Morto ao Chegar
Aproveito o título de um filme que vi no Sábado, que é do final dos
anos 80, para definir a performance do Imortal nesta reta derradeira de
Brasileiro.
Vendo as últimas partidas do Grêmio, fiquei com a impressão (quase
certeza), que o elenco chegou ao limite de suas possibilidades. Está extenuado
e isso compromete o desempenho dentro das quatro linhas. Vai cruzar a reta
final para a LA, mas será suando sangue.
Quando escrevo extenuado, não me refiro a má preparação no aspecto
físico dos atletas, mas o tão famoso “jogar com a corda esticada” o tempo todo.
Roger tira mais de jogadores medianos do que eles têm a dar. É uma condição
excepcional de cada um deles; refiro-me aos medianos Erazo, Galhardo, Marcelo
Oliveira e, talvez Maicon. Incluiria ainda o Douglas, não pela falta de
talento, mas pela sua superação física. É quase um ex-jogador, porém, com
contrato de produtividade, aí a grande sacada da Direção, ele vai para o
sacrifício. Sem este tipo de acerto, duvido que o camisa 10 teria o número de
participações de jogos que tem em 2015.
Sou um dos que ainda resiste ao reconhecimento do (pretenso) talento
de nosso goleiro; para mim, Grohe é um “guarda-metas” idêntico a Fernando
Prass, Weverson ou Marcelo Lomba, não tem como compará-lo a Marcos ou
Rogério Ceni no tal projeto, que acredito ser mais lobby da Imprensa gaúcha do
que qualquer outra coisa. O que justifica ampliar o vínculo ainda em vigência
com um goleiro, que está há 10 anos no profissional do Grêmio e não tem uma
única decisão onde sua atuação fosse marcante? Qual a “decisão-decisão”, que
podemos dizer – Taí, o cara garantiu o caneco para o Grêmio? Que não repete o
comportamento de 2014, seu melhor ano?
Aumentar seu vínculo e salário, não fará dele melhor do que realmente
é? Parece estratégia de ídolo pop fabricado, que costumamos ver na música.
Pensa-se: Pô, o cara está rodando em todas as rádios e ganhando rios de
dinheiro; tem que ser bom.
No futebol não é assim. Não se decreta a qualidade ou “imortalidade” de
um arqueiro como ocorreu com Eurico Lara, por exemplo.
E o tal companheiro para Luan? Estamos na fase de sempre dizer, que o
jogador ideal é o que não está jogando. Olha! Agora o “cara” é o Bobô. E assim,
vamos indo.
De certo, de concreto, é o trabalho relevante de Roger, mas ele não é
mago, no segundo turno, o Tricolor tem a oitava melhor
campanha do certame. Uma senhora queda
de produção.
Passando para a LA, o Grêmio não pode incorrer no erro de
supervalorizar atletas “meia-boca”, que saindo daqui, não vingarão entre os 11
de muito clube semelhante ao Tricolor em grandeza.
Pra mim o desempenho do segundo turno é a realidade do Grêmio, o que havia previsto no início do ano, meio de tabela. Por sorte nosso técnico tem qualidade muito superior ao elenco que recebeu.
ResponderExcluirPJ
ResponderExcluirExatamente; a Direção tem que ter a real noção que a classificação do Tricolor é muito mais mérito do treinador do que da qualidade do elenco.