O êxito e os detalhes do San Lorenzo de Almagro
Há muito tempo eu não assistia uma sequência de 5 jogos de outro time que não fosse o Grêmio. Pois aconteceu com o San Lorenzo; vi contra o Botafogo, Grêmio e Cruzeiro, estes últimos, duas vezes cada.
Contra o Botafogo, a classificação veio no final, um final dramático, porque não dependia apenas do resultado de seu jogo. Ali, além do apoio incondicional da torcida, brilhou a estrela de Piatti, um meio de campo que me lembrou Danilo, ex-Goiás, São Paulo, atual Corinthians, tanto físicamente, quanto na forma de jogar; a diferença é que Piatti é destro.
Contra o Tricolor, Piatti não se destacou e apesar de uma partida modesta para um mandante, venceu com um único chute que foi em direção ao gol. O mérito foi saber controlar o sistema ofensivo gremista. Alguém poderá dizer que não era tarefa tão difícil.
Bom, aí vem o jogo da volta e eu reformei minha ideia que dizia tratar-se de um time limitado. Não era nada disso. O Tricolor não soube furar o bloqueio defensivo muito bem montado por Edegardo Bauza, técnico contestado pela torcida. O Grêmio venceu dramaticamente e dramaticamente, também, perdeu nos penaltis, onde apareceu o talento de Torrico, o goleiro.
Nos confrontos com o Cruzeiro, novamente os detalhes apareceram, especialmente na cabeçada de Gentileti que fez o 1 a 0. Erradamente, o Cruzeiro, assim como o Grêmio, festejou o escore mínimo, certo que no Mineirão reverteria a pretensa "escassa vantagem".
Ontem, Piatti voltou a jogar muito bem e a organização tática do San Lorenzo ficou evidente; um vacilo no final do primeiro tempo, quase fatal, de resto, toda a sabida dificuldade de se enfrentar Cruzeiro e Atlético em Minas ficou de fora do contexto da partida. O San Lorenzo sobrou, especialmente na solidez defensiva (nestes 5 jogos que vi, tomou 2 gols), onde o maior destaque está no meio de campo, Mercier, um número 5 moderno, que Sabella deverá convocar.
Não sei se será campeão, mas o San Lorenzo deu uma aula de como jogar a LA, isso sem o craque Romagnolli, que ontem fez mais um fiasco.
O Grêmio pode aprender muito com o clube portenho, desde a confiança incondicional de seus torcedores, sua paciência apesar da gozação dos adversários até a distribuição tática no gramado e a garra demonstrada. Não há super craques, o próprio Piatti vive um bom momento, mas não é nenhum extra-classe.
Vale a pena investigar as causas que (até o momento) fazem do San Lorenzo, um dos favoritos para ganhar a Libertadores.
TÉCNICO E RAÇA.
ResponderExcluirPerfeito, Glaucio!
ResponderExcluirEsses dois aspectos juntos, dificilmente serão batidos. O San Lorenzo está tendo.