Opinião

Aquilo que já desconfiávamos

Uma indústria de armas, digamos, de revólveres, possui um setor de recursos humanos, a parte fabril, produtiva, o departamento de compras, o de marketing, transporte, almoxarifado, etc... Mas, especialmente, o de Vendas. Este último, juntamente com a Direção define objetivos, diretrizes e metas. Precisa vender, faturar, fazer a roda capitalista girar.

Assim também é a Imprensa, ela é uma indústria, seus jornalistas, embora jurem que não, sabem o que o patrão quer e precisa, então, os fatos se tornam secundários ante a razão da existência da instituição. Até aqueles que se tornam independentes, os que afirmam nunca terem sido censurados ou sugestionados pelos chefes, após livrarem-se dos grilhões do vínculo com as grandes corporações, acabam comprovando a censura, porque os textos antes "soft" passam a  ser  mais "hard", quando donos de seus blogs, embora, não admitirem nunca tal mudança. "Pura impressão" dos leitores, dirão.

Outra desconfiança, quase certeza, é a da pseudo boa intenção dos empresários de futebol. Agora mesmo, Luiz Felipe escancarou a situação, quando Jorge Baidek desfilou a sua mágoa, porque ficou chupando o dedo na ida do pentacampeão para a China.

Empresários são hoje, um dos vícios que estão destruindo com o futebol, pois enquanto seus pupilos (por exemplo) estão jogando em clubes brasileiros, eles estão costurando uma transação internacional ou algo parecido e os clubes e seus torcedores, antes coração e razão de ser do esporte bretão, viram peças secundárias e descartáveis.

Até quando o coração do futebol aguentará, não sei.