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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Opinião






Os Limites do Bom Senso

                                            Sempre defendi a utilização do bom senso em todas as situações da vida. É o começo para os grandes acertos; é parceiro da justiça. Acredito que nisto estou acompanhado pela maioria das pessoas. Entretanto, assim como há um limite entre liberdade e libertinagem, entre dosagens de medicamentos que podem salvar ou matar o paciente, a busca do bom senso não tem uma receita infalível.
                                                Ontem no clássico, assistimos a uma arbitragem bem-intencionada, mas ruim, principalmente porque houve a tentativa de se adotar o bom-senso; explico: Como era um jogo para a história do Rio Grande (primeiro da Arena), a ideia foi colocar um árbitro gaúcho para a festa ser marcadamente um ato regional; aí o primeiro grande erro. Fabrício entrou nervoso. Tinha que ser um "juiz de fora". 
                                              Quando Williams cometeu o pênalti, Fabrício quis usar o bom senso e não deu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão. Fosse outro jogador que não estivesse "amarelado" pelo cartão e a marcação da penalidade máxima seria seguida de um amarelo. Após, Adriano foi "aliviado" no segundo amarelo porque Fabrício tentou novamente o bom senso; não teve para Williams, não teria para Adriano.
                                             Essas atitudes cobraram um alto e amargo preço, como a tolerância com as constantes intervenções de D'Alessandro, nitidamente querendo apitar o jogo e também levar livre dois momentos faltantes e passíveis de amarelo por Bressan, que já havia sido "amarelado". 
                                       Num confronto onde os ânimos estão em alta voltagem antes mesmo do primeiro apito, a conta pela omissão disciplinar vem com juros e correção. Aí qualquer atitude passa a ser questionada. Vejam que as 3 expulsões não formaram unanimidade entre imprensa e torcida e o pobre do Fabrício saiu chamuscado do Grenal.
                                        Em nenhum momento foi colocada em dúvida a idoneidade do juiz, mas, aí, e isso é responsabilidade minha, a procura bem-intencionada, mas infrutífera para ajeitar, acomodar os fatos na aplicação do que ele entendeu como a busca do bom senso, comprometeu seu desempenho e enfeiou o clássico.          

2 comentários:

  1. Vou te ser sincero Bruxo, o nível da arbitragem brasileira é periclitante.

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    Respostas
    1. PJ!
      Por ser assim é que as Comissões de Arbitragens deveriam ter mais cuidados nas indicações.

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