Uma Vitória Justa
Foi o melhor título que encontrei para este post; vem de justiça, vem de apertada.
O Grêmio mereceu a vitória, mas suou sangue para mantê-la até a última bola, quando os braços longos de Dida impediram o gol de empate, que se consumado, seria o da terceira frustração em sequência em final de jogo.
O desempenho distinto da equipe entre os dois tempos serviram para reforçar a ideia que em casa o Tricolor não pode jogar com 3 zagueiros e 3 volantes ao mesmo tempo, inclusive, estando em vantagem no placar. O time não pode levar sufoco de adversários de mesma envergadura técnica, isto é, equipes equivalentes. Não gostei da entrada do terceiro zagueiro (Saimon); para mim isto está mais perto do "chama derrota" do que de ampliar o placar. Venceu, tudo bem, mas há lições a serem tiradas destes últimos jogos na Arena.
O primeiro tempo foi sofrível, sem destaques. A impressão era de que o gol não sairia a noite inteira.
A entrada de Maxi Rodriguez fez uma série de jogadores crescer o rendimento. Alex Telles, Adriano, Ramiro e especialmente Barcos. Este último estava no lugar certo, mostrou técnica ao matar no peito a pelota que logo em seguida, sem deixar bater no chão, fuzilou de canhota no contrapé do Cássio. Estava no lugar certo. Lugar do centro-avante.
Gostei de Lucas Coelho e mais uma vez me decepcionei com o menino Paulinho. Ainda é cedo para qualquer conclusão sobre estes dois.
Finalizando, não se pode esquecer que o oponente era o Corinthians, melhor defesa do campeonato.
Demorei para dar a minha opinião sobre o Maxi Rodríguez. Demorei porque não queria ter a minha opinião desmentida por uma atuação pífia. Demorei para ter a certeza que Maxi era realmente o jogador que eu imaginei que seria, desde a primeira partida que eu o vi jogar. Maxi Rodríguez é muito bom jogador. Eu não sei o que o Renato vai fazer, mas Maxi Rodríguez dá outra dinâmica de jogo ao time do Grêmio. Gosto do gringo. Joga fácil, sabe onde mete a bola, tem visão de jogo e coloca-se bem em campo. Merece lugar entre os onze. O Grêmio venceu um time que não atravessa um bom momento, mas joga um bom futebol. O Corínthians esteve bem. Teve algumas situações reais de gol, poderia ter feito o gol logo no primeiro minuto de jogo, num chute de Emerson Sheik, que pegou em Rhodolfo. Poderia ter feito gols no primeiro tempo. Não fez. Poderia ter empatado a partida não fosse a atuação memorável de Dida, grande goleiro...mas perdeu...O Grêmio venceu pelo bom futebol praticado no segundo tempo e porque Renato desmanchou o seu trio de zagueiros, optando por um meia mais adiantado. Achou a vitória. Mereceu. Agora, que venha o clássico.
ResponderExcluirAlvirubro!
ResponderExcluirO Renato encontrou deficiências na formação técnico e tática, especialmente essa última no Maxi. Concordo com ele. Este Máxi mais recente, mostra evolução.
Mais um jogo, sem defesas milagrosas e com vitória, vai entender né.
ResponderExcluirAssisti ao jogo e diferente de ti Bruxo acho que algumas conclusões podem ser tiradas em definitivo.
O Rodolfo é um baita zagueiro, mas é lento, por isso não pode ficar de mano com um atacante como o Emerson, é ótimo para compor, para fazer a sobra, enfrentar o adversário de frente (lembra o Schiavi) mas não na corrida. Neste esquema com 03 zagueiros gostaria de ver o Saimon atuando mais vezes - no lugar do Bressan.
A identificação do Souza com o clube ou com o esporte mesmo é impressionante. No jogo passado, quando o Grêmio levou um gol, a veemência da reclamação era tanta que parecia um torcedor assistindo ao jogo na frente da televisão. Ontem, novamente se emocionou como poucos. Baita jogador.
Pra mim um dos destaques do jogo, Adriano, foi muito, mas muito bem na função de PRIMEIRO homem do meio campo (tem gente dizendo que ele foi deslocado pra função do Riveros...). O folego que demonstra para dar o primeiro bote no ataque adversário e voltar para compor no campo defensivo é incrível.
Não sei o que o Ramiro tava fazendo no jogo, podia ser qualquer coisa, menos jogar futebol. Justificam a frequencia dos erros de passe como se ele tivesse a responsabilidade do passe qualficado. Bhá, errou até passe para o campo adversário. Não marcou ninguém e seus arremates foram pífios, inclusive perdendo boa chance de passe quando recuou para o Cássio, acho que deveria rodar para entrada do Maxi.
Outro destaque, o garoto Maxi. As jogadas ainda não fluem como ele próprio espera, um lançamento forte demais, outro fraco, um passe fora de medida e um lance primoroso. Não é falta de qualidade, ao contrario, ele tem muita qualidade, é falta de ritmo de jogo, é falta de constancia no papel, é jogando - e repetindo - que as jogadas sairão com mais fluidez.
O Lucas, para mim outro destaque, cumpre um função interessantíssima. Um avante com habilidade é algo raro e por isso deve ser prestigiado. Conseguiu arredondar diversas bolas, não se "engancha" com os adversário, busca uma jogada mais limpa e tem bom arremate, de futuro o garoto.
O Barcos é um caso de amor e ódio para a maioria da torcida, mas é difícil estar na pele dele, receber aquele monte de caroço. Em algumas jogadas ele realmente não consegue dominar a bola, mas o apupo que sofre dos zagueiro é algo incrível. Com a entrada de um jogador de meio campo, de passe qualificado, guardou o seu, alguém acha que é coincidencia? O Renato sabe a que expõe o Argentino e este cumpre sua função sem reclamar. Acho que isto criou tal lealdade entre ambos que é mais fácil o treineiro demitir o Koff da presidencia do que tirar o Avante do time, rs.
Por fim a nota triste do jogo. É tocante ver a entrega do Paulinho, como entra vidrado, como corre como um desesperado, mas é ainda mais intrigante tentar entender como um jogador profissional tropeça nas próprias pernas. Meu sogro, atleticano, diz que ele é o Neto Berola do Grêmio. Corre, esquece a bola, volta, tropeça nela, puxa pelo rabo, corre de novo e invariavelmente perde a jogada. Depois de dois lançamento o Maxi desistiu de tocar pra ele, sabia que dali não saia nada. Será que o Mamute é tão ruim a ponto de ser pior que o Paulinho? Ou será que o Renato tem mesmo algo que me assusta, marcação com o menino - lembrem-se que no jogo treino ele falou que o garoto estava abusado a tempos, será que a referência ultrapassava o rachão? Quem perde com isso é só o time.
Por fim, nada como uma vitória para recuperar o ânimo, nem adiante falar em Cruzeiro, não importa, o campeonato é da raposa, mas outro insucesso - ainda mais se ocorrente no final do jogo - me assustava em termos de mobilização do time e, com certeza, por parte da corneta especializada que passaria a dizer que o esquema estava esgotado.
PJ!
ResponderExcluir-O Rhodolfo é lento, mas eu prefiro justificar à partir da qualidade do Sheik; joga muita bola e olha que ele está órfão naquele ataque.
-O Lucas Coelho praticamente teve o seu "batismo de fogo" ontem e eu gostei muito
- O Barcos precisa de uma companhia qualificada, assim como o Kléber
- O Cruzeiro jogou muito pouco; o Kléver, goleiro do Flu também tem o braço curto e o Samuel, lógico, não é o Fred
Samuel e Biro-biro é sacanagem, eu já cansei de dizer isso.
ExcluirSheik está velho, mas o diabo é que é daqueles jogadores forjados para a vitória, o Vargas deve sair, é um nome.
E para o ano que vem, apostar no Maxi ou trazer um meia a peso de ouro?
Vitória merecida, mesmo.
ResponderExcluirAssisti apenas o fim do jogo.
Interessante que o gol da vitória saiu dos pés de quem pode decidir uma partida, do armador do time e do matador.
No mais, com a volta de alguns titulares, podemos e devemos fazer um grande jogo no domingo, sempre buscando a vitória. Sim, ela é possível, mesmo jogando no campo do adversário.
Pois é, Marcelo Flavio!
ResponderExcluirMas não me agrada o teu xará de juiz: Marcelo de Lima Henrique. Se for torcida de um time só, passo a temer pela arbitragem.