Para não
escrever bobagem ontem, preferi me acalmar, meditar e hoje explico as
razões de achar a derrota de ontem extremamente preocupante.
Ontem o
Cruzeiro de Borges (outro que não serviu ao Grêmio como tantos que
passaram e aqui estão) atropelou o tricolor sem direito a anotar
placa. Era o Cruzeiro, virtual campeão, mas anos a fio Grêmio,
dirigentes e torcedores tem se escondido neste mantra de poder perder
para o melhor. O problema é que isto se tornou tão natural que o
Grêmio consolidou-se numa posição de inferioridade, ou seja,
sempre haverá um melhor o que, por via de consequência, jamais nos
permitirá um título.
Mas,
muito mais do que a derrota, a postura do time do Grêmio me preocupa
em demasia.
Atribuir
a derrota ao acaso ou a má sorte é ignorar os números e eles são
irretorquíveis:
Foram 65%
de posse de bola do Cruzeiro contra 35% do Grêmio. E mesmo com uma
posse de bola infinitamente menor o Grêmio conseguiu quase se
igualar em passes errado com o Cruzeiro, foram 24 contra 29. Aí
outro ponto, o Grêmio errou passes laterais posto que não conseguiu
uma única e miserável assistência na partida. E, o que é mais
preocupante posto que o desequilíbrio do Grêmio sempre prejudicou o
ataque, a marcação defensiva naufragou, foram 06 roubada de bola do
tricolor contra 21 do time de Minas e pior! O Grêmio fez 16 faltas e
sofreu 25, ou seja, apanhou como boi bandido.
Os
números só demonstram a proposta – ou falta – de jogo do
Grêmio. Entrou para perder de pouco, não conseguiu. Compreendo o
time entrar com suas linhas defensivas como já havia feito
anteriormente, o problema é que no segundo tempo, não sei se por
orientação técnica ou por acovardamente do time, o Grêmio recuou
a sua linha de meio e passou a jogar em bloco defensivo. E não foi
por opção tática, posto que o Grêmio não tinha ninguém para
puxar o contra ataque, foi pelo mais puro e simples medo de levar uma
goleada, que acabou se concretizando.
Jogando
em bloco baixo o Grêmio demonstrou mais uma de suas limitações,
falhou no estreitamento e muito pior falhou na compactação do time,
permitindo inúmeras triangulações do clube mineiro ao ponto de
irritar os jogadores gremistas com a intensidade dos ataques e
infiltrações.
Enfim, eu
vi um completo fiasco.
Outro
ponto que não pode passar incólume é a passividade de Renato
frente ao resultado. O time perdia, recuava, e o treinador só fez
sua primeira alteração passado a metade do segundo tempo, quanto o
time mineiro já promovia suas duas últimas substituições.
E
novamente não me falem de má jornada, lá se vão 579 minutos sem
marcar um gol, me recuso a acreditar que os goleiros adversários –
todos – encarnam Gordon Banks contra o Grêmio.
Reduzir a
derrota a erros individuais é ignorar completamente a mediocridade
com que se apresentou o time gremista.
Mas o
título da postagem não se refere em exato a vexatória derrota
tricolor, não é isso que mais me preocupa, o que me aflige é a
postura de Renato, como se realmente acredita-se que com o retorno do
esquema o Grêmio fatalmente voltará a vencer.
Derrotas
acontecem, superamos e seguimos, a teimosia de Renato é que pode nos
levar a local inglório.
Digo isso
porque a primeira vez que o tricolor conseguiu encaixar um contra
ataque – que em teoria foi a proposta durante todo o jogo - ele
foi puxado pelo Pará! Não que ele não possa fazer, mas ele recebe
a bola no meio!!!!!!! Avança e entrega para Barcos fazer o que
ultimamente tem feito.
Dá para
perceber a situação? O Grêmio leva 03 gol num esquema com 03
zagueiros, 03 volantes e 02 laterais, alguns dos quais com jogadores
do Cruzeiro completamente livres de marcação, perde completamente o
meio campo, é envolvido pelo time mineiro e mais, mesmo com uma
infinidade de marcadores é superado EM MUITO pela marcação do
Cruzeiro, sinal de que quantidade de jogadores na defesa não é
diretamente proporcional à qualidade do setor.
Com isso
quero dizer que é impossível o Renato não ter percebido que o
esquema naufragou, mas se ele não mudou só posso concluir que ele
realmente não percebeu.
Isto me
traz preocupação pois quando Renato se sentiu acuado recuou Alex
Telles e, ironicamente, prejudicou a marcação pelo setor. Quando
era liberado como ala o jovem jogador segurava os avanços dos
laterais, agora, como legítimo lateral, não tem capacidade
defensiva e em nada contribui no ataque, uma das razões – não a
única – de suas últimas pífias apresentações.
Por fim,
para não dizer que não falei das flores, quando a vaca já havia
ido pro brejo Renato colocou Maxi para jogar. Se isto for uma amostra
de que seu planejamento para um time equilibrado passa pela
manutenção de um armador, todas as opções erradas se justificam,
se isso foi só consequência de jogo, bom, daí até a renovação
deve ser repensada. Os próximos jogos serão o fiel de Renato que
precisa urgentemente aprender a falar menos e trabalhar mais. Deus me
livre da desgraça de Renato que poderá ser campo fértil para as
antigas teses e pedidos de Paulo Porto, dentre outros, daí sim a
derrocada do Grêmio será fatal.
PJ!
ResponderExcluirEsta derrota é preocupante, enquanto parte integrante de um contexto, onde a bola não entra há 6 jogos. Vista isoladamente, seria normal e aceitável.
O que é preocupante (usando a tua expressão) é o acúmulo de pontos perdidos. Por um motivo ou outro, a bola não tem entrado e as individualidades começam a se destacar pela deficiência (aí não questiono a qualidade técnica, mas o momento de vários atletas).
Um esquema de 3 zagueiros num clube grande, se justifica para a realização das jogadas pelos extremos do campo. Saem laterais, entram alas. Como o Tricolor optou por três volantes, a saída ofensiva pelos lados (os tais alas) redobra de importância, porque ela (a saída ofensiva pelos lados) é que deveria "alimentar" o ataque. Com Pará e Alex Telles jogando muito pouco, ficou fácil controlar o setor de ataque gremista.
Aquela jogada do Pará, passando por vários e servindo Barcos, deveria ocorrer por ambos os lados e com muito mais frequência. Como eles não estão bem, Renato deve buscar alternativas pelos lados com jogadores do meio, isto é, armadores e segurar os laterais, abrindo mão do terceiro zagueiro.
A inversão de Riveros com Souza, seria uma saída (lembram como o Souza chegava fácil à linha de fundo pela direita ano passado).
A chegada qualificada do Souza sempre foi algo bem visível Bruxo, mas não creio que resolva o problema. Aqui me leva ao ponto cruscial, se nos próximos jogos Renato não promover a entrada do Maxi (já que parece não contar mais com Elano e Zé) passo a temer pelo ano vindouro, pois o treineiro dará mostrar de que ainda crê que o esquema é competitivo.
ExcluirPJ!
ResponderExcluirAcho fundamental (até o time readquirir a confiança) manter os três volantes até porque não são quebradores de bola; o urgente é meter um armador e sacar um zagueiro. Fica diferente de ontem e muito diferente de entrar faceiro como foi contra o Criciúma. Além dessa entrada do armador, os alas terão que ser ALAS.
Duas vitórias em casa (Vasco e Fla) e a tranquilidade volta. Dá para projetar 2014 com mais calma.
Exato!
ExcluirDeveria ter feito isso, já no primeiro jogo das semifinais.
É tão simples e óbvio. Maxi no meio e Werley fora.
Só acho que, tranquilidade mesmo, só com o vice campeonato garantido. 3º lugar é Pré-LA, e aí, ferra tudo.
Sendo assim fico mais esperançoso para o ano que vem.
ExcluirOpa. O Alfredo hakeou o post do PJ! Kkk
ResponderExcluirkkkkkkk
ExcluirQuebrou minhas pernas com essa.