Pequenas Histórias (81) - Ano - 1994-95
O artilheiro improvável
Em Maio de 1994, o
Grêmio não contava mais com os centroavantes Gilson Cabeção e Charles, este, o
craque consagrado pelo Bahia, que não “aconteceu” vestindo a 9 tricolor.
Precisava de um substituto; foi ao mercado.
Aí, uma situação
insólita; um “irresponsável” contratou um obscuro atacante, cujo o
currículo apresentava as seguintes passagens: O início no Clube do Remo de
Belém do Pará, depois atuações em mais nove
clubes, Ferroviário do Ceará, Chapecoense de Santa Catarina, Olímpia de
São Paulo, Aimoré de São Leopoldo, dois anos, onde em ambos, o time ficou
abaixo do vigésimo lugar no Gauchão, Barretos de São Paulo, Esportivo de Minas
Gerais, Brusque de Santa Catarina, Internacional de Bebedouro-SP e Caldense de
Minas Gerais. Tudo isso em apenas sete anos, ou seja, de 1986 a 1993.
Com esse extenso e
insignificante cartel, desembarcou em Porto Alegre aos 28 anos, Ivanildo Duarte
Pereira, Nildo. Um nortista completamente desconhecido do ambiente esportivo do
RS. Uma ducha de água fria nas expectativas da torcida gremista.
Provavelmente, um
“erro” da Direção e Comissão Técnica.
Pois esse “erro”
estreou num batismo de fogo; encarou o Grêmio Santanense, lá em Livramento e
fez o único gol da partida.
Nildo no Tricolor jogou 61 partidas e marcou 22 vezes, números quase idênticos aos de Marcelo
Moreno (60 jogos, 25 gols). Leve vantagem para o boliviano.
Nestes 22 tentos há
alguns essenciais como os dois que fez na semifinal da Copa do Brasil de 94,
quando o Imortal se credenciou para a disputa da competição. 2 a 1 contra o
Vasco da Gama.
Nos Grenais que
decidiram o Gauchão de 1995, ele marcou em ambos. Empate no Beira-Rio, 1 a 1 e nos
2 a 1 no Olímpico. A famosa conquista com o “Banguzinho”.
O gol mais importante
ocorreu na final da Copa do Brasil, quando logo aos 3 minutos de jogo, aparou
um cruzamento da direita e cabeceou forte, sem chances para o arqueiro. O gol
do bicampeonato.
Em seguida, Nildo sofreu
a ruptura do tendão de Aquiles, enfrentando o Corinthians em São Paulo. Um duro
golpe, pois lhe tirou de combate por vários meses, além de gerar desconfianças
quanto às suas reais chances de voltar a exercer o seu ofício.
Voltou e logo seguiu
marcando. Foram 12 até sua saída do Imortal naquele ano. Participou de decisões
importantes como a final da Libertadores em Medellín, entrando no lugar de
Jardel.
Nildo foi a rara prova,
talvez uma grande exceção, que muitas vezes a solução para terminar com a escassez
de gols, não está exposta com brilho e alarde, nem dá a melhor impressão aos
olhos do torcedor.
Contei com a ajuda dos
dados do Alvirubro para esta crônica. Agradecimentos a ele e ao Nildo, pois sem
os dois, estas linhas não teriam sido escritas.
Que bacana, muito bom saber que um "operário" deu certo em um grande clube.
ResponderExcluirQue bom ver o teu comentário!
ResponderExcluirMarcelo Flavio ache um tempinho para trocar ideias com a galera.
Um abração..
Um time também se faz com operários.
Nildo "bigode", forte povo do Norte!
ResponderExcluirHe,he! Puxando a brasa para tua sardinha.
ResponderExcluirPovo raçudo mesmo.
Sabe como é né Bruxo, hehe
ExcluirPJ
ExcluirQual é o teu time por aí?
VEC (Vilhena Esporte Clube) o Lobo do Cerrado que, por ironia do destino, assume as cores amarelo e vermelho...
ExcluirAno passado jogamos contra o Palmeiras pela Copa do Brasil. Este anos empatamos com a Ponte em casa, estou no aguardo do jogo de volta.
VEC (Vilhena Esporte Clube) o Lobo do Cerrado que, por ironia do destino, assume as cores amarelo e vermelho...
ExcluirAno passado jogamos contra o Palmeiras pela Copa do Brasil. Este anos empatamos com a Ponte em casa, estou no aguardo do jogo de volta.
PJ
ResponderExcluirBom, já tenho um time no Norte para torcer.
Eu gostava do Remo.
ResponderExcluirRemo é time grande para os padrões nacionais, assim como o Papão, VEC é coisa mais interiorana, tipo a SER do Gláucio.
ResponderExcluirVirou AER.
ExcluirRegionais*
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