 e o começo de 2020. Daí em diante o clube virou uma bagunça.
E não sei o que o futuro nos reserva... Guerra e cia escolheram seguir no "Renato FC". E essa direção vai pro ultimo de mandato onde a aposta é seguir com o Renato.
Praticamente ele só sai se quiser mas por outro lado não adianta só mudar o treinador, é preciso ter um ideia do que o Grêmio quer: Qual o projeto de futebol do clube? Qual o tipo de futebol vai ser praticado? Qual tipo de treinador? Quais jogadores vão se encaixar? Qual o planejamento pro ano? Qual o tipo de elenco que o clube vai ter? Quais são as metas do clube pro longo prazo? Nos últimos anos nosso "planejamento" é vencer o gauchão e apostar que alguma contratação de peso e a "mistica gremista" ganhem algum outro campeonato no modo aleatório, porque meio que não existe um planejamento.
Vi que andou saindo por aí que o Cruzeiro quer o Renato pra 2025, ainda não sei é informação quente ou barrigada, mas isso forçaria a direção a buscar um novo nome...
Renato teria uma grande chance de comprovar que é bom fora do Grêmio. Que o Cruzeiro venha com tudo e o Guerra não consiga segurar o homem.
ResponderExcluirAgora, é um problemaço se o Tricolor resolver cobrir a oferta dos mineiros.
Oremos.
O técnico está ultrapassado e leva nó tático toda hora, mas como é narcisista e arrogante não consegue admitir a inferioridade, por isso inventa estas loucuras táticas a todo momento. Pobre de quem acredita.
ResponderExcluirEntendo a crítica, Bruxo. A receita que deixou de entrar fará falta, com certeza. Porém, dias atrás, muito se falou e se pediu (e por agentes da mídia, torcedores "famosos" e outros nem tão "famosos") para que o Grêmio focasse apenas na "fuga" do rebaixamento e que largasse de mão das Copas.
ResponderExcluirAs duas eliminações foram precoces, mas a crítica deve manter-se focada, acredito eu, no desempenho do campo que de fato, deixa a desejar.
Culpar só o Renato pela falta que tais receitas farão é algo muito raso, eu diria. A "culpa", se existe uma, é de todos os envolvidos. Do presidente ao roupeiro.
Em tempo: não acredito que ele permaneça em 2025, mas não duvido da renovação. O problema não é a saída dele e sim, quem pode e quem não pode substituí-lo. A casamata do Grêmio não é pra qualquer zé roela. Se o trabalho dele não é bom o suficiente, com certeza, é o melhor de todos os últimos que por aqui passaram.
Outra coisa: é preciso que hoje, setembro de 2024 os críticos e seus defenestradores digam realmente o que é que querem. Se querem ou não o Grêmio na Copa Libertadores do ano que vem. Porque muito se lê e se escuta por aí que o Grêmio deveria focar apenas no modorrão para que possa beliscá-lo lá no final e por fim sair da fila de 28 anos. Só que para isso é preciso abrir mão das Copas, pois já se viu que não temos bala na agulha para mais de uma competição.
Rodrigo
ResponderExcluirSempre o contexto deve balizar o planejamento e as críticas.
Uma vez que o clube cruzou pelas oitavas com os da zona do rebaixamento nas Copas e o contexto mostrou 10 contra 11 em Itaquera, jogo de ida, e Maracanã com vantagem de poder empatar com o fraco Fluminense, jogo de volta, a forma como foram entregues essas passagens de etapas, não podem isentar o culpado máximo pelo acontecido. Dúvidas? pense em Tiago Nunes fazendo essas lambanças.
Tínhamos bala na agulha para superar Corinthians e Fluminense, com certeza.
E o que ocorreu diante do Galo está mais próximo dos equívocos citados, do que dos raros acertos em 2024 pelo comandante técnico.
E eu não isentei o Renato da eliminação da Libertadores. A eliminação do jogo do Rio de Janeiro passou por ele sim que jogou de modo covarde, e eu deixei escrito isso.
ExcluirQuanto à Copa do Brasil, ali eu acredito que tenha sido pelo planejamento do clube. Fizeram questão de cair fora.
Deveriam ter ido adiante nas duas, sim, é claro, devido os adversários. Mas não foi o que ocorreu. Erro de escolhas e de planejamento.
Azar. Já foi.
A coisa chega a ser patética de tão óbvia.....
ResponderExcluirSó se chegou na situação de estar no z4 pelo mau trabalho feito ...por não se ter um time coerente, por algumas insistências com jogadores que , ainda bem, saíram.
Aí o clube se viu "obrigado" a priorizar o brasileiro....que, é bom lembrar, é a forma mais fácil de chegar na libertadores...se tivesse sendo feito um bom trabalho, ainda estaria em condições de disputar vaga.