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quinta-feira, 23 de maio de 2013


Opinião






Libertadores: Uma Roleta Russa
 
A LA é passado para nós, tricolores, mas ontem assisti Olímpia x Flu e fiquei lembrando de vários episódios desta e de outras edições; cheguei a conclusão que quem diz ser ela uma competição "traiçoeira" acerta em cheio. Vai muito além de planejamento, organização, qualidade, etc... Entram os famosos "detalhes" que é um conjunto de fatores que está nas quatro linhas e também no que as rodeiam. (Os fatores) passam pela língua diferente, arbitragens com estilos peculiares, clima, altitude, gramados sintéticos e obviamente, conhecimento, atitude e habilidade. Olhando o jogo do time paraguaio, vi nele o mesmo posicionamento tático que Boca, Santa Fé (na Arena) e o Grêmio em Bogotá utilizaram. Para mim, nada justifica os 4 times ficarem "enchiqueirados" como ficaram. Os meandros caprichosos do futebol levaram uns a se classificarem e outros a ficarem no meio do caminho, em especial, o Corinthians, grande candidato. O mata-mata, especialmente na LA mascara muito a qualidade dos campeões, porém é muito justo festejar e valorizar ao extremo a conquista do torneio, porque é um somatório maluco de variáveis que estabelece um mistério na fórmula para ser ganha. Coisa para sortudo e alquimista ao mesmo tempo. Tem-se que comemorar  muito o título. Apenas para citar alguns momentos que vivi: Em 83, La Plata, bastava inverterem-se os árbitros daquele Grêmio x Estudiantes que o nosso Imortal sairia de lá derrotado. Naquela época, os bandeirinhas eram árbitros escalados, e se em vez do corajoso Luiz La Rosa, estivesse o notório locatário Ramon Barreto, que anulou erradamente o quarto gol do Grêmio (César) no apito, nós estaríamos desclassificados. Em 95, se na primeira partida, a dos 5 a 0, as expulsões não tivessem desestabilizado o time do Palmeiras, a goleada não teria acontecido. O Palmeiras era mais time e a sua classificação viria no jogo da volta. Em 2006, o Coirmão só passou de fase, por uma das mais desastradas arbitragens que se tem notícia dos  50 anos de história da LA, favorecido pelos dois gols mal anulados contra o Nacional de Montevidéu. Dessa forma, aparecem nas finais, "estranhos no ninho" como Once Caldas, São Caetano e Atlético Paranaense. 2013 está me cheirando parecido; Olímpia ou Santa Fé poderão estar na final. O Galo é disparado, o melhor time; alguém aposta, com absoluta convicção, que será o campeão? Difícil. A Libertadores segue sendo a competição mais desejada por nós gremistas, mas não podemos perder de vista que além de bom futebol (que nos faltou), também não deu para contar com o"sobrenatural de almeida", personagem criado pelo imortal Nelson Rodrigues, que atazanava a vida do seu Flu, quando uma explicação razoável não era encontrada para o insucesso e cuja a sua utilização ganhou a boca de todas as torcidas do país. O Brasileirão é igualmente, muito difícil, tanto que em mais de 40 anos de disputa, ganhamos duas vezes apenas, convém salientar que o jeito de ser jogado, sem dúvida, difere dos torneios mata-mata. Esse é o foco do Grêmio, para ele é que o planejamento será voltado. À partir deste domingo até Dezembro, será nossa realidade.

5 comentários:

  1. Alberto Casonatto23/05/2013, 21:02

    Nas duas últimas participações da dupla, eliminação nas oitavas. Anos de 2011, 2012 e 2013.

    Pergunta: quando foi a última vez que o Grêmio entrou num Brasileirão falando em ganhar? Observem as notícias, só se fala em liderança, em vencer.

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  2. Verdade Bruxo. Agora sobraram só 8 e mesmo assim é difícil afirmar com convicção 1 campeão (imagina antes).

    O Atlético MG é favorito? Até pode ser, pelo que vem jogando, mas até a final muita água vai rolar. Se vacilar nem lá chega...

    Por mais "fácil" que a LA pareça, há sempre no mínimo 2 cruzamentos complicados até a final, mesmo que do outro lado não esteja um time com "grife". Feliz só de quem pega time mexicano na final...

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  3. No ponto bruxo! Com um único adendo, este, ao contrário da Libertadores, o nosso treineiro conhece, ou pelo menos conhecia - e bem. Tem 6 jogos pra mostrar isso, caso contrário, é torcer por 2014...

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  4. Pra quem não viu, vale a leitura. Belo texto do Mauro Beting.

    http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/2013/05/21/vestindo-a-camisa/#comments

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  5. Guilherme & amigos!
    Esta é a grande sacada do jornalista; ou seja, assumir seu time e ser honesto com os fatos. Respeito quem diz não torcer para a ou b (embora não acredite), mas o Ibsen Pinheiro e mais recentemente, o Cláudio Cabral, provaram que podem fazer a leitura dos acontecimentos, sem distorcê-los. Torcer é preciso, distorcer é desonestidade com o leitor/ouvinte/telespectador.
    Sobre o Imortal no Brasileirão; tenho comigo que estes 5 jogos serão fundamentais para o famoso "ou vai ou racha". Não há mais tempo ou paciência para fracassos.

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