Seguem as postagens 10, 11 e 12, que foram publicadas originalmente em outro blog por mim.
10. Dener, o Mestre-Sala Imortal - 1993
10. Dener, o Mestre-Sala Imortal - 1993
Existem anos na vida das pessoas e das instituições que são marcantes, ainda que num primeiro olhar não sejam notados.
Olhando para o nosso tricolor, vejo 1993 como um desses anos. Explico: Não é preciso se esforçar para sabermos o que houve em 1968, 1977,1981, 1983, 1995, etc... Pois em 92 o Grêmio saía de uma segunda divisão estraçalhado, ainda mais, porque o Coirmão conseguira a sua única Copa do Brasil e em 93 o presidente Koff assumia, tendo que emitir cheques pessoais, pois a credibilidade do clube estava indo para as cucuias.
Era normal que aquele ano fosse de "botar a cabeça para fora d'água" e começar a dispensa dos aparelhos que o faziam respirar para depois, bem depois (o tal de a longo prazo) recuperar o terreno perdido. O que fez Koff ? Fez um timaço.
Trouxe um grande goleiro, Eduardo Heuser; fez uma defesa com todos os integrantes com passagem pela Seleção: Luis Carlos Winck, Paulão, Geraldão e Eduardo Souza. Buscou os atacantes Fabinho e o grande centro-avante Charles. E de cara! decidiu a Copa do Brasil.
Agora! a grande sacada foi vencer a concorrência nacional e trazer simplesmente o "Neymar" do início dos anos 90. Dener Augusto de Souza, nascido em 1971 foi o maior jogador produzido pela Portuguesa de Desportos nas últimas décadas. Havia rebentado na Copa São Paulo de juniores, fazendo da Lusa a campeã em 1991.
Por três escassos meses, Dener vestiu o manto tricolor e foi novamente campeão; no caso, Campeão Gaúcho. Jogou magnificamente, exibiu o seu futebol malabarista, um verdadeiro passista nas quatro linhas e como anteriormente fizera Paulo César Lima, o Caju, também enfrentou as botinadas desferidas pelo Interior a fora, principalmente nos confrontos contra o Inter-SM e Pelotas.
Dener queria ficar, mas faltou bala na agulha para o Gêmio e a Lusa acabou cedendo-o para o Vasco da Gama no ano seguinte. Aos 23 anos, em abril, um acidente de carro vitimou um dos maiores jogadores da história brasileira.
E sobre Grenal, o que fez Dener? Teve a chance de disputar um único apenas, em junho, no Beira-Rio. Um a Zero para o Imortal, gol do centro-avante Gilson. Por isso, acho que 1993 é o embrião dos anos seguintes de conquistas e Dener, o símbolo da visão e arrojo de um presidente destemido.
Olhando para o nosso tricolor, vejo 1993 como um desses anos. Explico: Não é preciso se esforçar para sabermos o que houve em 1968, 1977,1981, 1983, 1995, etc... Pois em 92 o Grêmio saía de uma segunda divisão estraçalhado, ainda mais, porque o Coirmão conseguira a sua única Copa do Brasil e em 93 o presidente Koff assumia, tendo que emitir cheques pessoais, pois a credibilidade do clube estava indo para as cucuias.
Era normal que aquele ano fosse de "botar a cabeça para fora d'água" e começar a dispensa dos aparelhos que o faziam respirar para depois, bem depois (o tal de a longo prazo) recuperar o terreno perdido. O que fez Koff ? Fez um timaço.
Trouxe um grande goleiro, Eduardo Heuser; fez uma defesa com todos os integrantes com passagem pela Seleção: Luis Carlos Winck, Paulão, Geraldão e Eduardo Souza. Buscou os atacantes Fabinho e o grande centro-avante Charles. E de cara! decidiu a Copa do Brasil.
Agora! a grande sacada foi vencer a concorrência nacional e trazer simplesmente o "Neymar" do início dos anos 90. Dener Augusto de Souza, nascido em 1971 foi o maior jogador produzido pela Portuguesa de Desportos nas últimas décadas. Havia rebentado na Copa São Paulo de juniores, fazendo da Lusa a campeã em 1991.
Por três escassos meses, Dener vestiu o manto tricolor e foi novamente campeão; no caso, Campeão Gaúcho. Jogou magnificamente, exibiu o seu futebol malabarista, um verdadeiro passista nas quatro linhas e como anteriormente fizera Paulo César Lima, o Caju, também enfrentou as botinadas desferidas pelo Interior a fora, principalmente nos confrontos contra o Inter-SM e Pelotas.
Dener queria ficar, mas faltou bala na agulha para o Gêmio e a Lusa acabou cedendo-o para o Vasco da Gama no ano seguinte. Aos 23 anos, em abril, um acidente de carro vitimou um dos maiores jogadores da história brasileira.
E sobre Grenal, o que fez Dener? Teve a chance de disputar um único apenas, em junho, no Beira-Rio. Um a Zero para o Imortal, gol do centro-avante Gilson. Por isso, acho que 1993 é o embrião dos anos seguintes de conquistas e Dener, o símbolo da visão e arrojo de um presidente destemido.
11. Batista - Um Acréscimo de Luxo - 1982

2012 começou com o Grêmio contratando Sorondo, liberado pelo rival e causando, no mínimo, uma curiosidade. Se a memória não me trai, apenas em outras 3 oportunidades anteriores isso ocorreu. No ínicío dos anos 70 quando Volmir sai do Imortal direto para o Inter, numa transação inédita, Hidalgo em 2007, percorrendo sentido inverso e o mais relevante e rumoroso: Batista (na foto, o quarto em pé) deixou o Inter em 1981, indo para o Grêmio numa operação cinematográfica, onde alguns dirigentes vermelhos e até o técnico Cláudio Duarte passaram a noite, tentando fazer o volante voltar atrás. Nada feito! Batista dera sua palavra para o tricolor e assim no ano seguinte, 82 iria integrar o mais novo Campeão Brasileiro.Um Senhor Acréscimo! Batista havia fraturado a perna e o comando vermelho utilizou esta desgraça para fazer uma renovação de contrato "enxuta". O meio campista trancou o pé e o passe foi para a FGF; o Grêmio depositou o valor do passe. O antigo craque colorado recebeu a camisa 10 que era de Vilson Tadei, passando a jogar mais adiantado, formando um grande meio-de-campo com China e Paulo Isidoro.Além do Imortal, havia um grande time, talvez o melhor depois do Santos de Pelé, o Flamengo, os dois favoritos para o título do Brasileirão. Ambos confirmaram, chegando a final num equilibrio fantástico, necessitando de um jogo extra no Olímpico, infelizmente para nós gremistas, Vantuir, que fraturou a perna no primeiro jogo mais China e Tarciso, desfalcaram o tricolor no terceiro jogo, Ênio Andrade lançou mão de Vilson Tadei, fora há muito tempo que jogou pouco, Newmar que vinha falhando muito, entrou na zaga e para o lugar de Tarciso, um jovem impetuoso, promessa de craque com 19 para 20 anos que não conseguiu superar o lateral Júnior na final naquela verdadeira "fogueira". O Flamengo, além de ser o atual Campeão Mundial, contou com um erro grosseiro do árbitro que não validou um gol gremista que Andrade impediu com a mão depois da bola ter cruzado a linha fatal. Ou dava o gol, ou dava o penalti! Mas como diz o narrador Milton Leite, Oscar Scolfaro gritou: "Segue o jogo!" Batista teve em 82 a sua melhor performance individual, ganhou a Bola de Prata em sua posição, garantiu lugar entre os 22 de Telê para a Copa da Espanha, onde entrou para os melhores momentos de todos os mundiais com o lance em que a estrela Maradona deu uma voadora em seu peito que, inclusive, o tirou do jogo fatídico seguinte, a derrota brasileira em Sarriá para a Itália, futura campeã. Além disso, contribuiu decisavamente para o vice-campeonato do Brasileirão daquele ano, que possibilitou disputar a Libertadores de 83 que como sabemos, foi maravilhosa. Batista consagrado, foi negociado com o Palmeiras, indo mais tarde brilhar no campeonato mais valorizado do mundo naquela década, defendendo a Lazio de Roma. Pena que ao abraçar a carreira de comentarista esportivo, Batista não conseguiu neutralizar sua paixão pelo lado vermelho, pois enquanto vestiu o manto azul, soube honrar com garra, técnica e determinação. No fundo, poderia ser um "herói de dois mundos".
12 - Luxemburgo e o Grenal para São Jorge Ver - 1978

Bruxo, algumas curiosidades sobre Dener e Batista:
ResponderExcluir1) A estreia de Dener no Grêmio foi assim:
Grêmio 3x4 Flamengo (RJ)
Data: 20.05.1993
Copa do Brasil / Semifinal_Ida
Local: Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Paulo César Gomes
Renda: Cr$ 782.420.000,00
Público: 19 755 (16 270 pagantes)
Expulsão: Geraldão, Renato Gaúcho, Jamir
Gols: Nélio 12', Juninho 38' do 1º tempo; Djalminha 5', Gílson 12', Renato Gaúcho 29', Djalminha 41', Eduardo Souza (pênalti) 46' do 2º tempo
GFBPA: Eduardo Heuser, Jackson, Paulão, Geraldão e Eduardo Souza; Pingo, Jamir, Juninho (Dorival Júnior) e Dener; Fabinho e Gílson (Caio). Técnico: Sérgio Cosme Cupelo Braga
CRF: Gilmar Rinaldi, Uidemar, Rogério, Júnior Baiano e Piá; Júnior, Marquinhos, Djalminha e Nélio; Marcelinho Carioca (Renato Gaúcho) e Gaúcho (Luiz Antônio). Técnico: Jair Pereira
Dener atuou pelo Tricolor em 27 partidas e marcou 4 gols.
2) Quanto ao Batista, sua estreia no Grêmio foi com derrota.
O Estádio Olímpico não recebeu as 50 mil pessoas esperadas pela direção gremista, mas a torcida presente pôde ver o bom futebol do meio-campo.
Esforçado, Batista apareceu bem na frente, mas mostrou que não estava, ainda, na sua melhor forma física, assim como toda a equipe do Grêmio, que perdeu por 1 a 0 para o Santos, gol de Ronaldo.
Data: 14.01.1982
Grêmio 0x1 Santos (SP)
Amistoso Nacional
Local: Olímpico, Porto Alegre-RS
Árbitro: Zeno Escobar Barbosa
Renda: Cr$ 14.190.000,00
Público: 35 500 (31 750 pagantes)
Gol: Ronaldo 8' do 2º tempo
GFBPA: Leão, Paulo Roberto, Vantuir, Hugo de León e Paulo Cézar Magalhães (Dirceu); China (Bonamigo), Paulo Isidoro e Batista (Tonho); Tarciso, Baltazar e Odair. Técnico: Enio Vargas de Andrade
SFC: Evandro, Suemar, Márcio Rossini, Mauro Patrício e Gilberto Ferreira; Carlos Silva, Chicão e Pita; Ronaldo (Paulo Batistotti), Nílson Dias (Claudinho) e João Paulo. Técnico: Clodoaldo Tavares de Santana
Batista atuou pelo Tricolor em 53 partidas e marcou 4 gols.
No dia 05.04.1981, o Internacional empatava em 0x0 com o Sport Recife, no estádio da Ilha do Retiro, em Recife. Nessa partida: Batista fraturou a perna.
No primeiro dia da gestão de Fábio Koff no Grêmio, em 23.12.1981, uma surpresa (depois de uma reunião de nove horas – sem pausa para o almoço): o clube acertou a contratação do meio-campo Batista, um dos destaques do Inter.
O jogador receberia 20% de toda a publicidade que o clube fizesse usando a sua imagem.
Os outros valores da negociação não foram revelados.
Após o acerto, Batista foi até o Estádio Olímpico, onde posou para fotos ao lado de Koff e Paulo Odone. Foi saudado pela torcida e vestiu a camisa 5 do Grêmio.
No Inter, os integrantes da nova direção receberam a notícia da negociação de Batista com o Grêmio com surpresa.
O presidente Arthur Dallegrave disse que o clube iria tomar todas as medidas cabíveis.
O vice-presidente de futebol do clube, Frederico Ballvé, lembrou que, enquanto o Grêmio não depositasse o dinheiro da compra do jogador na FGF, o negócio não estaria concretizado.
O dirigente explicou que ficou surpreso com a atitude de Batista. “O Batista se criou no Inter e não entendo como ele possa ter estendido seus problemas com o Asmuz para a nossa direção”, comentou.
Apesar de todo o "esperneio", Batista foi para o Tricolor da Azenha.
Alvirubro!
ResponderExcluirAlgumas curiosidades do teu texto:
- Renato Portaluppi no banco, entrando e fazendo gol no Tricolor
- Clodoaldo treinou o Santos; deve ter sido de forma interina
- A fratura do Batista contra o Sport Recife ocorreu de uma entrada violentíssima de Merica, meio de campo, ex-Flamengo
- O Asmuz batia de frente com craques; Batista, Falcão e Taffarel
Complementando: esse Caio que entra no 3 a 4 contra o Flamengo, deve ser o então menino Volnei Caio.
ResponderExcluirEle mesmo, Bruxo!
ExcluirWolnei Caio, meia atacante, nascido em Roca Sales, RS, 10/08/1968.
Atuou pelo Esportivo (RS), Juventude (RS), Grêmio (RS), Portuguesa (SP), Cruzeiro (MG), Botafogo (RJ).
Gracias!
ResponderExcluirOs gols:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=maeayRURb48