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terça-feira, 4 de março de 2014

Opinião



As Sutilezas (ou ações para desequilibrar uma disputa)


Amigos! Nem me refiro aos escandalosos erros de arbitragem tipo anular gol legal de Chamaco Rodriguez no Grenal decisivo de 1971. O jogo terminou convenientemente 0 a 0 para o Coirmão, ou validar um gol ilegal no Grenal do segundo turno de 1976 (o Tricolor já havia vencido o primeiro), casualmente, o mesmo árbitro. As sutilezas (nem tão sutis assim) a que me refiro no texto, são aquelas que entrariam num "Manual Prático de Pequenas, mas Decisivas Sacanagens" como vou elencar a seguir:

- A Seleção convocar o melhor jogador do time para ficar no banco e apenas no banco. Paulo Nunes em 1997 e Victor, mais recentemente com o Tricolor disputando a Libertadores

- Sucessivamente, fazer o Tricolor viajar mais de 50% de distâncias do que o tradicional rival

- Marcar a estreia do Imortal para um jogo à tarde no campo do Zequinha, portanto gramado sintético com temperaturas acima de 60 graus (isso mesmo, não errei ao digitar) dentro das 4 linhas

- Sob a alegação de que o Grêmio é mais popular, leva mais torcida, enviá-lo para jogos duríssimos em praças e equipes tradicionais que estavam ausentes há muito tempo, casos de Brasil e São Paulo, respectivamente, Pelotas e Rio Grande

- Ou ainda, num jogo mata-mata contra adversários de Rio ou São Paulo, com a primeira partida fora de seus domínios com arbitragem jovem e locatária. O time toma 2 a 0 com atuação desastrosa do juiz. A CBF ou quem quer que o valha, "decide" que o próximo jogo, o da volta no Olímpico ou Beira-Rio, vai escalar o melhor árbitro para que o que aconteceu no primeiro confronto, não se repita. Essa é um primor de sacanagem. Se eu sou dirigente, quero o mesmo juiz, aquele que errou muito a favor do time da casa

- Antecipar ou retardar julgamentos de acordo com a conveniência, dos principais jogadores em meio a grandes disputas

Existem muitas formas ou seriam fórmulas de desequilibrar uma disputa que via de regra é de muita paridade. 

E a nossa Imprensa com receio de ser rotulada de ser gremista ou colorada, prefere creditar esses argumentos a paranóia de certos torcedores. Para ela, a omissão nestes momentos, é uma prática "recomendável" para garantir o emprego, mesmo que isso custe a dificuldade de se olhar no espelho.

4 comentários:

  1. Concordo em genero, numero e grau. Nao a toa criou-se certas "misticas" de que para o tricolor tudo tem que ser na base do sacrificio, tudo e conquistado a duras penas: Contra tudo e contra todos! Para um leigo ou alheio, parece a Teoria da Conspiracao. Realmente, ate para nos mesmos, as vezes e dificil de acreditar. "Contra tudo e contra todos" foi criada em 1996, naquela final contra a Portuguesa, onde, alem do resultado desfavoravel em Sao Paulo (e as maracutaias durante o campeonato), tivemos que superar toda a imprensa brasileira que instigou o povo brasileiro a torcer contra o Gremio (era David contra Golias). Mas antes desta data e depois, o Gremio lutava e continua lutando "Contra tudo e contra todos". Na famosa e bairrista Taca Brasil comecou nossa saga. Nao so regionalmente eramos garfados (e por azar dos adversarios em varias disputas so perdemos uma), como na fase nacional onde, convenientemente, colocaram os paulistas para fazerem os embates contra nos (eram os mais fortes da epoca: Santos de Pele e a Academia de Ademir da Guia). Ja vinhamos minados pelas disputas eleminatorias regionais e encontravamos estes grandes times descansados, entrando so na semi-final. Se nao ganhavam na elegancia do futebol que tinham, descaradamente arranjavam os juizes. Mas, no subconsciente do torcedor, "Conta tudo e contra todos" ja vinha desde Lara, Foguinho e outras passagens historicas de superacoes que formaram o ideario tricolor. Tudo isto incentivado pelas administracoes (como o Jantar dos Cem Anos).
    Quando o futebol brasileiro comecou sua era "moderna”, velhos vicios continuaram na pratica, travestidos de tribunais, juizes, arbitros, bandeirinhas, manobras politicas, conchavos, "malas brancas e pretas", etc..., tudo comprado. Ha varios, inumeros exemplos. De imediato me vem a mente 2008. Quando foi denunciado o caso dos ingressos dados ao juiz e bandeirinhas para o show da Madonna, descobriu-se o conluio, a venda do arbitro. Trocaram o juiz, mas o bandeirinha, tambem comprado, permaneceu escalado. Se isto nao bastasse, o jogo contra o Goias, propositalmente cumprindo perda de mando de campo e que levaria o jogo para Itumbiara (interior de Goias), foi transferido para Brasilia (para o Goias, campo mais do que neutro e onde os paulistas tinham mais torcida). Mas durante a partida, ainda nao satisfeitos porque o Goias, alheio a decisao do campeonato, ofereceu resistencia, marcaram um gol em claro impedimento (mais de um metro). Quem eram os bandeirinhas? (este foi so um exemplo do que ocorreu durante todo o campeonato e principalmente nas ultimas rodadas; a mala branca que correu ai se repetiu nos anos seguintes; lembram das discussoes televisivas do que era moral ou nao: mala branca ou mala preta?).
    Estas situacoes ocorrem em todos os niveis, incluindo os estaduais.
    Junta-se a isto o que voce postou e percebemos que ha inumeras maneiras de se minar a resistencia e (vantagens) de um time. Uma expulsao desproposital (conveniente), um cartao amarelo ingenuo (ja antevendo a anulacao de determinado jogador), uma mala branca aqui, outra preta acola, sentenca de um tribunal de X jogos para determinado jogador importante (alijando-o de determinada partida), e por ai vai-se ate a uma final desejada.
    Como os jornalistas, que sabem de muita coisa, irao confessar isto publicamente? Nao se trata de etica, mas sim, salvaguardar a aura que envolve o futebol e, claro, seus empregos.
    Sou totalmente contra este chavao tricolor, mas, infelizmente, ha um fundo de verdadeiro nisto.

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  2. Arih!
    Onde eu assino?
    Muito bem lembrado o caso de 2008, mesmo o Tricolor fazendo força para perder, há o outro lado, a ascensão meteórica, mas bem estranha do São Paulo.
    E antigamente, Taça Brasil, aí nem se fala.

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    Respostas
    1. Pois e Bruxo, voce lembrou bem: "Fizemos forca pra perder".
      Veja as coincidencias:
      Em 2008 fizemos forca pra perder. Realmente ha algumas partidas que perdemos, inexplicavelmente.
      Em 2013 fizemos forca pra perder. Realmente ha algumas partidas que perdemos, inexplicavelmente.
      Em 2008 a imprensa nacional discutia o que era moral: mala branca ou mala preta.
      Em 2013 a imprensa nacional noticiava um acontecimento que, para quem conhece as ligacoes de certas pessoas com os clubes, certamente associaria uma coisa a outra.
      Em ambos os casos houve fatores de dentro e de fora das quatro linhas.
      Considero que tanto em 2008 como em 2013, "entregamos" o titulo. A unica diferenca e que em 2013 este estado de coisas foi agravado pela falta de pagamento dos salarios dos jogadores (como todos sabem).
      Titulos? Continuaremos lutando por eles, mas ..., nem sempre os demais contribuirao (com lisura).

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  3. Arih!
    Vejo uma grande diferença entre 2008 e 2013: até garantir matematicamente o título, o Cruzeiro "deu uma máquina" que, se mantida, era inalcançável. O relaxamento dele "mascarou' uma improvável ameaça de outro clube, especialmente o Grêmio, já em 2008, o Tricolor era o ponteiro da tabela.

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